e eles dizem que meu charme é fake ⨾ kaebedo

tentativa oito

adiantando o capítulo porque o último foi bem curto

vcs estão gostando do slow burn? eu pensava que n era mas levou sete capítulos para eles se beijarem 😭 MDHDMDDBDMBMDDBDN

enfim boa leituraaa

Albedo passou os restantes dos dias com a cabeça em apenas um assunto: Kaeya. Perguntava-se para onde o levaria em seu próximo encontro, o que o daria de agrado e como faria. O loiro nunca foi de pensar muito sobre o que os outros pensavam de ti, mas, magicamente, passou a se importar a partir do momento que experimentou Alberich e gostou.

O alquimista queria impressionar Kaeya, queria ser o motivo do sorriso e risadas dele. Queria receber mais daquele beijo, dos carinhos, das deliciosas sobremesas. Desejava ter o Kaeya ao seu lado.

Voltou para o presente de repente. Estava sentado na mesa do seu laboratório da Espinha do Dragão e, quando percebeu que desenhava o capitão no seu livro, acabou sorrindo para si mesmo, sentindo-se estranho.

Tudo era novidade para ele, mas nada que fosse capaz de lhe trazer medo.

Antes de se envolver de verdade com o capitão da cavalaria, Albedo havia reparado que sua mente, de vez em quando, pregava-o peça e trazia a imagem do outro homem em sua cabeça: começava com memórias simples como pequenas conversas que tiveram, depois ia para detalhes que Albedo percebeu — a voz, o rosto, o andar, a mania de articular as mãos quando falava, flertava ou pensava; o corpo violão bem marcado pelo corpete e a bunda apertada na calça justa — e, em seguida, começava as imaginações, o que vinham em momentos inapropriados e faziam seu corpo ter sensações esquisitas. E, após se relacionar com Kaeya, seu cabeça passou a elaborar mais ainda seus desejos, vontades e, pior, imaginação.

Por alguns dias, ele acabou evitando Kaeya, porque precisava focar e não conseguia, já que sua cabeça só tinha ele, seu toque, lábios, e aquela cena erótica em seu escritório sempre fazia presença. Eram agradáveis, ele não poderia negar isso, mas não deveria deixar seu trabalho de lado por conta disso.

Ele também o evitou, porque queria dar passos que não sabia o que era e, se descobrisse, não saberia como.

— Senhor Albedo. — A voz de Timaeus chegou até os ouvidos do alquimista chefe, que virou-se e colocou sua atenção na conversa. — Trouxe os últimos ingredientes. — Colocou o cesto no chão. 

— Obrigado, Timaeus — respondeu.

— Se precisar de mim ou de Sucrose, estaremos na cidade — disse com um sorriso simpático e um aceno breve de cabeça. Agarrou os braços vestidos por um casaco de pele grossa, tentando se aquecer mais ainda por conta do frio.

— Tudo bem, devo voltar em breve para Mondstadt, não se preocupe — falou.

Antes de retornar para os seus vários desenhos simples de Kaeya, foi novamente interrompido.

— Como foi com o rapaz, senhor Albedo?

Albedo sorriu. Recordou quando estava sozinho com Timaeus e o explicou como estava se sentindo, sem citar nomes, até chegar no final de um grande discurso que só estava com vontade de beijar e tocar Kaeya. "Cola seus lábios ao dele, senhor Albedo, e depois analise para ver como se sentiu." E Albedo fez. Concluiu que queria mais daquilo.

— Eu o beijei como você me instruiu.

— Wow! — Suas sobrancelhas arquearam e sua face brilhava de felicidade. — E funcionou, não?

— Sim… — Lembrou-se do beijo. — Obrigado novamente, Timaeus.

— Sempre ao dispor! — Acenou com a mão, pronto para caminhar de volta para à cidade. — O resto vai ter que descobrir com ele, boa sorte! — Albedo o escutou rir divertido para depois sumir na nevasca.

Como atrasou sua experiência pensando em certo alguém, teve que ficar mais alguns dias na montanha antes de partir, mas nada que fosse comprometer alguma coisa, porque foi recebido com abraços de Klee, mais papelada de Jean e um beijo na bochecha por Kaeya.

Albedo nunca pensou que o capitão fosse demonstrar a quem quer que fosse que estava com alguém, até porque sabia que ele era galanteador e um solteiro cobiçado da cidade que muitas pessoas queriam como namorado ou marido, mas nunca o viu ser carinhoso dessa maneira como estava sendo com o alquimista, e essa ideia o fez sorrir por se sentir especial.

Colocou os papéis do lado da outra pilha de papel no seu escritório e logo sentiu braços longos o abraçando por trás. A cabeça de Kaeya se apoiou sobre seus ombros, o cabelo liso deste o fazendo cócegas em seu nariz e as mãos o acariciando por baixo do casaco.

A pele de Albedo era sempre gelada, porque giz demora para aquecer, então sabia que, depois de passar dias na Espinha do Dragão, provavelmente estava parecendo uma pedra de gelo, mas não escutou Alberich reclamar, então nada falou também. Talvez fosse porquê ele estava acostumado a lidar com o gelo, pensou Albedo, ignorando esse fato curioso.

— Nestes dias fora, pude chegar a conclusão que talvez você goste de uma viagem para Liyue para experimentar as bebidas e comidas de lá — o chefe alquimista disse.

— Que chique. — Escutou Kaeya rir, mas deduziu que foi por diversão. — Eu aceito. — Moveu-se o suficiente para encarar Albedo nos olhos. As respirações se misturando.

— Vamos amanhã? Pedimos alguma  missão para Liyue e ficamos por lá.

— Ou simplesmente pedimos uma folga.

acho q esses albedo e o timateus nunca teriam uma conversa assim no jogo/mangá imagino mais albedo e traveler mas a gente finge

obrigado pelos votos, visualizações e carinho <3