tentativa quatro

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esse capítulo adiantei porque o anterior foi bem curto boa leitura

Sua cabeça sempre retornava a Albedo. Estava bebendo vinho e imaginava transando com o alquimista no balcão do bar. Estava vendo suas papeladas quando imaginava como seria o beijo. Estava andando pelo saguão quando se pegava pensando sobre todos os lugares em que levaria o loiro em um encontro.

Foi nessas trezentas imaginações que semanas se passaram e ele nem havia percebido que perdeu várias oportunidades de importunar Albedo em seu escritório. Claro que não era sempre que ele estava lá, muitas das vezes ele passava meses na Espinha do Dragão, sem contato com a base dos cavaleiros, mas Alberich sempre tentava a sorte.

Deixou seus papéis de lado e foi quase saltitando para a porta do homem. Bateu na madeira e, quando escutou um "entra" no tom de voz metódico que sentiu falta, sorriu, não um sorriso cheio de segundas intenções ou aquele encenado que fazia sempre, foi um sorriso genuinamente alegre.

Girou a maçaneta e encontrou o mais baixo ao lado da porta, mas de frente a um outro quadro. "Não sabia que uma sala podia ter tantos quadros", pensou Kaeya, mas logo ignorou o questionamento.

— Estou te atrapalhando, alquimista chefe?

Escutou uma risada vindo de Albedo e seu o primeiro pensamento foi que não parava de se surpreender com ele.

— Não, de jeito nenhum, capitão — respondeu, mesmo com sua atenção focada no trabalho atual.

O de cabelo azul assentiu a cabeça, entrou na sala e fechou a porta atrás de ti. O final da tarde já estava adentrando a cidade e o tom laranja do pôr do sol enfeitava a sala. Puxou a cadeira de madeira que estava em frente a mesa do alquimista e a virou em direção ao mais baixo, sentou-se então e se permitiu observar o homem à sua frente, o cômodo em que se encontrava e o calor do sol lhe queimando um pouco através da grande janela.

Albedo era bonito, Kaeya chegou a essa conclusão rapidamente. Ele também era cuidadoso, principalmente quando se tratava de Klee, pé firme quando se irritava e bastante curioso. Ele se lembrou quando foi parar naquela ilha misteriosa através do dragão de um bardo ao lado do chefe de investigação, Diluc e o menino lobo, e a primeira coisa que Albedo fez quando chegou em terra firme foi estudar o lugar, mesmo com sua irmã adotiva e a grão-mestre em treinamento sumidas por uns dias e um caso de um adolescente que se jogou de um dragão.

A sala, no entanto, era uma grande bagunça de misturas químicas e papéis. Era uma confusão que, por incrível que pareça, deveria fazer muito sentido para o alquimista chefe, porque, sempre que Alberich o via se movimentar em busca de algo, ele parecia saber exatamente em qual bagunça estava aquilo que procurava.

Nesse meio tempo de observação, obviamente Kaeya já havia falado uns montes, usando todos os seus flertes prontos e suas brincadeiras de segundas intenções ou bobas, mas nunca conseguia mais do que um simples olhar rápido do loiro, até mesmo um sorriso ele viu algumas dessas vezes, mas achava que era coisa da sua cabeça.

Mas claro que esse circo se desmontou quando viu o chefe alquimista se aproximar com tanta certeza de si. A cada passo do mais baixo o coração de Kaeya falhava uma batida. A cada passo a respiração de Kaeya ficava mais pesada.

— Seu corte está melhor? — perguntou e sua mão direita nua da luva diária agarrou o queixo do capitão, levantando a cabeça deste e o forçando a o olhar nos olhos. Os olhos de Albedo eram bonitos com grandes cílios e que transmitiam nada, mas ao mesmo tempo tudo.

A outra mão levantou a franja azul do mais velho para poder observar melhor. Assim que fez, sorriu. Kaeya não sabia ao certo o porquê ele havia sorrido até perceber que talvez estivesse fazendo uma cara bem idiota naquele momento, talvez similar ao primeiro toque que recebeu nas montanhas, mas que dessa vez recebeu atenção de Albedo e que deixou Alberich envergonhado.

Os dedos de textura um pouco grossa — talvez por mexer em muitos produtos, Kaeya pensou — acariciaram o queixo daquele que quase se derretia ao pouco toque que recebia.

Kaeya já sabia que era um desesperado por toque, mas, porra, sentir-se vulnerável daquela forma era assustador, estava se entregando por um simples toque e ainda queria pedir mais... Por mais assustador que fosse, ele estava gostando.

Novamente o dedão de Albedo brincou nos lábios inferiores de Kaeya, mas dessa vez ele parecia mais certo do que fazer, talvez determinado. O pensamento do alquimista treinando essa situação na própria cabeça fez Kaeya querer rir, mas nada demonstrou.

Alberich novamente abriu a boca, mas agora ansiando pelos dedos daquele homem dentro da sua boca. Ajeitou-se inquieto na cadeira. Sua cabeça estava à frente do tempo com cenas e mais cenas de putaria que fosse capaz de produzir. Ele queria Albedo, ele queria... Seu pensamento foi interrompido pelo dedo arrastando em sua língua, tinha gosto de qualquer coisa que não fosse pele, como também era gelado, o toque de Albedo era, em si, gelado, parecia sempre que estava congelando embaixo de uma montanha de neve.

O capitão fechou a boca ao redor do dedão e seus olhos seguiram o mesmo ritmo. A boca era um dos pontos sensíveis, por isso ele adorava beijar e chupar os outros, sempre lhe trazia prazer.

Segurou o pulso do loiro e o fez pegar um ritmo que lhe lembrava de um boquete. Ia e vinha em uma velocidade lenta.

Sentiu algo repentino pressionar contra seu pau e não pôde deixar de escapar um gemido sem querer, entretanto, quando abriu os olhos, teve que conter a vontade de gemer mais alto pela satisfação de ter a sola da bota de Albedo roçando em si. Mas não queria se controlar mais, segurou a perna do outro homem e rebolou sobre a cadeira, arrastando-se ainda sobre os pés entre suas pernas.

Ele nunca havia ficado naquela posição antes, era uma submissão que ele nunca havia se submetido... Até aquele momento em que se viu querer ser pisoteado e maltratado na cama por aquele loiro. Kaeya facilmente se submeteria àquele homem. Queria Albedo lhe tratando igual sua puta mal amada por mais...

O orgasmo não me permitiu continuar sua linha de raciocínio. Todo o seu corpo de quase um metro e oitenta e cinco se tremeu por inteiro enquanto sentia sua calça se molhar. Soltou a boca do dedo do alquimista só para gemer até o último segundo de seu orgasmo.

Sua respiração pesada foi o único som do lugar por alguns longos segundos.

Alberich não conseguia levantar o rosto para encarar o homem pela qual sentiu uma absurda vontade de ser seu cachorrinho. Foi um pouco humilhante gozar com essa ideia... Mas que ele com certeza tem a vontade de colocar em prática.

Viu a bota se afastar do meio de suas pernas e enfim observou o estrago que ficou na sua calça: além de suja da marca da sola do calçado de Albedo, tem uma grande mancha molhada. Kaeya tentou se mexer também, mas estava sensível e a única coisa que escapou de seus lábios foi mais um gemido.

Enfim sentiu uma mão acariciar seus cabelos lisos, então olhou para cima, encontrando os olhos e sorrisos simpáticos do loiro. Olhá-lo por baixo também era bem atrativo.

— O que você achou? Gostou?

Kaeya ficou uns segundos em silêncio, desacreditado no que escutou.

— Eu gozei 'pra caralho. Porra, óbvio que gostei.

Albedo riu, afastando sua mão.

— Estudei bastante sobre corpo humano esses dias e pedi a opinião de algumas pessoas, principalmente por ser um pouco inexperiente, mas obrigado por me proporcionar esses interesses, senhor Kaeya... — Contornou a cadeira e mesa para se sentar em uma sua própria cadeira. — Mas preciso terminar esse trabalho e entregar ao grão-mestre. — Sem mais nem menos voltou seus olhos a um livro.

— Ok. — Foi a única coisa que Kaeya conseguiu pensar no momento e em responder. Não conseguiu pensar em nenhuma provocação sequer.

Levantou-se e partiu para a sua sala o mais rápido possível antes que alguém veja a sujeira que o alquimista tão quietinho como Albedo havia feito em um homem que era quase trinta centímetros acima da sua altura.

o gente escrever essas cenas sempre me da vergonha alheia KDGSMDBSMSVDMSB

eu simplesmente amo escrever o kaeya perdendo toda a pose eh meu novo hobby favorito

e eles dizem que meu charme é fake ⨾ kaebedoOnde histórias criam vida. Descubra agora