Surto.

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Pov's Sana

(Dia seguinte)

Estava de noite, eu já estava me arrumando. Havia decidido que iria naquela boate de novo e talvez até subiria naquele palco pra dar um show de dança. Eu estava louca, queria curtir muito essa noite. Tinha começado a colocar algumas coisas dentro da bolsa, coloquei meu celular, um carregador, uma bolsa com mais maquiagens e meu fone de ouvido.

Foi revirando a bolsa que achei um cartão. Eu não lembrava ter pegado esse cartão com alguém, mas tinha o exato nome da boate que eu estava me arrumando para ir. Foi então que me lembrei da dançarina que eu tinha conversado enquanto estava bêbada. Ela havia deixado seu cartão comigo para eu ligar, mas nem me lembrei disso. Naquela noite eu estava tão louca que queria fazer tudo que eu pudesse.

Momo se trancou no quarto o dia inteiro, não foi trabalhar e nem comeu. Eu tentei oferecer de tudo, ofereci até carinho... que foi o cúmulo por eu ser trouxa.

- Alô? - Eu já havia ligado e uma voz feminina atendeu.

- Ah, oi... É... Sou eu, lembra de mim? Você me deu seu cartão a alguns dias atrás. A menina da boate. - Dizia toda embolada.

- Oh... Oi sana, eu sabia que iria ligar. - Era uma voz suave, eu me lembrava dela... Logo a imagem de seu rosto de formou novamente em meu rosto e sem perceber soltei um sorriso de leve...

- Porque sabia?

- Não sei, só senti...

- Eu estou indo aí agora, você vai estar? - Perguntei com o telefone em uma mão e com a outra abrindo a porta.

- Eu estou aqui, baby. - Ela disse isso e eu tremi. Parei em frente ao carro, perplexa. Apenas desliguei o telefone e entrei no carro, quando olhei para a janela Hirai estava lá. Ela provavelmente me viu no celular, devia ter achado estranho. É tão raro eu falar com alguém por ligação.

[...]

Tinha acabado de chegar na boate. O som estava alto e dessa vez não tinha tantas pessoas, eu já entrava procurando por... Eu não me lembrava o nome dela, céus! como eu iria acha- lá?

- Procurando alguém, Minatozaki? - Senti uma mão na minha cintura me puxar para bem perto de seu corpo. O que me fez soltar um gemido baixinho...

- O que? Me solte! - Eu disse tentando me soltar, mas ela ria e apertava ainda mais minha cintura. 

- Eu tenho que conversar com você, venha. - Ela pegou no meu pulso e me levou para o andar de cima.

Aquilo tudo estava tão estranho, ela agia como se já me conhecesse... Isso me deixava muito confusa. Isso de me agarrar, me chamando de baby no telefone. Por mais que certas coisas fizessem minha intimidade pulsar, eu ainda ficava com a consciência pesada. Faz séculos que não sou tocada por ninguém, faz tempo que não recebo apelidos assim...

Após ela me levar para o segundo andar, nós entramos em uma sala. Parecia ser uma sala VIP, ou talvez uma sala para as prostitutas daqui fazerem seu serviço. Estava claro que era isso por conta da cama, a luz vermelha no quarto, a som abafado lá de baixo... Eu estava ficando com medo. Não sei se ela poderia ser considerada como uma prostituta, mas...

Minha cabeça estava tão confusa. Eu nem sabia mais porque estava alí, nem sei o que deu em mim pra fazer isso. Deixei minha esposa, se é assim que posso chamar ela ainda, em casa e agora estou dentro de um quarto que parece o quarto vermelho de Christian Grey, com uma garota que tenta me agarrar e me dá apelidos sexuais.

- O que quer conversar comigo? - Disse me sentando na cama. Ela se sentou na minha frente e deu mais um sorriso. A porra daquele sorriso. Eu estava tão mal por ter me derretido naquele sorriso... Mas também sentia que não era nada demais, porque eu ainda amava a Momo demais.

- Você vai surtar, melhor não falar. - Ela disse abaixando a cabeça.

- Primeiramente, eu posso lembrar seu nome? - Perguntei totalmente confusa. Porque eu iria surtar?

- Meu nome é Dahyun, Kim Dahyun.

- Certo. E porque eu vou surtar? - Cheguei mais perto dela...

- Eu conheço sua esposa. Eu e a Hirai estávamos saindo e... - Eu dei um pulo da cama. O que ela tinha acabado de me falar? Era com ela que Momo saía todas as noites?

- Para de palhaçada, você tá me zoando. Não é possível, NÃO É POSSÍVEL. - Meu coração estava disparando, eu sentia como se fosse morrer naquele exato momento. Estar de frente com a amante da minha mulher? De frente com a garota que ela provavelmente beijou loucamente e teve noites maravilhosas enquanto eu passava noites chorando.

- Sana, me escuta. Ela me conheceu a um tempo, a gente tava saindo mas não era nada demais. Eu quero te propor uma coisa... - Ela dizia tentando me acalmar, mas eu estava inquieta.

- O QUE? NÃO ERA NADA DEMAIS? VOCÊ É UMA PIRANHA, UMA PROSTITUTA. NÃO TEM NOÇÃO DAS COISAS QUE EU PASSEI, DA SAUDADE QUE EU ESTAVA DELA...PORQUE AO INVÉS DE ESTAR COMIGO ELA ESTAVA AQUI FAZENDO AS SUAS VONTADES. - Eu chorava demais, gritava e batia minha mão na parede. Nunca sofri tanto em toda minha vida.

- Ela sempre falava de você, Sana. Ela te ama muito, eu juro. Ela só fazia isso pra me ajudar mas eu acabei me apaixonando por ela, não foi proposital. Eu estava em uma situação difícil... Nós dormimos uma vez e ela me deu dinheiro, depois disso só continuamos nos vendo. - Ela falava tudo detalhadamente na intenção de amenizar as coisas, ou fazer parecer que não era nada demais só que era sim. E era muito.

- Não, eu vou embora. Você é tão cara de pau. Como... Que nojo! Você me chamando daquilo, me agarrando. Que isso? Pegou a minha mulher e agora quer me pegar também? Vai se fuder, sua doente. - Eu disse e saí abrindo a porta. Ela veio atrás de mim e me segurou. Fora do quarto a música já estava mais alta e isso dificultava um pouco as coisas... Ainda segurando meu pulso ela paralisou olhando para alto atrás de mim.

- Sana... - Eu ouvi a voz dela. Era a Momo. Céus! Era a noite perfeita pra eu cometer suicídio.

- O que é? Vai tentar dar suas desculpas, pedir perdão... Deixa eu ver, quem sabe ajoelhar? - Dizia de braços cruzados. Dahyun atrás de nós só assistia tudo, calada. Ela parecia ter medo de Momo.

- Não, só vamos para o quarto conversar. - Ela disse e sem antes deixar eu dizer alguma coisa só saindo empurrando eu e Dahyun para dentro. - Dahyun, eu te disse pra ficar LONGE dela. Você nunca me escuta, nunca me escutou. E olha só o que você fez? Estragou tudo.

- Eu não estraguei nada. Queria conhecer ela e contar pra ela a verdade. E propor o que nós conversamos. - Elas falavam e eu não entendia nada.

- Nós não conversamos sobre aquilo, você teve essa ideia maluca. E por mais que eu queira, ela não vai aceitar.

- DE QUE PORRA VOCÊS ESTÃO FALANDO? - Eu já estava puta da vida, queria saber logo que porra elas tinham combinado.

- Dahyun quer entrar no nosso relacionamento... - Ela disse e o silêncio tomou conta do quarto. Eu não sabia o que falar, o que sentir, muito menos o que dizer.

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Oi pessoal, desculpem qualquer erro e desculpem a demora pra postar capítulos, esses dias foram corridos mas eu vou tentar voltar a postar capítulo novo todo dia. OBG POR ESTAREM LENDOOO ❤️❤️

Me, you and her. - saidahmoOnde histórias criam vida. Descubra agora