capítulo 15

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comecei a procurar cabines que estavam vazias no trem apesar que eu estava torcendo mentalmente para que encontrasse alguem para fazer amizade, so que esse plano não foi bem sucedido todas as pessoas pareciam estar me evitando, era como se eu fosse algum tipo de praga que iria infectalos 

continuei minha busca por uma cabine e finalmente encontrei uma quase no último vagão, não havia ninguém e eu acabei decidindo ficar por lá, enquanto eu me sentava perto da janela e observava a paisagem a porta da cabine se abriu abruptamente, olhei para ver quem era e vi um menino de cabelos bagunçados e olhos castanhos ele parecia um pouco confuso e depois de me olhar por um tempo ele finalmente entrou na cabine

" Oi meu nome é Vitor e o seu ?"

A voz dele era calma como se nada no mundo pudesse aborrece-lo

" Oi meu nome é Berta "

Depois de nós apresentarmos um silêncio constrangedor começou a tomar conta do lugar, não pude pensar em mais nada pra dizer na verdade eu nem precisei, pois poucos minutos depois outra pessoa abriu a cabine e dessa vez era uma menina seus cabelos estavam  perfeitamente arrumados não tinha nenhum freez sequer e suas roupas eram muito elegantes

" Vitor o que você tá fazendo aqui ? Eu te procurei por toda a parte "

A menina mal notou minha presença e se preocupou mais em repreender o Vitor do que me cumprimentar

" Eu me perdi e não consegue encontrar a cabine "
Vitor coçava a nuca e olhava para o chão como se estivesse envergonhado

" Você só não perde a cabeça por que tá grudada, vamos !"

A menina pegou o braço do Vitor e o arrastou pra fora da cabine batendo a porta atrás de si, pelo jeito não vou fazer amigos tão cedo

Quebra no tempo

Quando já era de noite o trem finalmente chegou ao seu destino, eu já havia me trocado e estava saindo do trem assim como todos os outros alunos, assim que desci do trem o vento gelado bateu no meu rosto, olhei ao redor e só conseguia enxergar varias cabeças que estavam na minha frente impedindo minha visão 

" Os alunos do primeiro ano venham comigo !!"

Um homen que estava segurando um lampião começou a gritar, sua voz era muito estridente fazendo com que meu corpo estremecesse só de ouvir, era uma pena saber que o Hagrid ainda não era o guarda caça de Hogwarts mas tendo em mente que podia me perder tentei arquivar esses pensamentos para mais tarde e segui as pessoas que estavam em minha frente, todos nós estávamos sendo guiados pela pequena luz que saia do lampião, era a única coisa que conseguíamos enxergar no meio da escuridão

Depois de caminharmos mais um pouco chegamos até os barcos que nos levariam até Hogwarts

Lá dentro

Tudo era incrível a escola era um enorme castelo medieval (pelo menos parecia muito pra min ) tudo era igual ao livro menos as pessoas, não eram os professores que davam aulas para o Harry mas sim professores estranhos que eu nunca havia visto na história do livro, só reconheci mais um personagem do livro, o fantasma pirraça voava sobre nossas cabeças mostrando a língua para todos os alunos

" Pirraça se acalme por favor,  sejam bem vindos a Hogwarts esperem aqui até que os chame "

Uma mulher que parecia ser professora nós recebeu repreendendo o pirraça, ela não parecia feliz em nós ver e sua voz era fria o que não condizia com o seu tamanho, ela era um pouco menor que a maioria dos alunos seu tamanho e a sua raiva me fizeram lembrar de um Pincher

Eu e os demais alunos ficamos do lado de fora esperando ser chamados, olhei para o rosto de cada pessoa que estava ao meu redor e só reconheci duas, Vitor e a menina que o arrastou estavam atrás dos outros, quase não os reconheci mas o cabelo bagunçado do Vitor me ajudou a acha-los mais rápido  

" Me acompanhem "

A professora Pincher apareceu novamente fazendo eu dar um passo para trás pelo susto, nós a acompanhamos até o grande salão, haviam muitos alunos sentados em suas respectivas casas, senti meu coração bater mais rápido e segurei a respiração sem perceber

Vamos pular as apresentações, agora vai começar o processo seletivo dos alunos

Um banco foi colocado na frente dos novos alunos e um chapéu que não estava tão esfarrapado assim foi posicionado sobre o banco, a partir desse momento perdi a noção do tempo pois o chapéu começou a cantar uma canção, só sai do meu transe quando ouvi todos baterem palmas e a professora Pincher começar a chamar nome por nome, depois de uma longa chamada e muitas pessoas sendo designadas para suas casas finalmente era a minha vez

" Berta kowgins "

Eu não sei porque mas quando a professora disse meu nome completo todos os alunos e os professores me olharam com espanto, era como se eu fosse algum tipo de aberração me senti mal por isso, era meu primeiro dia e nada estava indo bem

" Você ouviu o sobrenome dela, eu escutei que os pais dela são assassinos "

Ouvi uma das crianças cochichar  atrás de min, eu queria muito me virar e questionar a criança sobre isso mas decide que esse não era o melhor momento, fui até o banco e me sentei, senti o chapéu cair sobre a minha cabeça, a professora Pincher até perdeu o fôlego depois de colocá-lo em min

" Vejo que sua família não é nada fácil, qual casa seria adequada para alguém como você?  vejo bondade e determinação mas lhe falta algo.... Grifinoria !"

O chapéu falou comigo com tanta naturalidade que eu até estranhei mas ele já deveria estar acostumado a falar assim com os alunos, quando me levantei para ir até a mesa da grifinoria não recebi muitos aplausos como a maioria dos outros alunos, o único que estava sorrindo e batendo palma alegremente ao me ver sentar era o Vitor que também foi mandado para a grifinoria






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