Big Bad Wolf - Camren ABO (Lauren G!P)

Casa de campo

Cheguei para dizer que testei positivo para o coronga, mas estou bem. Bora lá de cap.

P.O.V Lauren

Sabe quando você tem a impressão de que algo está acontecendo? Por isso que procurei pela Camila na festa e não a achei. Mas rastreá-la pelo faro, foi fácil de acabar encontrando-a. E o que eu vi, me deixou estática, não estava esperando isso de uma loba ômega lúpus. Claro que ômegas também são perigosos, mas quando se olha para a Camila, você vê uma garota meiga, doce e com cara de que não apronta. Mas são essas quietas que viram o demônio. Assim que a latina reparou em minha presença, ela ficou me olhando por um tempo com aqueles olhos azuis por ela estar transformada. Não me movi, ainda absorvia o que estava acontecendo e ali no chão, o Austin está morto com os olhos abertos e o coração comido. Em seu modo loba, a ômega lúpus cravou os dentes na gola da camisa de Austin e começou a puxa-lo mais para dentro da floresta, provavelmente vai esconder aquele corpo comido. A sigo um pouco distante, gosto de observar o seu jeito felino.

Em um ponto mais adentro da floresta, longe da festa, a Camila começou a cavar o chão sem parar assim que soltou o corpo morto no chão. O buraco foi ficando cada vez mais fundo, dava até para enterrar mais dois corpos por ali. Assim que a latina jogou o Austin naquele buraco profundo, ela voltou a jogar a terra, que tinha cavado, para dentro do buraco. Então resolvo ajuda-la, jogando algumas folhas em cima e tampando muito bem como se não tivesse nada ali. Ao me virar, encontro uma Camila normal, o cabelo um tanto bagunçado e a boca avermelhada.

- Será que alguém vai desconfiar? – Camila perguntou receosa.

- Creio que não – Fito o chão que nem parece que foi cavado – Mas alguém vai acabar sentindo a falta do Austin.

- E os policiais? – Camila arregalou os olhos – Eles podem vir atrás e...

- Camz, não tem como eles descobrirem, fique tranquila – Afago o seu braço para tentar acalma-la.

- Eu só não quero que a minha cabeça fique a prêmio – Ela se encolheu – Já basta essa maldita sociedade preconceituosa.

- Apenas relaxe – Deslizo a minha mão pelo seu braço e subo até aos lábios vermelhos, começo a massageá-los com o meu dedão – Eu estou um tanto surpresa pelo o que eu vi, mas também estou muito orgulhosa.

- E-eu fiquei irritada...o Austin foi um babaca – Camila rosnou de uma forma fofa, eu senti vontade de aperta-la.

- Foi sim, se você não tivesse ido atrás, eu teria ido – Bastou dizer isso para que a latina se sentisse melhor e começou a sorrir – Vem cá, você esqueceu de uma coisa no chão – Pego em sua mão e a puxo em direção a onde o garoto foi atacado pela loba feroz – O celular.

- Caramba! – Ela deixou um tapa na própria testa ao esquecer o aparelho do Austin jogado no chão – Eu juro que esqueci desse detalhe.

- Olha, ele queria ligar para alguém – Me agacho ao ver a tela do celular ligado em um contato – Será que é algum caçador?

- O que devemos fazer?

- Gostaria muito de ficar com esse celular e descobrir a verdade, mas talvez o aparelho esteja com rastreio – Murmuro pensativa e com certo medo dele estar grampeado.

Sem medo, a Camila pegou o aparelho e começou a correr por entre as arvores, a segui não entendendo a sua atitude repentina. Mas compreendi no minuto em que nos aproximamos de um riacho que seguia uma trilha e caia do outro lado do morro, ela atirou o aparelho na água e deixou que o riacho o levasse para o fundo, parando de funcionar totalmente. A Camila aproveitou para lavar as mãos e a boca na água limpa. Essa ômega lúpus é tão esperta e tão linda, o seu jeito sério é encantador e eu só sinto mais vontade de conhece-la. Um passarinho piou e bateu as asas, voando por entre as arvores, sumindo do meu ponto de vista. Passos vieram logo em seguida, a Camila que terminava de se lavar, se levantou rapidamente e veio para o meu lado, me abraçando com força. Talvez seja medo, mas também, se fosse alguém, teríamos que fingir que estamos nos curtindo.