No dia seguinte, Bill acordou mais animado... E ele voltou a ser o mesmo de sempre! E Dipper ficou feliz com isso, apesar de ter que praticamente lutar para conseguir seguir sua rotina diária. Mas, ele fez o que fazia todos os dias... e esse dia não foi exceção!
Encontrou-se com Tom e outros colegas de classe, antes das aulas e eles conversaram sobre diversos assuntos. Com o sumiço do trio de encrenqueiros, a atmosfera na escola parecia mais leve e os alunos estavam felizes, sem a ameaça constante deles!
Tom ficou feliz em saber que Ford concordara com a sua visita e prometeu conversar com seu pai sobre o passeio. Talvez seu pai quisesse conversar com o professor, primeiro... Mas ele tinha certeza que conseguiria a permissão para passar um final de semana fora de casa! Claro que o assunto de todos ainda era sobre o acontecido de dias atrás!
Dipper estava voltando para casa quando percebeu que uma garota, sentada num banco perto do prédio, estava chorando. Ele não a conhecia, mas de alguma forma, sentiu-se na obrigação de tentar ajudar. Ele devia estar com algum problema grave...
Pela roupa, percebeu que não era uma garota sem teto. E seus elegantes sapatos de verniz eram novos! Ele sentou-se ao seu lado e após alguns instantes, resolveu perguntar qual era o problema.
"Ei, você está bem?" – indagou suavemente. "Precisa de ajuda?"
"N-não... ninguém pode me ajudar!" – soluçou ela, sem levantar a cabeça. "Eu... eu não tenho mais ninguém, nesse mundo! Ninguém gosta de mim... sou um fardo inútil!"
"Não fale assim... não é verdade!" – Dipper tentou consolar ela.
"Você acha? Meu pai não liga para mim... Minha mãe morreu... e a minha madrasta é um monstro!" – ela desandou a chorar mais alto. "Eu preferia ter morrido... junto com a minha mãe!"
"Eu te entendo... eu sei o que é ser indesejado e desprezado!" – Dipper respondeu. "Eu já passei por uma situação parecida e também queria morrer! Eu cheguei a implorar para isso! E, se não fosse uma pessoa me salvar, provavelmente eu não teria sobrevivido!"
"Você teve sorte... alguém ainda se importava com você!" - murmurou ela, esfregando os olhos, antes de se virar para olhar para o rapaz.
"Quer falar sobre isso?" – Dipper a incentivou, do mesmo modo que Bill fizera. "Pode desabafar... Eu a escutarei e não lhe criticarei se resolver amaldiçoar alguém! Às vezes, é bom desabafar... Alivia a alma e clareia a mente!"
"Nem sei por onde começar..." – sussurrou ela, desanimada.
"Comece dizendo seu nome... Eu me chamo Mason, mas pode me chamar de Dipper!" – Dipper respondeu. "Na verdade, eu detesto o meu nome... prefiro o apelido!" – ele gracejou.
"O-oi, Dipper..." – ela sorriu timidamente ao ouvir a explicação. "Eu sou Camille... Minha madrasta é a senhora Mariette Ruiz de Las Palmas! E eu estava morado num internato, até semana passada! Agora moro no penúltimo andar desse prédio, ali!" – ela apontou para o edifício.
"Você é enteada da Madame Snoby?" – espantou-se Dipper. "Desculpe... não quis ser grosseiro! Mas ela é conhecida assim, principalmente pelos porteiros! Segundo as más línguas, ela se acha a rainha do prédio!"
"Madame Snoby?" – Camille começou a rir. "Realmente, é bem adequado! Um título bem merecido..."
"Pelo menos, eu consegui lhe fazer rir... Isso é bom!" – Dipper atalhou. "Quer falar mais sobre isso? Você dizia que estava num internato..."
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Perdão Para Um Inocente
FanfictionDepois do que aconteceu, Dipper e Bill saíram de Gravity Falls e se mudaram para uma cidade maior. Enquanto Dipper encarava os desafios do ensino médio, Bill se divertia usando seus poderes no mundo humano. Eles têm muitos desafios para superar em s...