Mirela e Dominic são dois advogados que se conhecem desde sempre por causa do convívio de suas famílias, que são muito unidas.
Eles sempre estão se enfrentando nos tribunais, o que deixa a relação deles mais intrigante e turbulenta, fazendo os dois...
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Escutei a melodia do piano e logo abri a porta do apartamento para ver a Kisa tocando e o Flink ao lado dela. Comecei a me aproximar do piano e me apoiei na tampa, Kisa percebeu minha presença e abriu um sorriso.
— Renesmees Lullaby? — perguntei.
— Acho que eu deveria compor uma música para você também — me olhou rapidamente e voltou ao piano — E uma para o nosso futuro filha ou filho.
— Ou filhos.
— Tenho certeza que não.
Franzi o cenho, saindo da tampa do piano e dei a volta para sentar ao lado dela.
— O que te faz ter tanta certeza? Tem gêmeos na minha família — toquei uma tecla e ela bateu na minha mão.
— Você fez eu errar a nota — parou de tocar.
— Podemos nos comprimentar?
— Não, você está com cheiro de trabalho e está me deixando mal. É melhor ir tomar banho — levantou.
— O que cheiro de trabalho? — parei na frente dela e cruzei os braços.
— Toma banho, depois te explico — me deu um selinho e foi em direção a cozinha — Vai logo — gritou.
Subi as escadas que da para os quartos e já fui direto para o meu quarto com a minha esposa. Entrei no banheiro e me livrei das minhas vestimentas.
A Kisa está cismando com umas coisas loucas ultimamente. O que diabos é cheiro de trabalho?
Tomei um banho demorado e me enrolei no roupão, indo para a pia, onde tinha uma cesta que não é da Kisa, ou talvez seja, já que cada dia ela aparece com uma coisa nova.
— Ki? — chamei.
— Oi? — ela respondeu do outro lado da porta.
— Eu sei que você está nessa mania de comprar tudo que vê pela internet, mas acho que um mini secador com difusor irá demorar demais para secar seu cabelo.
Ela soltou uma risada e eu saí do banheiro para entender o motivo da risada.
— O que é engraçado? — Cruzei os braços.
— Não é meu.
— Então de quem é? — me apoiei no batente da porta — Da filha da Aisha?
— Não — levantou da cama — Comprei um presente para você — passou os braços pelo meu pescoço.
— Uma bomba? Será uma má ideia já que você irá explodir comigo — segurei a cintura dela.
— Poderia, mas não é — sorriu — Está em cima da cama.
— Por que você está com esse sorrisinho de quem está aprontando?
— Vai abrir o presente.
Por que ela está com esse sorriso de canto a canto?
