capítulo 13

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Tom e eu saímos da loja e começamos a andar lado a lado, olhando ao redor vimos várias lojas com diferentes produtos interessantes

" Berta quando chegarmos em casa você pode me emprestar sua varinha ?"

O Tom que estava calado por um bom tempo finalmente falou algo, mas porque ele quer a minha varinha ? Não pode ser, a surpresa que ele preparou pra mim é um feitiço ?

" ... Pra que você quer ela ?"

" É sério isso Berta eu não vô quebrar ela e nem usar um feitiço em você se é isso que você tá pensando "

Me senti um pouco envergonhada por pensar que o Tom poderia usar um feitiço em mim, e o pior é que ele sabia que eu tinha pensado nisso

" Eu te empresto "

Disse a ele enquanto colocava a mão no seu ombro tentando faze-lo ver que eu confiava nele ( mesmo que no fundo eu ainda tenha medo )

Depois de andarmos por um tempo chegamos na loja de animais que se situava no final da rua, entramos juntos e logo de cara encontrei muitos animais, haviam corujas de todos os tamanhos e cores, ratos, sapos e muito mais

" Eu acho melhor você não comprar uma coruja "

Franzi a testa ao ouvir o Tom

" Porque?"

" Porque ela pode comer a Nagine, você esqueceu que as cobras não se dão bem com as corujas "

Paralisei no mesmo lugar ao ouvir o nome da cobra, apesar de conviver todos os dias com ela eu nunca soube o seu nome, o Tom sempre sumia por um tempo e voltava com ela nos braços o que eu achava muito estranho, mas quando ele era interrogado sobre aonde havia ido ele sempre trocava de assunto e escondia a cobra

" E..esse é o nome dela ?"

" Sim "

Legal o vilão já tem sua Horcrux, quer dizer ela ainda não é sua Horcrux mas pode se tornar no futuro, enquanto me lamentava mentalmente por tê-lo ajudado a ficar com a cobra esbarrei em uma gaiola que estava presa perto do meu braço esquerdo, o bicho que estava lá dentro começou a fazer um escândalo, não consegui ver qual animal era pela falta de luz no ambiente, mas pelo som que emitia deduzi que era uma coruja

" você devia se desculpar, essa coruja não perdoa ninguém que a perturbe "

Me assustei ao olhar pra trás e ver um homem parado perto de mim, ele continuou andando até a gaiola

" Calma, vai ficar tudo bem "

Ele falava calmamente com a coruja como se ela pertencesse a ele

" Então...?"

Sua voz fria alcançou meus ouvidos

" O que ?"

" Você não vai se desculpar ?"

" Há é... eu sinto muito "

Falei enquanto olhava pra gaiola o estranho é que assim que me desculpei os barulhos cessaram

" Parece que ela gostou de você, se quer saber você é a primeira pessoa que ela não tenta atacar depois de ser perturbada "

O homem falava com um sorriso no rosto, pela expressão dele ele devia esperar que eu aceitasse cuidar da coruja

" Berta o que você tá fazendo ? Pensei que você ia escolher um gato mas...."

O Tom apareceu ao meu lado mas assim que viu o homem ele parou no lugar

" Eu estava... Vendo as corujas "

Comecei a olhar do Tom para o homem, o clima ficou meio estranho de repente

" Acho que assim como ela te escolheu você deveria escolhe-la as corujas são sempre fiéis aos seus donos, e podem sempre te livrar de problemas relacionados a cobras "

A frase do final me surpreendeu ele falou tão baixo que acho que ninguém além de mim escutou a última parte, como ele sabia sobre isso ?

" E entre outros, até ratos, e ela pode dar a vida por você...."

O homen continuou falando sobre os benefícios de ter uma coruja, acho que ele deve ser só um lunático

" Está bem, acho que vou escolher ela "
Me ouvi dizer para acabar com toda aquela conversa sem sentido

" Berta você ficou louca ?!"
O Tom parecia estar furioso por eu ter escolhido a coruja, seus olhos brilharam novamente como sempre acontecia quando estava bravo e ele pegou a gaiola das mãos do homem, eu fiquei imóvel presenciando toda aquela cena

Tom que já estava com a gaiola na mão tentou joga-la longe mas assim que tentou faze-lo a coruja bicou sua mão, a gaiola ia cair no chão eu não sabia como e nem quando eu peguei minha varinha e apontei pra gaiola

" Vingardio leviossa "

Fechei os olhos pensando não ter conseguido fazer o feitiço mas quando abri a coruja estava levitando no ar, Tom estava com os olhos arregalados segurando a mão que estava machucada, trouxe a gaiola até mim e finalmente a coruja estava em minhas mãos

Assim que olhei pra ela me lembrei da coruja do Harry não por elas serem iguais mas sim por suas diferenças, ela era totalmente preta e a única coisa que se destacava eram seus olhos amarelados, a coruja do Harry e a minha pareciam o yin e o yiang uma da outra

No final eu acabei comprando a coruja mesmo sobre os protestos do Tom, andamos até o local aonde havíamos combinado de nos encontrar

" Como você conseguiu fazer aquele feitiço ?"

Eu não sabia o que dizer, o que ele iria pensar se eu dissesse ' então eu vi na minha vida passada ' mesmo se eu quisesse não poderia nem sonhar em dizer isso, o Tom é muito esperto e sempre leva tudo a sério, ele diz que toda mentira tem um pouco de verdade

" Eu... Li num livro "
Comecei a acenar com a cabeça como se estivesse tentando me convencer que aquilo era verdade

" Você pode me emprestar esse livro ?"

Meu coração batia rápido e eu não sabia mais como mentir para o Tom quando pensei que estava perdida a coruja começou a se mover na gaiola fazendo a atenção do Tom ir pra ela, ele a olhava com ódio nos olhos acho que os dois não vão se dar bem, tenho que ter certeza de manter a coruja bem longe do Tom

" E aí crianças como foram as compras ? Por Merlin que linda coruja "
Meu pai se inclinou sobre a gaiola olhando mais de perto a coruja

" Foi boa, você gostou? eu achei ela na loja de animais pelo que o homem que me atendeu falou ela me escolheu "

" Ela é muito bonita, mas temos que ir embora já compramos tudo o que era necessário "

Minha mãe nos interrompeu fazendo com que nossas compras acabassem

Dêem a estrelinha e digam o que estão achando da história, e daqui a pouco vocês vão conhecer os novos personagens que eu criei

Como salvar um vilão?Onde histórias criam vida. Descubra agora