Capítulo 35

305 28 9
                                    

Após sair do elevador, adentrei no andar em que está localizado o meu escritório e movi meus pés até a o balcão da secretaria

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Após sair do elevador, adentrei no andar em que está localizado o meu escritório e movi meus pés até a o balcão da secretaria. Ela me olhou com pena e moveu sua cabeça sinal de negação pois já sabia que eu iria fazer a mesma pergunta de sempre, a mesma pergunta que eu faço a dias.

"A senhorita Vezenic, não vem. Não soube? O senhor Vezenic deu uns dias para ela, porque ela queria analisar o caso com mais cautela." Era isso que eu estava ouvindo sempre e em todas as vezes eu balançava a cabeça em concordância mesmo sabendo que não era por causa disso.

Fazia algumas semanas que a Mirela não vinha trabalhar e, de certa forma, eu entendi que era melhor assim para ela, também seria melhor para eu pensar em tudo que aconteceu sem ver ela e ter que me martirizar o tempo inteiro. Pelo o que me foi contado, ela veio aqui algumas vezes na hora do almoço ou em um horário que eu não estava disponível, ela veio pegar alguns documentos necessários para a audiência.

Keyla não fala comigo há semanas, não me vê há semanas e não visualiza minhas mensagens há semanas. Está sendo assim com a Kisa também. O tio Antônio, às vezes, sorri para mim, me conforta, mas sempre deixa claro no ar que o que eu disse é imperdoável.

— Ela ainda não veio — a secretária avisou.

— Só vim avisar que eu estou indo para casa — Passei a mão no rosto e no cabelo, sinto o cansaço evidente em meu corpo.

— O senhor está bem? Parece cansado e abatido — seu olhar me analisa.

— Cansaço do trabalho, apenas isso — falei, dando de ombros.

Lhe dei um leve aceno com a cabeça e passei por ela indo em direção ao elevador. Me encosto no metal frio, a testa no espelho e o corpo dando sinal de exaustão. Desço para a garagem, meu carro está estacionado no lugar de sempre, ao lado da vaga da Mirela.

Entrei no meu carro sentindo a vontade de dormir quase me tomar, meus olhos querendo se fechar e meu corpo querendo se aninhar no banco macio do carro. Balancei a cabeça para tentar afastar o cansaço e segui meu caminho para casa.

Destranquei meu apartamento com a chave, me movi para dentro caminhando para o sofá e me joguei nele. Sinto como se um caminhão tivesse passado por cima de mim. Senti a dor de cabeça, que me assombra nos últimos dias, querendo vim e fechei os olhos enquanto massageava as têmporas.

— Você tem 3 chances — falou.

— Está nesse copo — Tirei o copo e a moeda não estava lá.

— 2 chances — Embaralhou os copos de novo.

— Esse — Toquei no objeto.

Mirela levantou o copo e não estava.

— Você é muito ruim — Riu. Esse é o sorriso mais perfeito do mundo — Última chance — Embaralhou os copos mais uma vez.

— Esse aqui — Levantei o copo e a moeda estava lá — Eu sou o melhor — Segurei seu rosto e lhe dei um selinho rápido.

Minha Imperfeita Paixão - Minhas Paixões 02Onde histórias criam vida. Descubra agora