Vingança - Parte 1

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Olá pessoas!!

Depois de longos 6 anos, eu voltei. Antes que me taquem pedras, vou explicar o porque da demora. Eu esqueci. HAHAHAHAHA

Não, é sério, eu realmente esqueci. Achei que tivesse terminado e publicado a história inteira, mas, por curiosidade vim olhar ( sim, depois de 6 anos) a página e vi que não havia concluído. Eu teria largado de mão se não houvesse tantos comentários e visualizações, por isso, eis aqui o final, ou melhor, a primeira parte dele. 

Tentarei fechar todas os temas que deixei em aberto, quero fazer um final digno para tanta espera. Por isso, separei em partes o final. Aproveitem o ressurgimento da Fênix. 

Obrigada pelo apoio de vcs, 

fisicalculista. 

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Narrador

Dona Esmeralda acordava cedo, todos os dias, às 5 da manhã estava de pé, pronta para regar as plantas do seu jardim, alimentar seus gatos, fazer o café da manhã e assistir o Jornal matinal. A notícia de hoje, apesar de ser tão triste e desoladora como as outras, era diferente. Um jovem havia cometido suícidio na cadeia.


Jornalista

- Após 10 anos preso e diagnosticado com esquizofrenia, jovem de 28 anos é encontrado morto em sua cela. Apesar dos acompanhamentos psicológicos, por não ter cura, uma das suspeitas é que o jovem tenha cometido suicídio após serem encontradas pílulas escondidas em um buraco na parede da cela. Adriana, eu passo pra você. 

- Bom dia, Borges. Estou aqui com o delegado Maurice para encontrar mais informações. Bom dia, delegado. 

- Bom dia, Adriana.

-Delegado, quais são as principais suspeitas no momento?

-Acredita-se que o miliante de alguma forma conseguia guardar os remédios que eram dados a ele pela enfermeira, a enfermeira já foi entrevistada e garante que o mesmo aparentava tomar todos os medicamentos corretamente e que não se lembra de faltar algum, portanto, as suspeitas é de que talvez fossem adquiridos fora do horário de medicação. 

-E existem outras suspeitas além de suícidio?

-Bom, estamos tentando averiguar todas as situações possíveis e esta parece ser a mais verídica, porém, existe a possibilidade do jovem ter tido ajuda exterior. Todos que tinham contato com ele estão sendo investigados. 

-Obrigado, delegado. Borges, estas foram as informações passadas pelo delegado, caso algo mais apareça entraremos em contato. 

Narrador

O policial Alexandre era o principal responsável pelas rondas da penitenciária, era coordenador de tudo, era ele quem gerenciava as câmeras, os banhos de sol, o horário da alimentação. Tudo isso graças há anos de trabalho duro, e claro, da negligencia do atual diretor do presídio, que para passear com sua amante confiava tudo nas mãos de Alexandre. Alexandre levou anos para se tornar policial, tudo isso, para ter o poder necessário para alcançar o que tanto almejava.

**************************** Dias antes****************************

Andrew

Sem visitas. 

Alimentação necessária para sobreviver.

Banhos de sol somente uma vez na semana.

 E medicação altamente forte. 

Todos os dias, apesar de não ter forças para sequer levantar da cama, minha imaginação ainda mostrava o poder que tinha. Vozes, pessoas, animais, tudo que era vivo ou morto invandia minha cabeça para me assombrar de alguma forma. Nos primeiros anos eu ainda falava, tinha ajuda psicológica, comia bem, mas depois de alguns anos tudo foi piorando. 

Não vejo o terapeuta há meses, sou medicado com altas doses de remédios que me impossibilitam sequer falar e minha comida parece o vômito de alguém que não come há dias. Pastosa, sem cor e sem sabor. Não sei mais a quanto tempo estou aqui e como estou aqui.

-Andrew, levanta, tem alguém querendo falar com você. - Grita o policial do outro lado da cela.

Uso as últimas forças que tenho para levantar. Com muita lentidão caminho até aonde o policial se encontra, me indagando internamente quem ainda viria me visitar.Isso não acontecia desde que fui preso.

Com brutalidade sou empurrado até um sala igual a minha comida, sem vida.

Olho para o homem de costas na sala, apesar de não estar olhando pra mim, aquelas costas eram familiares.

Vejo todos os guardas sairem da sala e a luz da camêra de segurança se apagar, e com certeza, isso não era um bom presságio.O homem então se vira, e pude reconhecê-lo imediatamente. 

- Mayson.

Sorrio de canto quando o vejo, o fracote agora parece ter certa competência. 

Narrador

-Agora é Policial Alexandre. Surpreso?

- Depois de ouvir vozes falando absurdos pra você, surpresa não é um sentimento muito corriqueiro.

Andrew podia visualizar a raiva e ódio de Mayson ( agora, Alexandre) em seus olhos. Sem aviso prévio Andrew recebe um soco de direita no rosto, fazendo com que ele caia imediatamente.

-Você já foi mais forte. -Diz Mayson

-E você mais fraco. - Retruca Andrew

Mayson recuperou a última gota de paciência que tinha, respirou e sentou-se na cadeira em frente a Andrew, que continuou caido no chão. 

-Você não imagina quanto ansiei por esse momento.

-Vai me matar? É um favor que me faz.

- Se fosse tão simples, não teria graça.

Após um breve momento de reflexão, Andrew passou a entender porque seu tratamento na cadeia havia mudado tão bruscamente. Isso o fez rir, um sorriso de canto e debochado. Aquela atitude não agradou muito a Mayson que se levantou e chutou Andrew com a máxima força possível. Andrew ficou sem ar por breves minutos, tonto e com muita dor.

-Sabe, Andrew, eu acho injusto não te contar como cheguei aqui se você foi o motivo pra que tudo isso acontecesse. 

-De nada.- Disse Andrew com a voz baixa,mas o suficiente para Mayson ouvir e dar outro chute.

 -O Senhor realmente não sabe quando calar a boca. Continuando... Quando você foi preso, confesso que achei a pena muito injusta, você havia matado uma mulher inocente, destruiu as chances dela de viver, chances de criar um carreira, uma família, por puro e mero capricho. Não achei e não acho justo. No dia da sentença cheguei a comprar um kit de facas e cordas, imaginando uma maneira de invadir a cela e conseguir tirar de você o que você tirou de Catarine. Mas, pura inocência. Eu fiquei olhando pra parede por horas, me indagando que tipo de ideia eu estava tendo. Então, decidi fazer algo maior, algo a sua altura e foi quando tudo começou...


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⏰ Última atualização: Jan 19, 2022 ⏰

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Ciúme psicóticoOnde histórias criam vida. Descubra agora