Ajuda dos caçadores

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Boa leitura.

P.O.V Lauren

Eu podia esperar tudo, menos isso que a Camila tinha acabado de me contar. A irmã desaparecida? O que será que tinha acontecido? Até eu mesma estou curiosa para saber do paradeiro da Cabello. Eu tenho que ajudar a latina de alguma forma, como? Eu não sei, mas eu começava a ter umas ideias. Eu vou tentar trazer a Sofia de volta e se caso ela não esteja viva, eu vou ser a força que a Camila precisara, não vou abandona-la. Depois do filme que a gente não conseguiu assistir por inteiro, já que ficamos sem clima algum para isso, resolvi fazer o almoço para a gente. A ômega não está em seu melhor estado, tudo porque hoje é o aniversario de sua irmã que está desaparecida a dois anos. Eu gostaria muito de poder fazer alguma coisa para acalma-la, mas o que só vai resolver o seu problema, é trazendo a Sofia de volta. Na cozinha, a Camila se sentou em cima da bancada americana e ficou mexendo as pernas para frente, e para trás, parece uma criança.

Descasco as batatas em que eu peguei e as lavei, e corto-as em tiras para poder fritar. Enquanto o óleo dourava as batatas em palitos, grelhei bifes bem temperados e suculentos para o nosso almoço. Eu preparava tudo com maestria, mas a minha cabeça fervilhava em alguma solução ou em um começo para ajudar a Camila. Aos poucos tudo se encaixa, o jeito que o Alejandro falou com a filha sobre querer o bem dela, sobre fazer a garota viver. Eu consegui entender aquilo. A Camila está focada demais nesse caso e está esquecendo de si mesma.

- Quer uma salada? – Pergunto para a latina, tirando-a de seus pensamentos melancólicos.

- Pode ser – Foi tudo o que ela respondeu, voltando a se enterrar novamente nos pensamentos.

- Eu estava pensando – Começo a tirar a batata frita do óleo e a coloco para descansar no papel toalha – O que a Sofia fazia? Ela só ficava na casa de seus pais ou fazia mais alguma coisa dia-a-dia?

- A minha irmã tinha acabado de começar a faculdade para se tornar uma cientista – Camila começou a contar e ao mesmo tempo parecia estar divagando – Ela queria acabar com essa extinção e... acabar com todo esse preconceito que a sociedade tem.

- Hum – Aquilo me deixou mais pensativa – E a Sofia abriu a boca para alguém sobre isso?

- Não, ela morre de medo dos caçadores e nunca abriu a boca para alguém sobre ser uma beta – Camila saltou da bancada e decidiu se encostar nela – A minha irmã só dizia para os outros que o seu sonho sempre foi ser uma cientista.

- E você já a procurou na faculdade? – Ela assentiu em resposta. Desligo o fogo dos bifes e vou até a geladeira em busca de uma salada para fazer – Ninguém sequer a viu?

- Não, ninguém e todos dizem que ela estava super normal – A latina suspirou pesadamente – Até mesmo as amigas não desconfiaram de nada.

- Certo... – Fecho as portas da geladeira assim que encontro uma verdura – Depois você me leva para essa faculdade.

- Mas Lolo, eu já disse que eles não sabem de nada.

- Só vamos insistir, talvez a gente descubra alguma coisa – Dou de ombros.

- Tudo bem, mas já adianto que isso não vai nos levar a lugar nenhum.

Realmente, talvez a gente não consiga nenhuma informação, mas devemos insistir no mesmo lugar e depois veremos o que vamos fazer. O almoço ficou pronto, comemos em silencio, não quis ficar puxando assunto com a Camila por ver o seu estado, ela parece não querer conversar muito naquele momento. Após o almoço, nos trocamos para irmos a faculdade. Como o dia está frio, optei por uma calça quentinha, botas curtas e um sobretudo felpudo de onça. Ao sair do meu quarto, encontrei com a latina me esperando no corredor, também arrumada. Ela está vestindo uma calça azul, um casaco grosso que a deixou parecendo um pinguim e eu a achei extremamente adorável, e para finalizar, botas de cano alto. Agora que a Camila tem um Tesla, a deixei que dirigisse, afinal, eu não sei onde a Sofia fazia faculdade.

Big Bad Wolf - Camren ABO (Lauren G!P)Onde histórias criam vida. Descubra agora