Ford acordou no mesmo horário, como sempre... Mesmo aos domingos, ele não conseguia ficar mais tempo na cama. Lembrou-se que tinha visitas e resolveu preparar um belo café da manhã para eles. Prepararia um desjejum com panquecas, ovos e bacon, café e suco de laranja. Esperava que Tom gostasse, afinal não conhecia as preferências do rapaz ruivo.
Ao passar pelo quarto, decidiu dar uma olhada neles. Não ouviu nada de estranho então, decidiu entrar para verificar. E qual foi a sua surpresa ao perceber que Dipper não estava sozinho... Bill estava deitado junto ao seu sobrinho e o abraçava protetoramente.
Ele ia brigar com Bill, mas mudou de idéia ao ver o sorriso tranquilo de Dipper. Calculou que Bill havia feito algo para que Tom não acordasse durante a noite... Balançou a cabeça e se retirou sem fazer barulho.
Porém, Bill percebera a presença de Ford e fingiu que estava dormindo. Era hora de se retirar discretamente e deixar Dipper acordar. Ele beijou o garoto adormecido com carinho e saiu da cama improvisada.
"Eu lhe espero em nossa casa, meu pinheirinho..." – sussurrou ele. "Mandarei Sebastian lhes buscar em Gravity Falls, à tarde. Ele esperará vocês perto da saída da cidade, naquele restaurante da Mulher Preguiçosa."
Bill estalou os dedos novamente, fazendo tudo voltar ao normal, antes de desaparecer. Dipper e Tom se movimentaram e começaram a acordar. Dipper acordou primeiro e se esticou para espantar o sono. Ele dormira muito bem e até sonhara com Bill. Os dois se encontraram no mundo dos sonhos e se amaram muito. Uma mensagem em seu celular lhe avisava sobre o local do encontro. Dipper não se esqueceria de avisar Ford sobre isso...
Eles encontraram Ford na cozinha, terminando de coar o café. O cientista os cumprimentou enquanto despejava o resto da água no filtro. Eles se acomodaram em seus lugares.
"Eu dormi muito bem, professor!" – respondeu Tom ainda bocejando. "Na verdade, não imaginava que um saco de dormir fosse tão confortável... Parecia mais um colchão de espuma!"
"E você também dormiu muito bem, não é mesmo, Dipper?"- perguntou Ford com uma piscadela, revelando que sabia de tudo.
"Sim, tivô... com certeza!" – respondeu Dipper encabulado. "Eu estava tão cansado que dormiria até numa cama de pregos!" – Tom começou a rir ao ouvir essas palavras.
"E você já dormiu numa cama dessas, como fazem aqueles homens indianos, que eu esqueci como se chamam?" – brincou Tom.
"Não, eu nunca dormi numa cama de faquir..." – respondeu Dipper, sem se abalar. "Se bem que essa história de cama de pregos deve ser um mito!"
Ford, então, explicou que a cama de pregos realmente era usada. E era uma questão de Física aplicada... Ele usaria o exemplo em uma aula próxima. Os rapazes continuaram a comer e depois que terminaram, ainda limparam a cozinha para agradecer ao excelente desjejum.
Eles foram ao laboratório para examinar e catalogar as amostras coletadas e Tom ganhou alguns cristais excedentes, já analisados, para levar como lembrança. Dipper perguntou sobre os cogumelos da outra vez e Ford mostrou os resultados obtidos até agora.
"Claro que esses são os primeiros resultados..." – explicou ele. "Tenho certeza que há ainda mais informações a serem descobertas!"
"E esses cogumelos são venenosos, professor?" – indagou Tom admirado com a cor chamativa deles. "Eu já li que muitos vegetais e animais possuem cores chamativas para alertar os predadores sobre a sua toxicidade."
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Perdão Para Um Inocente
Hayran KurguDepois do que aconteceu, Dipper e Bill saíram de Gravity Falls e se mudaram para uma cidade maior. Enquanto Dipper encarava os desafios do ensino médio, Bill se divertia usando seus poderes no mundo humano. Eles têm muitos desafios para superar em s...