Mirela e Dominic são dois advogados que se conhecem desde sempre por causa do convívio de suas famílias, que são muito unidas.
Eles sempre estão se enfrentando nos tribunais, o que deixa a relação deles mais intrigante e turbulenta, fazendo os dois...
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Ajeitei a gola da minha camisa social que estava por baixo do colete de tricô, e me observei pelo espelho do elevador. Passei a mão pelo meu cabelo, deixando ele mais alinhado, depois me apoiei no metal frio do elevador para esperar ele abrir.
Assim que as portas abriram, saí e de imediato, caminhei para a sala da Mirela. Abri a porta, mas fiquei surpreso ao ver que não havia nenhum sinal dela, inclusive nenhum dos seus pertences estavam aqui, então voltei para a recepção da empresa.
— Cadê a senhorita Vezenic? — perguntei para a recepcionista.
— Não sei, senhor, ela não apareceu por aqui hoje. Mas o senhor Vezenic está na sala dele, pode perguntar se quiser, ele provavelmente sabe onde a filha está.
— Então vou lá — dei dois tapinhas na mesa dela e dei as costas.
Fui para a sala do tio Antônio, dei algumas batidinhas e coloquei o rosto na porta, dando um sorriso cínico. Tio Antônio bufou e jogou as costas no encosto da cadeira enquanto cruzava os braços.
— Tio Anton...
— Lá vem — me interrompeu e levantou.
— Poxa, tio, eu só queria te ver hoje. Está bonito — entrei na sala e fechei a porta.
— Fala logo, Dominic.
— Cadê a senhorita sua filha?
— Mirela?
— Óbvio que não é a Kisa, né. Por mais que eu goste muito da Ki, não é ela que me interessa amorosamente — falei, me aproximando.
— Cria juizo, rapaz — deu um tapa na minha cabeça, massageei a cabeça em seguida — Mirela está de folga, foi resolver algumas coisas do processo.
— Por que eu não sabia?
— Porque o chefe e pai dela sou eu — sorriu.
— Tio, você é muito rude comigo, eu sempre te tratei bem — falei dramaticamente.
— Eu te trataria bem se eu não soubesse o que anda fazendo com a minha filha.
— Tenho certeza que ela gosta também — dei um sorrisinho malicioso, mas logo voltei minha expressão séria quando vi ele cerrar os punhos — Digo, a gente faz só coisas puras. Normalmente vemos filmes de mão dada, nada de beijos e mãos bobas.
— Tem câmeras na empresa, Dominic, o que eu mais vejo é mãos bobas pelo corredor.
— Mas isso só no corredor porque lá tem câmeras, mas isso não acontece no quartinho de limpeza, mãos bobas são a última coisa que acontece lá...Quer dizer, vamos parar com isso, seja em qualquer lugar — meu tom era de pura ironia.
— Vou mudar o horário de vocês, nada de trabalharem no mesmo horário.
— Isso seria bom, eu teria que ir para a casa dela ou ela para a minha, teríamos mais privacidade.
