capitulo 2

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já se passaram três meses desde que eu acordei nesse mundo, me acostumei com a vida por aqui e fiquei muito feliz por descobrir que estava no mundo do meu livro favorito, a única coisa que me deixou desanimada foi descobrir que o Harry o personagem principal ainda nem havia nascido, descobri isso na hora do café da manhã em um dia de verão

Eu e meus pais estavamos sentados a mesa conversando

" Mais uma vez o senhor Rudolf está me azucrinando para cumprir a data de entrega dos papéis "

Meu pai começou a comentar novamente sobre seu chefe impiedoso que sempre o fazia cumprir horas extras, meu pai trabalha no setor de magia,  não sei bem o que ele faz, mas pelo pouco que ele fala sobre o trabalho deve ser horrível

" Há querido, você sabe que ele é assim mesmo "

Minha mãe se aproximou dele e lhe deu um beijo na testa enquanto depositava um prato com ovos e beicom em cima da mesa

" Não vejo a hora dele se aposentar"

Meu pai não pareceu se acalmar muito, foi naquele momento que me veio a dúvida: em que época do livro eu estou ?

Analisando bem não consigo encontrar nenhum vestígio do Harry em lugar nenhum nem mesmo nos jornais, foi aí que eu decide perguntar pro meu pai, não é possível que meu pai que trabalhava no ramo da magia não soubesse sobre o menino que sobreviveu

" Pai o senhor já ouviu falar no menino que sobreviveu? "

Meu pai arqueou as sobrancelhas e seus olhos azuis brilharam em curiosidade

" Quem é esse ? "

Meu pai voltou a olhar para o prato com desinteresse, foi aí que eu percebi que o Harry ainda não tinha nascido, pensando bem antes do Harry nascer o mundo estava um caos por causa de Voldemort.... Espera aí se o mundo está tão pacífico aonde está o Voldemort? Eu não sabia que essa pergunta séria respondida meses mais tarde

___________

Era de manhã e eu ouvi o rotineiro canto dos pássaros que sempre cantavam perto da minha janela, me expreguicei antes de tomar coragem e colocar o pé no chão

Meus olhos estavam cemiserrados, ainda com muita preguiça comecei a me trocar e escovar os dentes, não vejo a hora de começar a estudar magia e não precisar fazer essas coisas banais com as minha mãos, sinto tanta inveja dos meus pais eles sempre fazem tudo apenas balançando a varinha, nesses três meses sempre estive esperando uma coruja aparecer com a carta de Hogwarts em seu bico, mas nada nunca veio, talvez porque eu ainda tenho 4 anos

Desci as escadas e encontrei meu pai lendo jornal na sua poltrona favorita enquanto minha mãe estava se arrumando, assim que me viu pelo reflexo no espelho minha mãe me lançou um olhar de censura

" Berta você se trocou sozinha novamente, eu te disse que iria te ajudar"

Minha mãe está sempre reclamando sobre como eu estou crescendo rápido demais, ela diz que quando piscar os olhos eu vou estar saindo de casa pra fazer minha vida em outro lugar

" Tá tudo bem mãe, eu me vesti Sertinho"

Corri até ela e lhe dei um abraço apertado me deixando sentir seu cheiro de baunilha, talvez por passar muito tempo na cozinha ela sempre tinha esse cheiro

" Sim você está linda, mas se não nós apressarmos iremos nos atrasar "

Dito isso minha mãe fez uma capa voar até meus ombros e depois obrigou meu pai a levantar da poltrona

Assim que saímos pela porta a primeira coisa que vi foi o céu nublado que estava anunciando chuva, o tempo aqui é sempre instável

Cada um dos meus pais estava segurando uma de minhas mãos, hoje era um dia importante pra minha mãe, ela ganharia um prêmio de mérito por sua contribuição no mundo da magia e estávamos naquele exato momento nós dirigindo até o local de recebimento do prêmio

Vendo meus pais assim eu tento imaginar aonde eles trabalham e o que fazem, mas é quase impossível, primeiro eu teria que saber algo do trabalho deles para tentar imaginar, mas eles sempre tentam evitar falar de trabalho perto de mim, é quase como se eles fossem espiões ultrasecretos e estivessem tentando esconder algo

Observei a paisagem ao meu redor e tudo parecia com o meu mundo menos uma coisa, tudo era antigo, ver as pessoas andando com vestidos e chapéus faz eu me lembrar das novelas antigas que eu costumava assistir

" Escute bem não é pra você usar nenhum tipo de magia enquanto estivermos lá "

Minha mãe falou com a voz baixa olhando para meu pai, ele apenas acenou com a cabeça sem reclamar, para minha mãe estar falando assim acho que estamos indo receber o prêmio em algum lugar onde existem trouxas

Nos três andávamos pela rua que em certo ponto começou a ficar deserta, eu não havia notado a mudança até que olhei para os lados e não havia mais ninguém andando apressado, meus pais pareciam um pouco tensos mas pensei que talvez fosse pelo nervosismo

Quando começamos a passar por ruas estranhas aonde mendigos estavam se abrigando e pessoas mal encaradas nós olhavam, pensei que estávamos perdidos talvez minha mãe houvesse lido minha mente porque na mesma hora ela cutucou meu pai

"Aonde estamos ?"

Ela perguntou ao meu pai que estava com a carta aonde continha o endereço do evento, meu pai passou a mão pela roupa a procura da carta e quando finalmente a encontrou seu rosto ficou sombrio

" E..eu acho que estamos perdidos "

Minha mãe parou fazendo com que todos nós descemos um passo para trás quando ela nos puxou

" E você só me diz isso agora !"

Minha mãe apertou fortemente minha mão não ao ponto de fazê-la doer mas foi perceptível que ela estava muito brava

Quando pensei que meu pai ia levar uma surra fenomenal da minha mãe uma voz atraiu nossa atenção

" Olá "

A voz pertencia a uma mulher jovem que estava mal vestida e parecia muito doente, foi de partir o coração vê-la daquele jeito ainda mais quando ela estava grávida




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