63- As Defesas De Uma Fortaleza

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A energia que nos acertou era densa, era como se eu tivesse entrado dentro de uma piscina de lava e estivesse respirando e preenchendo meus pulmões com puro magma escaldante, era doloroso demais. Meus amigos também sofriam da mesma agonia, podia ver todos tentando tapar seus olhos e boca, mas isso era em vão, o que nos atacava era uma energia sobrenatural advinda de alguma pedra ou amuleto com energia perigosa. Em meio a dor eu consegui levantar minha cabeça, foi aí que eu vi elas. A nossa frente havia um grupo de cinco místicas.

Cada mística empunhava em suas mãos uma espécie de cajado, na ponta da haste desses cajados estava presa uma estranha pedra de formato redondo, a pedra possuía uma tonalidade amarelo vivo, mesmo a distância a sua cor cintilava a cada movimento de mão das mulheres. Eu já havia lido diversos livros e materiais a respeito de pedras, gemas e amuletos mas não conseguia identificar que espécie de poder era aquele, será que estávamos fadados a acabar ali?

_Crys _ouvi a voz entrecortada de Peter _são ovos de dragão fun... _gaguejou, a cada instante a dor era mais insuportável, nos parando e nos deixando estáticos _ovos de dragão fundidos a auroras terrestres _eu ainda não sabia do que se tratava _faça uma barreira Crystal.

Eu acenei falando que sim.

Eu já estava bem cansada, fazer tantas runas e evocar tantos feitiços havia me desgastado muito, reuni os resquícios de força que eu tinha e me ajoelhei no chão. Enquanto o nome e funcionalidade de algumas pedras e gemas fugiam da minha mente as palavras de encantamentos antigos pareciam tocar meus lábios de maneira involuntária, era como se espíritos antigos sussurrassem em meu ouvido as palavras e eu entrasse em um transe repetindo cada uma das palavras.

_Surgite obice! Tua defende! Ego, progenitus angelorum caducorum, protector spiritus tui, mando tibi.

Uma barreira de um branco cristalino começou a se formar entre nós e as místicas, a força benigna nos cercou, nos protegendo da força invisível que nos machucava.

Todos caíram de joelhos, eram como náufragos arrancados de dentro de mar.

_O que foi isso? _perguntou Morgue de olhos arregalados.

Natasha o olhou de lado enquanto passava a mão pelo seu rosto tirando algumas densas gotas de suor que teimavam em escorrer pelo seu rosto _Isso foi os guardiões chamados por você de 'piadas' protegendo a prisão querido!

Morgue resmungou alguma coisa sobre os guardiões serem uma raça de esnobes.

Eu me levantei do chão com dificuldade, me sentia tonta _Qual é o plano Peter? _guinchei _Não consegui invocar uma barreira muito forte, ela logo vai ceder.

As três místicas a nossa frente queriam se certificar disso, com os seus cajados mágicos elas testavam cada vez mais a força da barreira que nos protegia, a força nociva dos ovos de dragão açoitavam a parede mágica que nos protegia, não havia dúvidas de que logo ficaríamos em maus lençóis se ficássemos aqui plantados.

Peter olhava concentrado o mapa, ele parecia alheio a todo aquele barulho, como alguém conseguia pensar no meio de toda aquela confusão?

_Vamos Pet _falou Natasha séria _ logo isso aqui vai estar cheio de guardas, ou acha que as místicas de guarda não reportaram nossa presença para os guerreiros darem suporte e nos capturarem?

Peter juntou as sobrancelhas e nos olhou sério _Por aqui _falando isso meu primo disparou em direção a um corredor que ficava a direita há alguns metros atrás no corredor que havíamos vindo.

Nós o seguimos, Morgue bamboleava em suas perninhas curtas para conseguir acompanhar nosso ritmo.

_Peter _Tyler falou _Há outros caminhos seguros para sairmos daqui?

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