3 anos depois, Berta:7 anos, Tom: 3 anosAcordei cedo naquele dia, o tempo parecia não passar, eu estava muito animada com a visita que faríamos a minha avó, me senti como uma criança esperando pelo passeio escolar, rolei na cama e olhei para o lado, pude ver nitidamente a silhueta de uma criança dormindo na cama ao lado da minha
Há um mês atrás minha mãe decidiu que o Tom iria dormir no mesmo quarto que eu, como nossa casa era pequena e tinhamos apenas dois quartos deveríamos decidir aonde o Tom iria dormir, o crescimento rápido dele não ajudou muito com a nossa escolha, foi aí que minha mãe teve a brilhante ideia de nós colocar no mesmo quarto
No começo eu não gostei nada dessa ideia, mas com o tempo eu acabei me acostumando eu nem tinha mais pesadelos o que foi um grande avanço, as habilidades de Tom só foram crescendo com o passar do tempo o que me deixou muito apreensiva ao longo desses anos já que meus pais não sabiam sobre sua magia
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Ouvi o barulho dos pássaros e foi aí que eu percebi que já estava na hora de levantar, levantei da cama com um pulo só e corri até o guarda roupa pegando minha mala que eu já havia preparado alguns dias atrás e depois de conferir se eu peguei tudo comecei a me arrumar pra tomar café
Depois de ter trocado de roupa e arrumado o cabelo fui até o quarto e vi que Tom não dava sinais de querer acordar tão cedo, fui até ele decidida e puxei seu cobertor
" Acorda bicho nós vamos nos atrasar "
Bicho foi um apelido que eu dei ao Tom e como vingança ele me deu o apelido de :
" Caí fora sua chata "
Chata não é um apelido muito criativo mas devo levar em conta que ele ainda é uma criança, continuei puxando o cobertor até que o Tom cedeu e se levantou com uma veia do rosto saltando pra fora, isso não era um bom sinal, eu testei até onde eu conseguia irritar o Tom sem ele tentar me matar e a resposta desse estudo foi que eu só podia irrita- lo até a veia começar a saltar, era como um aviso
Assim que eu vi seu rosto sorri e sai correndo do quarto o deixando sozinho, desci as escadas e logo me deparei com meus pais que estavam terminando de arrumar as nossas coisas
" Bom dia !"
Falei puxando a mala atrás de mim
" Bom dia filha "
Meus pais responderam em uníssono
Fui até o sofá e fiquei sentada esperando até que todos estivessem prontos pra sairmos de casa, eu não sabia muito sobre minha avó mas eu a conheci no meu aniversário de 6 anos e ela parecia muito feliz em me ver acho que não vai ser tão ruim ir visitá-la o único problema é que ela mora em um lugar bem afastado
Enquanto eu me perdia em pensamentos o Tom desceu as escadas arrastando sua mala com um desânimo que até contagiava
" Pai a Berta me chamo de bicho de novo "
Que isso já acusando antes mesmo de dar bom dia esse é um vilão mesmo, Meu pai suspirou e depois passou seu olhar de mim para Tom
" Filho você sabe que a Berta não fala isso por mal é um apelido carinhoso "
" Carinhoso!? pai nunca vi você chamar de animal uma pessoa que você sente afeto "
O Tom realmente tinha uma língua afiada
" Ué mas o que você é Tom?"
Perguntei tentando fazê-lo cair em minha armadilha
" Eu sou humano!"
Ele respondeu bufando
" E o ser humano é o que ? Um animal não é ?"
Tom começou a pensar seriamente sobre e hesitante ele acabou acenando com a cabeça, meu pai se segurou pra não rir e minha mãe revirou os olhos para nós
__________Quando todos nós estávamos finalmente prontos fomos até a chaminé e pegamos o pó de flu, cada um de nos jogamos o pó no chão e dissemos para onde queríamos ir, o primeiro foi o meu pai e depois o Tom eu e minha mãe ficamos por último
" Sua vez Berta "
Minha mãe me passou o pote aonde estava o pó de flu, eu nunca havia usado isso em toda a minha vida mas sempre quis fazer isso, finalmente eu estava tendo experiências legais como bruxa
" Para a fazenda de Gertrudes "
Joguei o pó de flu e quando pisquei os olhos estava na chaminé de uma casa que eu nunca havia visto, meu pai e Tom já estavam a minha espera, meu pai estendeu a mão pra mim e começou a limpar as minhas vestes, minutos depois minha mãe também apareceu e estávamos todos na casa da minha avó
" Vocês estão aqui !"
Minha avó apareceu na sala aonde estávamos e foi em nossa direção abrindo os braços pra nós abraçar, minha avó era uma senhora muito simpática suas vestes eram sempre coloridas e cheirava a jasmin
A primeira pessoa a ser bombardeada pelo seu abraço foi a minha mãe
" Meu deus como você está magra tem se alimentado direito ?"
Minha mãe deu leves tapinhas nas costas da minha avó antes de solta-la
" Sim, e a senhora?"
" quando da vontade, sem companhia nessa casa enorme nem dá ânimo de comer "
Minha avó sendo a dramática de sempre começou com sua manipulação, eu achei impressionante como ela conseguia fazer a minha mãe se sentir culpada por deixá-la sozinha, depois de abraçar o meu pai era a minha vez de receber o caloroso abraço da minha avó, ela me abraçou com gosto respirando fundo como se quisesse sentir o meu cheiro
Mas o que eu achei estranho foi que ela nem se deu ao trabalho de chegar perto do Tom, eu notei isso dês da minha festa de aniversário, ela não gostava do Tom mas eu não sabia quais eram seus motivos pra isso, eu sentia medo por ela, se ela soubesse que ele pode matar ela no futuro não o trataria assim
_______Algum tempo depois de termos chegado minha avó começou a dar atenção aos meus pais e eu fui procurar o Tom que não estava em lugar nenhum, mas imagine a minha surpresa quando o encontrei perto de uma cobra na parte da frente da casa
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Como salvar um vilão?
Fanfictioneu morri e acordei no mundo do meu livro favorito Harry Potter só que diferente do que eu esperava eu reencarnei antes da historia original começar o Harry ainda não havia nascido, mas fiquei feliz de saber que meus pais eram bruxos. um dia enquant...