Tentar não custa nada

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Eu voltei!!!
Haha,
Resolvi fazer uma surpresinha durante as férias.
Aproveitem..

Catarine

Eu precisava desabafar urgentemente. E apenas uma pessoa poderia me ajudar com isso.

Eu realmente sentia falta de Mayson.

Ele ainda estava internado no hospital, com pneumonia e anemia. Porém, de acordo com seus pais, estava bem melhor. Ele só se encontrava em observação por prevenção.

Eu queria muito vê-lo e contar a ele o que estava acontecendo comigo, para que, como sempre faz, me desse uma solução e tudo, enfim, melhorasse.

Porém, o delegado achou melhor não nos vermos por um tempo, por dois motivos principais. Andrew poderia nos ver e fazer algo pior ou, Mayson e eu poderíamos fazer alguma coisa perigosa, como fugir.

Não discordei de nenhuma das opções... Entretanto, ele não disse nada sobre telefonemas. Com o meu celular confiscado, eu precisava do telefone fixo e havia um no quarto dos meus pais, eu só precisava atravessar o corredor para pegá-lo.

Me levantei e fui rumo ao quarto deles. No meio do caminho, congelei ao ver meu primo Dereck, de quatro anos.

-Aonde você vai, Catarine?- me perguntou ele, com a voz mais doce do mundo.

-Vou ao banheiro.- menti, não sei ao certo o porque, mas menti.

Ele pouco se importou e voltou a correr nos corredores da casa. Torcia para que ele não contasse a ninguém que havia me visto por que, com certeza, se isso acontecesse, algum indivíduo viria atrás de mim.

E eu precisava de privacidade.

Quando finalmente cheguei no quarto, tranquei a porta e me sentei na cama. Peguei o telefone e tentei ligar para seu celular primeiro, mas ele não atendeu; depois, tentei o de sua mãe, que deu fora de área. Como eu não sabia o número de seu pai, minha única alternativa era o hospital.

Digitei o número e uma moça me atendeu, perguntando em como poderia ajudar.

-Eu gostaria de falar com o paciente Mayson.

-Qual o sobrenome?

-Smith.

-Quem gostaria?

-Catarine Jackson.

-Só um minuto.

Esperei um pouco, mais que isso, até que ela fizesse a transferência. E, quando ele atendeu, parecia feliz ao ouvir minha voz.

-Catarine, eu estou com tantas saudades.

-Eu também, como você está?

-Melhor agora, e você ?

-Estou indo.

-Ele voltou?

-Não, está sumido. Ninguém o acha e eu estou com medo, muito medo.

-Fique calma. Vai dar tudo certo.

-Eu não tenho certeza disto. Acho que ele está aprontando algo.

-Você está protegida por um bando de policiais. Ele não vai te pegar.

-Obrigado.

-Pelo o que?

-Por tudo. Sempre me acalmar, estar ao meu lado e passar por isso tudo por mim.

-Eu te amo, Catarine.

-Sobre isso... Mayson, você realmente gosta de mim?

Consegui ouvir seu pequeno riso pelo telefone.

-Achei que estivesse óbvio.

-Você sabe como sou lerda pra essas coisas.

-Catarine, seja sincera... Eu tenho alguma chance?

Pensei um pouco.

-Eu acho que sim.

-Sério?

-Sim, você sempre esteve ao meu lado e faz de tudo para me agradar e me fazer feliz. Eu não sei se acho qualidades tão boas em outra pessoa. Mas...

-Mas o que?

-Eu não sei se sinto o mesmo.

-Eu sei disso, mas tentar não custa nada.

-E se estragar nossa amizade?

-Ela é forte demais para se quebrar tão facilmente.

Desta vez eu que sorri .

-Eu sabia que te ligar ia fazer com que eu me sentisse melhor.

-O sentimento é recíproco.

-Acho, que depois de tudo isso acabar, podemos tentar algo...

- Catarine - eu não podia falar - Catarine, você está aí? Ai meu Deus! CATARINE!

Ciúme psicóticoOnde histórias criam vida. Descubra agora