NOVE

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Nova Orleans ainda é como me lembro.

Multidões de nativos e turistas nas praças, restaurantes e bares lotados. Também conheço muito bem as ruas escuras que fui forçada a entrar para procurar por meu alvos e eliminá-los. De cada 10 vampiros que se escondem nas esquinas de cada rua dessa cidade, já matei 7.

A organização do Instituto Immortals era rigorosa em nos dividir em todo o país, das cidades mais populosas às menores. E fazia 2 anos que não eu vinha em Nova Orleans. As ruas já devem estar infestadas de novo, mas dessa vez meu trabalho é totalmente diferente. E envolve somente proteger Aya e acabar de uma vez por todas com o lugar que pretende matar os Originais.

Durante a viajem eu havia tomado essa decisão. A decisão que provavelmente custará meu pescoço no final, mas é um risco que vou correr sem hesitar. Se eles morrem, Aya também morre. E não posso deixar isso acontecer, até porque ainda não sei de que linhagem Aya é.

Ela ainda não confia completamente em mim para me dizer essa informação. Minha irmã já conhece meus pensamentos, meus objetivos, mas mesmo assim, ela ainda protege os Mikaelsons de mim.

E por mais louco que pareça, ela também está me protegendo do que podem fazer comigo para conseguir essa informação. Quanto menos pessoas souberem, é menos risco a correr, disso eu entendo e vou permitir que continue assim, por enquanto.

Enquanto a minha mente desprotegida, tenho que arrumar uma maneira de erguer o escudo de chamas, que só aparece quando eu perco o controle. Preciso achar um jeito de ergue-lo em segurança, e rápido. Mas pelo menos, um resquício do escudo de mais cedo penetrou no fundo de minha mente, disse Aya, quando tentou entrar na minha mente com mais intesidade.

Mas tudo o que minha irmã viu foi a minha superfície mental. Ela tentou avançar mais fundo de novo, mas meu poder está agindo como um mecanismo de defesa desde o momento em que soube que meus pensamentos e lembranças não estavam seguros. Minha mente ainda não está totalmente segura das garras de Aya, mas pelo menos o mais profundo dela está inalcançável para o poder de minha irmã.

— Finalmente. Estava começando a me preocupar, demoraram muito. — uma mulher loira nos recebeu na entrada, e reconheci.

A famigerada, Rebekah Mikaelson. E do seu lado estava Kol, o irmão encrenqueiro. Os dois estão muito... bem vivos. Não sei se agradeço ou se lamento por ter mais que duas possibilidades de minha irmã ser da linhagem de um deles dois.

Enquanto Albert se despede e se afasta com o carro, eles vão na frente e eu sigo mais atrás, olhando em volta. Está no início da manhã, diria umas 7:00h. O sol já apareceu, mas ainda faz frio. Aproveito o tempo que eles estão se recebendo para capturar algo de útil no meu redor, preciso ter certeza de que estamos seguros.

Olho para o grande prédio em minha frente, a casa deles, cheia de andares e janelas. Olho bem para a extensão que consigo ver. Observando a rua movimentada com fregueses, comerciantes, turistas e artistas. Todos alheios a nossa presença, até porque éramos só uma pequena parcela da multidão de pessoas. Mas o barulho logo sufocaria assim que eu entrasse no prédio a minha frente.

Eu não estava acostumada a ficar tão rodeada de pessoas, por isso meus sentidos estão totalmente alertas. Um vento que desconheço balança meus cabelos soltos e farfalham na minha blusa grande demais. É um vento diferente do vento gelado com aroma de segredos e cicatrizes do Instituto.

Dou meia volta com o corpo inteiro, olhando ao máximo que posso as redondezas. Ergo os olhos para o topo dos edifícios mais próximos, tendo um pressentimento terrível e meio que esperando ver algo a mais fora do normal. Porque quando olho pro chão da calçada, à centímetros dos meus pés eu vejo que algo está muito errado.

~Estrela da Meia Noite ⭐ || Elijah Mikaelson Onde histórias criam vida. Descubra agora