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Meredith não sabia o que lhe havia levado até onde estava no momento. Depois da quarta cerveja ela havia ficado mais solta, rindo animada enquanto conversava com todos. Suas constantes mudanças de lugar ao longo do dia de deveram à aproximação de Lisa o tempo inteiro, esbarrando em sua mão propositalmente, acariciando suas coxas, se deitando em seu colo. Isso definitivamente tirava a paciência de Meredith.

Ela não soube quantas cervejas havia tomado no total, mas se lembra de que houve um momento onde se sentiu cansada. Se despediu de todos e subiu as escadas; um banho rápido foi tomado e ela entrou dentro de seu pijama, se enfiando embaixo das cobertas, porém o sono não vinha.

Constantemente a imagem dos olhos verdes aparecia em sua mente, foi então que, de supetão, se levantou, se trocou, se agasalhando bem, e saiu. Nem trinta minutos depois ela se via na recepção do hospital, esperando a autorização de Beatrice para poder entrar.

Não era permitido mais de uma pessoa passar a noite, mas a quantidade de dinheiro que Beatrice tinha deixava todo o hospital bastante receptivo aos seus pedidos.

-- Desculpe vir a esta hora. -- Meredith sussurrou para Beatrice, não querendo acordar Addison. -- Mas o barulho em casa não me deixou dormir e resolvi vir. Trouxe café. -- Ela disse, estendendo o copo de café para a mulher, que aceitou de bom grado.

-- Abriu mão de uma cama confortável? -- Beatrice perguntou rindo e Meredith assentiu. -- Fique à vontade. Vou aproveitar que veio e ir em casa tomar um banho rápido, se importa?

-- Se quiser pode dormir por lá. Eu passo a noite aqui. -- Meredith disse e Beatrice sorriu.

-- Minha filha escolheu a voz certa para ouvir quando decidiu abrir os olhos. -- Beatrice disse gentilmente, vendo Meredith sorrir de canto. -- Então eu vou mesmo. Pela manhã eu venho, tudo bem?

-- Certo. Boa noite, Beatrice.

-- Boa noite, norinha. -- Beatrice disse, vendo Meredith corar. -- Ops, quis dizer Meredith. -- Beatrice disse rindo. A mulher deixou um beijo na têmpora de Meredith antes de pegar sua bolsa e se retirar do recinto.

-- O que foi isso? -- Meredith perguntou para si mesma, rindo e negando com a cabeça.

Sem protelar, a garota simplesmente retirou seus sapatos e subiu na cama, se emaranhando entre os braços de Addison e caindo no sono em poucos minutos.

[...]

Algo macio, porém que tinha locomoção acordou Meredith, fazendo ela abrir um olho, já que o outro estava impossibilitado de ser aberto.

-- Dói? -- A voz rouca de Addison enquanto um dedo estava cutucando o olho fechado de Meredith fez a menina rir.

-- Não, Addison. -- Meredith disse, vendo-a colocar a mão completa sobre seu rosto.

-- Você consegue me ver assim? -- Meredith riu e negou. -- E agora? Perguntou, abrindo uma fresta em seus dedos, deixando a visão de Meredith levemente aberta.

-- Agora sim, mas ainda estou em dúvida.

-- Dúvida de quê? -- Addison indagou.

-- Se eu estou vendo a Addison ou um anjo. -- Meredith disse. -- Ah, não, espera! Ambos são sinônimos. -- Disse, vendo Addison apertar seu nariz.

-- Consegue respirar assim? -- Addison perguntou e Meredith mordeu o próprio lábio, tamanha fofura que Addison transmitia.

-- Só pela boca. -- Ela disse, vendo Addison tapar sua boca.

-- Consegue falar? -- Meredith abriu a boca e arrastou seus dentes pela pele da mão de Addison, fazendo a maior rir.

-- Não conseguia, mas conseguia morder. -- Ela disse, vendo Addison sorrir de forma doce enquanto admirava seus olhos.

Em um piscar de olhos - Meddison Onde histórias criam vida. Descubra agora