capítulo 26

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Que tipo de recepção é essa ? haviam duas crianças pulando no sofá vários tios meus que eu só tinha ouvido falar e todos eles estavam espremidos em nossa sala e cozinha, uma mulher que tinha um vestido vermelho e um chapéu com um formato engraçado puxou sua varinha e fez as crianças se sentarem

" Como você cresceu se lembra de min ? e esse é o outro filho de vocês? ele é um rapaz muito bonito "

A mulher de vestido vermelho começou a falar com voz de bebê quando se dirigiu a min, meus pais pareciam muito felizes por ela ter elogiado o Tom, quem é essa mulher ? Nunca vi ela

A única coisa que eu sabia sobre meus parentes era o que meus pais falavam ocasionalmente, de vez em quando um parente ou outro aparecia na lareira pra falar com a minha mãe, eu ouvia ela falar sobre nós perto da lareira mas eu nunca conversei com nenhuma cabeça que saiu das chamas, imagine a minha surpresa ao encontrar todos eles parados em minha frente alegando serem meus parentes

" Venham aqui vocês dois vou apresentá-los aos parentes, aquela ali é a minha irmã Amélia, do outro lado está a irmã da sua mãe ela é insuportável se conseguirem tentem evita-la ....."

Meu pai nos apresentou cada parente que estava na cozinha, hora ou outra ele cochichavam em nossos ouvidos dizendo se gostava da pessoa ou não, e finalmente chegamos ao final das apresentações deixando por último os dois capetinhas quero dizer meus dois priminhos que estavam pulando no sofá igual macacos

" Esses são os gêmeos Carlos e Henrique "

As duas crianças eram muito bonitas, tinham os olhos castanhos claros e cabelos loiros suas roupas estavam muito bem arrumadas só que o que elas tinham de bonitas tinham de bagunceiras, o dia inteiro essas duas crianças correram pela nossa casa jogando coisas pelo chão e mechendo nos móveis, a mulher de vestido vermelho tentava inultilmente conter as crianças com magia

Quebrar no tempo

As horas passaram muito rápido e antes que eu piscasse os olhos já era de noite, muitos parentes foram em bora informando que viriam amanhã para nós ver e os que sobraram decidiram dormir na nossa casa

" Mãe o que é isso ? Porque de repente os nossos parentes apareceram do nada? "

Falei desesperada pra minha mãe assim que todos haviam se retirado pra dormir

" É que... Nós contamos pra família que adotamos o Tom, eles não sabiam e quando ouviram a notícia disseram que viriam nós visitar, não tínhamos como negar "

O que ? O Tom já tá na família há 7 anos e eles nunca demostraram nenhum interesse em vir nos visitar, tem alguma coisa errada nessa história, algo de errado não está certo

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Abri meus olhos sentindo como se algo estivesse prendendo o meu corpo e quando olhei pra baixo encontrei os gêmeos deitados em cima de min, como tínhamos que hospedar muitas pessoas tivemos que fazer uma divisão para que todos pudessem dormir, e eu dei o asar de ter sido colocada junto com as crianças

Me levantei com muito cuidado tentando não acordar os dois, eu sabia que qualquer movimento em falso e os dois demoniosonhos acordariam, finalmente sai da cama e comecei a me arrumar

Será que o Tom já está acordado? Eu queria muito conversar com ele e descobrir o que ele tem de errado, desci as escadas com muito desânimo, a casa já estava cheia de vozes e barulhos dês de manhã cedo, quando cheguei na cozinha encontrei novamente todos os meus parentes tirando alguns que ainda estavam dormindo

" Filha você acordou, será que pode me ajudar a colocar a mesa ?"

Minha mãe parecia muito cansada, não deve ser fácil preparar comida pra todas essas pessoas, fui até a mesa e comecei a preparar tudo, quando finalmente terminamos de fazer o café da manhã o Tom apareceu nas escadas seguido dos gêmeos, quando ele entrou na sala toda a atenção foi voltada pra ele, era como se o Tom tivesse virado algum tipo de animal exótico que os meus tios estavam tentando entender o comportamento

O Tom não falou nada e se sentou na mesa olhando pra min pelo canto do olho, sua expressão estava estranha, era a primeira vez que eu não conseguia entender o que ele estava sentindo ou pensando geralmente apesar de ser frio ele sempre demostrava alguma reação que eu conseguia decifrar mas agora nem isso ele tinha, foi só quando ele se levantou e pegou a colher da minha mão que eu percebi que não tinha colocado os talheres na mesa e por isso ele estava me olhando

Quebra no tempo

Já faziam dois dias que os meus parentes estavam hospedados em nossa casa, nesses últimos dois dias não consegui dizer nenhuma palavra para o Tom, sempre que eu tentava falar com ele algum parente o roubava da minha vista e faziam várias perguntas pra ele, mas o pior de tudo foram os gêmeos que não largavam do meu pé nem por um segundo pedindo pra min brincar, foi só no meio da noite que consegui conversar com o Tom

" Tom, eu estive tentando falar com você mas todos esses parentes e as coisas que estão acontecendo me impediram "

Abordei o Tom enquanto ele estava na cozinha pegando água (o que ele fazia todas as noites dês que era pequeno) ele apenas me observou enquanto virava o copo com água

" Olha eu quero te levar pra um lugar amanhã, tudo bem por você?"

Olhei pra ele esperando um não

" Porque você não diz o que tem a dizer aqui ? "

Eu já esperava essa atitude mas eu tinha a resposta na ponta da língua, eu precisava saciar minha curiosidade sobre seu comportamento

" As paredes tem ouvidos "

Falei pra ele apontando para o andar de cima aonde todos estavam dormindo, sempre quis dizer isso pra alguém igual nós filmes, o Tom revirou os olhos pra min e nessa hora ele ficou com a expressão igualzinha a da nossa mãe

" Tá bom então, amanhã a tarde a gente vai pro lugar misterioso que você quer me levar "

Fiquei feliz de telo convencido e sorri amplamente enquanto ele me olhou com uma cara seria

Oi pessoal passando aqui pra dizer que talvez eu poste o capítulo de amanhã mais tarde que o habitual porque eu não tive tempo de deixar mais capítulos prontos, por isso eu vô termina o episódio que eu comecei hoje e amanhã de tarde eu posto o próximo











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