66- Confiança

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Seguimos Amber e Bael, afinal de contas, não havia muito que pudéssemos fazer, começamos a voltar pelo corredor que havíamos vindo.

_E então _falou Peter _Porque exatamente vocês decidiram ser nossos aliados?

Amber deu de ombros _Na realidade é óbvio que conhecemos pouco sobre vocês, muito pouco para podermos confiar ou mesmo chamar vocês de aliados.

Peter estreitou os olhos _Mas mesmo assim deixaram claro que são nossos aliados, poderiam nos explicar um pouco melhor as coisas?

_É _Natasha gesticulou apontando para a sua cabeça _Porque eu já estou quase pirando com pessoas saindo das sombras toda hora, falando frases de impacto clichê e depois apenas enrolando para nos explicar alguma droga, aqui não é um filme de suspense sabiam?

Peter passou um olhar recriminador para Natasha, a ruiva tinha uma língua afiada demais, ela apenas deu de ombros pouco se importando pelo seu tom.

_Justo _Amber também não parece ter se ofendido pelo tom da ruiva _Bem, em suma eu tenho uma dívida a pagar!

_Uma dívida com quem? _questionei.

_Sabe _respondeu Amber _Os guardiões são bravos, leais, importantes e... uns completos filhos da puta!

Dean riu _Gostei dela, fala verdades!

Amber ignorou o vampiro _Na Ordem se você não tem as conexões corretas ou o sobrenome correto muitas vezes você vê sua carreira no acampamento fadado a dias de verdadeira tortura física e psicológica. Quando eu entrei no acampamento eu era apenas uma menina nascida em uma família sem prestígio algum, nascida em uma família sem marca que residia em uma Aldeia Mortal _olhou para Natasha _E não era como você Salvatore, o nome de sua família caiu em desgraça por causa de erros e descuido, mas mesmo atualmente esquecido a anos atrás o nome Salvatore tinha seu prestígio e valor, você creio que queira reascender a chama do prestígio no nome de sua família _Natasha apenas indicou um sim com um menear de cabeça _pois bem, no meu caso eu tinha que criar o prestígio do zero, eu era um ninguém na Ordem _Amber deu de ombros _Nem preciso relatar que eu era o saco de pancadas humano de todos no acampamento, eu era humilhada e discriminada pelos meus colegas, foi aí que conheci Diana Sullivan.

Peter a olhou com olhos arregalados _Minha mãe?

Amber sorriu _Sim meu jovem, Diana foi uma luz para mim _suspirou _Não ficamos na mesma equipe, mesmo assim ela me ajudava de todas as maneiras possíveis, depois que eu comecei a andar junto dela as pessoas pararam de implicar comigo, eu estava fazendo alianças com pessoas de renome! _fez uma breve pausa _Eu era uma guerreira, porém era atrapalhada e desengonçada, nunca havia recebido treinamento e não tinha bom domínio do tamanho do meu corpo, sempre fui grande. Diana era uma letrada então não conseguia me ensinar com muita propriedade como lutar, mas ela fazia de tudo para ajudar os amigos _ela sorriu _Ela convenceu o metido do irmão dela a deixar eu treinar com ele umas duas vezes por semana, Marcos Sullivan era um dos garotos mais populares do acampamento, com toda a certeza só aceitou me ajudar porque não sabia dizer não para a irmã! _Marcos Sullivan, o meu pai, estremeci _O cara tinha uma cara de anjo, mas ele era um diabo em uma batalha, ter ele me ensinando me fez evoluir gradativamente minhas habilidades _suspirou _sua mãe era um anjo na terra garoto _olhou para Peter _você me lembra muito ela.

Natasha olhou Peter distraída _acho que não só na aparência! _Natasha ficou vermelha quando percebeu que havia pensado alto demais.

Peter estava visivelmente emocionado ao ouvir aquele relato da mãe, mas isso não impediu que meu primo olhasse desconfiado para Natasha, a ruiva o elogiando abertamente não era muito comum. Nós agora havíamos virado em uma curva que levava a outro corredor, este estava igualmente vazio.

A Ordem Da LuaOnde histórias criam vida. Descubra agora