73- Uma Lua Azul

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Crystal

Atravessar o portal indo em direção aquela missão foi algo ao mesmo tempo libertador e apavorante, mas pelo menos não estávamos sozinhos, nosso grupo não teria que enfrentar guardiões poderosos sozinhos, dessa vez havia membros poderosos da Ordem ao nosso lado. O grupo de Ariete, Verônica, Hórus e Hércules estavam na missão, mas não havia apenas eles, tivemos a grata surpresa de encontrar Tio Henry a nossa espera. Peter ficou muito emocionado ao ver o pai depois de tanto tempo, bem... Henry também não tentou fazer pose de durão. A ligação existente entre Peter e tio Henry era linda, meu coração se apertou um pouco ao constatar que mesmo descobrindo que ainda possuía um pai vivo eu nem ao menos tinha tido a oportunidade de conhecê-lo, dependendo de como as coisas se desenrolassem talvez eu nunca teria essa chance, na verdade eu nem sabia se meu pai teria algum anseio em me conhecer, será que ele sabia que eu estava no acampamento? Será se ele sabia que eu estava sendo acusada de traição? Ou se já soubesse, será que ele se importava com isso? Talvez eu nuca tivesse essas respostas, mas agora não era hora para distrações.

Além do grupo de Ariete e do tio Henry havia mais uma mística, uma letrada e dois guerreiros juntos a nós. Eu não conhecia esse grupo, mas pela apresentação rápida compreendi que eram amigos, pessoas da confiança de Cecília. A mistica do grupo se chamava Kamala, ela possuía a pele morena e os olhos em uma bela tonalidade ocre, seu cabelo era longo e escuro, preso em uma trança severa. A letrada do grupo se chama Benita, ela possuía cabelos castanhos ondulados cortados de maneira irregular na altura do pescoço, sua pele era de uma bela tonalidade preta retinta, seus olhos eram amendoados e grandes, a dando um rosto bastante expressivo. Um dos guerreiros se chamava Oto, ele era loiro quase platinado tendo suas madeixas indo até o meio das costas, seus olhos eram de um castanho claro brilhante, o guerreiro era sorridente, tornando sua altura de quase dois metros e constituição musculosa quase deslocada combinado com sua expressão amável. O outro guerreiro era Astor, ele possuía traços orientais, era relativamente baixo, deveria ter 1,65 de altura se minha noção estivesse certa, o seu cabelo escuro era cortado curto, a sua expressão era dura e séria. Ter aquelas pessoas ali demonstrava que Cecília Metz, apesar se sua constante carranca, palavras rudes e postura de descaso na verdade se importava com o filho. Mestre Charlie disse que seria estranho se Lady Jane não estivesse no julgamento representando minha família, ou Cecília não estivesse lá representando Tyler, desse modo Cecília não pôde estar ali, mas mesmo com seus modos tortos garantiu pessoas que pudessem proteger seu filho.

Quando atravessamos o portal notei que este havia nos levado a um local levemente distante de onde nossos inimigos deveriam estar, Ariete explicou que isso era prudente, melhor realizar uma chegada mais comedida, visto que estávamos em um número expressivo. Andamos cerca de quinze minutos até chegar até a clareira onde o destino do nosso mundo, e de tantos outros mundos, seria decidido. A vegetação ao redor da clareira era bastante espessa, isso ajudava a proteger as ações realizadas em seu interior de olhos curiosos que vagueassem por ali, mas também garantia esconderijo para que nós nos mantivéssemos por mais um tempo escondidos.

Natasha olhou séria para Ariete _É agora que vocês vão realizar o ritual?

_Isso mesmo _disse Ariete enquanto agarrava um punhado de pó de Greenlins e jogava por cima de mim e de Kamala _Nós três precisamos ser rápidas, só havia me sobrado essa quantidade de pó de Greenlins, e ela precisa ser o suficiente para que tracemos as marcas necessárias ao redor da clareira para que o que se passa aqui seja transmitido para o alto conselho e todos presentes no julgamento.

Rapidamente saímos do nosso esconderijo, eu me concentrei, junto a Ariete e Kamala a traçar as marcas do Immediatam tradendam. A cada traço, espiralado e movimento de minhas mãos eu usava cada grama da minha concentração para que o ritual ficasse perfeito, nós precisávamos disso para ter alguma chance de recuperar nossas vidas e posições junto a Ordem. Quando terminamos de traçar as marcas não houve nenhum brilho, nenhuma fagulha de energia, nada que comprovasse que havia poder ali, a transmissão não foi ativada, ela só começaria quando nossos amigos terminassem o elo do ritual na praça do julgamento.

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