Enfim a verdade..

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Amores, perdoem-me o atraso. E quero agradecer a todos pelo carinho com a minha história.
Lembrem-se: Comentem bastante e não se preocupem, eu sempre leio, só que as vezes me esqueço de responder.
Beijos e boa leitura!!

Narrador

Após ficar dois dias no hospital, Catarine estava tendo alta por não apresentar maiores sequelas.
O que foi considerado um alívio para sua família, mas um desespero para ela.
"Andrew ainda está a solta", era o que gritava sua mente. Além de que, necessitava urgentemente ver seu amigo, que havia deixado na casa da árvore ,totalmente debilitado. Mas, havia um problema.
Seus pais nunca a deixariam sair de casa sem um acompanhante. Então, ela mesma resolveu fugir.
Ninguém poderia ir com ela. Quanto mais pessoas soubessem, mais perto de Andrew a informação estaria.
Esperou chegar o fim da tarde para que seus pais achassem que ela estava dormindo e pulou pela janela, viu o quão difícil era fazer aquilo e se perguntou como Andrew conseguia com tanta facilidade. Depois de 25 minutos, ela finalmente conseguiu descer.
Andou o mais depressa possível com o capuz do casaco na cabeça, para que ninguém a visse e a reconhecesse. Não tinha possibilidades de correr pois sua bolsa estava muito pesada. Ela havia juntado em seu quarto alimentos, sempre que sua mãe lhe trazia algo, alguns de seus remédios para dor ou febre e também um cobertor.
Quando finalmente chegou, foi outro sacrifício para subir, mas nada tão difícil quanto a árvore de sua casa. Árvore à qual ela deu uma nota mental para pedir ao seu padrasto para arrancar.
Quando alcançou o topo, seu amigo estava encolhido em um canto. Correndo até ele percebeu então que sua temperatura estava fora do normal e que ele já estava delirando
- Você é o anjo que veio me buscar?- falava ele.
Ela tentava cuidar dele sem chorar e pedia a Deus, ou a qualquer força superior, que à ajudasse.
Já estava desesperada e pensando seriamente em chamar seus pais quando a febre dele baixou e ele parou de falar loucuras.
Com ele então dormindo tranquilamente, ela pode respirar e tirar um cochilo também.

*********

Andrew se levantou um pouco confuso, correu tanto que foi parar no lixão da cidade e em meio aos destroços, desmaiou.
Deviam ser cerca de cinco horas da tarde pois a noite já dava seus primeiros traços no horizonte. Após por-se de pé, foi caminhando de volta pra casa e no meio do caminho, recordando o que havia acontecido. Olhou então a data de hoje em seu relógio e se assustou.
Havia dormido por dois dias. Foi então que seu susto passou e foi substituído pelo desespero. Ele precisava ver Catarine e saber como ela estava, ou melhor, com quem estava. Mas, precisava de um plano e foi traçando ele em sua mente enquanto ia caminhando de volta.
********
Catarine despertou com o barulho de uma sirene da polícia e logo em seguida um policial invadido sua casa na árvore:
-Fique calma, eu vim ajudá-la. - disse ele
-Eu não preciso de ajuda-falou ela
O policial olhou ao seu redor e reparou no garoto deitado e todo coberto.
-Acho que você deve algumas explicações...-disse ele.
Catarine foi descendo as escadas enquanto o policial carregava Mayson nos braços.
Lá embaixo, estavam seus pais e uma viatura da policia, o semblante de sua mãe não estava muito agradável de se ver:
-CATARINE, VOCÊ ESTÁ LOUCA? -gritou sua mãe
-Nunca mais fuja de casa desse jeito-disse seu padrasto.
- Desculpe, mas vocês não iam me deixar sair-disse ela
-Me desculpa por não te deixar sair.... É que tem um louco maníaco atrás de você!-revidou sua mãe
Catarine então refletiu sobre a gravidade do assunto, abaixou a cabeça em sinal de quase arrependimento.
-Filha, porque não nos contou que sabia onde Mayson estava? Sabia que os pais dele estão loucos procurando por ele. -disse sua mãe.
-Como me acharam? - indagou ela
-Colocamos um rastreador no seu celular, que por acaso, você não atendia.
-Me desculpa.
-Você nos deve muitas explicações-disse Robert.
Foi então que ela contou tudo, desde o começo quando começou a ser perseguida, até as agressões de Andrew.
No final sua mãe estava sem saber o que dizer e Robert finalmente compreendeu como uma menina doce como Catarine acabou nas mãos de Andrew, ou melhor, estava presa à elas.
Catarine desesperadamente chorou e disse que precisava de ajuda:
-Eu não quis que ninguém soubesse de Mayson por conta das ameaças dele. Por favor, temos que protegê-lo...
-Vamos proteger vocês dois, querida, precisa falar com o delegado.
-Eu sei...
Robert então chamou o delegado e Catarine contou-lhe tudo.
Sabendo então da gravidade do assunto, mandou ele que escoltassem mais viaturas, pois como ele mesmo disse, o louco precisava ser preso. Catarine foi mandada de volta pra casa e Mayson direto para um hospital, sendo que ambos agora ficavam sob a vigia da polícia, para a própria proteção.
*****
Andrew

Quando eu estava próximo a minha casa, reparei duas viaturas na porta da mesma. Um policial saia com todas as minhas coisas empacotadas em uma caixa. Ele às deixa dentro da mala do carro e depois, voltando para dentro.
Entretanto, ainda havia um policial dentro da viatura. Se eu conseguisse desviar a atenção dele, para poder pegar minhas coisas, poderia finalmente começar a colocar o plano em ação.
O plano constituía em, primeiro, procurar alguém corajoso o suficiente para me vender uma passagem para a Inglaterra. Duas, na verdade. Depois, em segundo, pegaria Catarine e iríamos morar na minha antiga casa.
Viver como eu e a vovó vivíamos.
Felizes.
Pego uma pedra e taco na janela da casa ao lado. Me escondo antes do policial da viatura ouvir o grito da vizinha e, como era de se esperar, ir ver o que havia acontecido. Assim que ele se vai, eu corro e pego a caixa com minhas coisa. Corro com ela até o lugar mais longe que minhas condições permitem.

Ciúme psicóticoOnde histórias criam vida. Descubra agora