tentativa dois

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esqueci de avisar que as vezes os personagens n fazem muito jus às  personalidades canon ent não leve as coisas que escrevi aqui como verdadeiros pensamentos dos personagens no jogo por exemplo

mas teve situações falas e lore que peguei do jogo obviamente e construi meus personagens em cima disso

tô pensando ainda se deixo as atualizações a cada 5 dias ou semanal mesmo 😭 oq vcs acham

boa leitura <3 

Isso foi uma ideia de merda. — Kaeya comentou com raiva ao chegar no laboratório do alquimista por dentro da Espinha do Dragão. Suas sobrancelhas franziram no meio de sua testa, deixando seu rosto tão bonito marcado pela ira.

A sua testa estava com um corte não muito fundo, mas também não era superficial, era o suficiente para deixar uma marca sem levar nenhuma agulhada, e uma tira de sangue escorria, pingando sobre suas tantas camadas de roupa.

Os cavaleiros e o chefe de investigação foram para a área gelada de Mondstadt a fim de examinar situações suspeitas que estavam ocorrendo ali e isso claro que incluía ladrões do tesouro e fatuis. O que foi uma péssima ideia para Kaeya enfrentarem inimigos sem um plano de combate antes.

Albedo nada disse, mas também estava um pouco machucado.

— Senta no chão, senhor Kaeya, tenho algumas coisas que pode ajudar a cicatrizar melhor seu corte — pediu.

O de cabelo azul não pensou duas vezes, nem mesmo uma piada de mal gosto saiu da sua boca, apenas se sentou onde lhe foi designado. Albedo, então, aproximou-se e se ajoelhou entre as pernas longas e abertas de Kaeya, abriu sua bolsa de viagem e pegou um líquido e outro gosmento que Alberich tinha medo de questionar o que era e acabar não permitindo que aquele conteúdo entrasse em contato com sua pele tão bonita e bem cuidada. 

Viu o alquimista abrir um fraco e colocar sobre a sua ferida; ardeu muito de início, suas mãos enluvadas e cheias de acessórios agarraram a terra escura do chão do laboratório em reflexo, mas então se suavizou quando sentiu o outro produto ser colocado sobre o mesmo local. Suspirou, seja de alívio ou de cansaço.

Os dois, enfim, olharam-se. Haviam alguns cavaleiros na porta do laboratório apenas os aguardando, visto que o resto foi para o acampamento. A nevasca estava forte na Espinha do Dragão, o vento junto com a neve assoprava forte e esse era o único barulho entre os dois homens ainda sentados no chão.

As mãos de Albedo ainda não haviam deixado o rosto do mais alto, então seus dedos, conscientemente ou não, partiram da testa lisa de qualquer imperfeição e fizeram um caminho lento, em um toque inseguro, leve, quase como se tivesse tocando uma rosa, até pararem na boca. Kaeya não sabia o que estava acontecendo e, pela primeira vez na sua vida, não tinha frases prontas para aquele momento e agradeceu pelo alquimista estar com a atenção e íris tão focadas em sua boca, porque assim seria completamente incapaz de perceber o olhar perdido, mas desejoso, de Alberich.

O loiro passou levemente o dedão sobre o lábio inferior rachado pelo frio de Kaeya. E, em reação automática, Kaeya simplesmente abriu a boca. Ele não sabia o porquê fez aquilo, mas foi natural a reação. Claro que ele já fez isso várias vezes quando transou com algumas pessoas… Mas aquele era Albedo, o cara baixinho misterioso que não dava bola para ele.

— Quando voltarmos para a cidade — O olhar verde do alquimista finalmente se desviou e suas mãos se afastaram do outro homem, trazendo também de volta o capitão da cavalaria, que fechou a boca, lambeu os lábios e desviou qualquer tipo de pensamento impuro que passou pela sua cabeça —, vou pedir para que te levem a igreja para ver melhor isso aí. — Levantou do chão e passou os olhos pelo seu laboratório, provavelmente vendo se estava tudo certo, antes de acenar para os cavaleiros na porta da caverna, pronto para partir.

Kaeya ficou desnorteado por alguns segundos. Sua cabeça não estava passando sequer um pensamento mais. Simplesmente pifou. Mas é claro que foi chamado de volta à Terra por quem o esperava e se esforçou para manter a cabeça no presente.

Mas ele queria mais daquele toque tão incerto, delicado. Ele também queria o motivo daquilo.

Tentou uma, duas até cinco vezes ficar sozinho com o chefe de investigação, mas, além de estar recebendo um gelo, tanto pelo lugar desagradável em que se passava a atual missão quanto pelo próprio Albedo, não conseguia trocar nem duas palavras direito com ele.

Foi torturante.

e eles dizem que meu charme é fake ⨾ kaebedoOnde histórias criam vida. Descubra agora