tentativa seis

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to melhor das vistas ent consigo enxergar novamente ainda bem

n tava esperando q a fanfic seria tão bem recebida!! muito obrigado a todo que ta acompanhando!

enfim bom começo de aula para quem ainda estuda <3

Kaeya estava mais que feliz, ele estava reluzente, cantante como uma princesa de teatro infantil e caricato, nem mesmo caminhava mais, ele pulava!

Mondstadt nunca foi tão bonita quanto naquele dia em específico. O sol estava brilhando no céu azul limpo de qualquer nuvem, os passarinhos estavam cantando alto e alegremente, os gatinhos e cachorros da rua paravam para falar com o capitão quando ele passava pela cidade e o seu trabalho nunca foi tão leve.

A cada intervalo que fazia, ele controlava até o último fio de cabelo para não perturbar o alquimista solitário do outro lado do saguão, até porque não queria acabar com a bateria social curta deste antes do encontro. Mas foi difícil ver a hora passar tão devagar no relógio preso à parede branca do seu escritório.

Uma batida na porta foi seguida da imagem da bibliotecária sorridente.

— Posso ajudar? — Kaeya questionou. Apoiou a cabeça sobre sua mão, a franja lisa chegando no olho sem o tapa olho.

— Nada demais, só vim fofocar… — disse, o tom brincalhão presente na voz que sempre trazia um flerte disfarçado. Ela fechou a porta atrás de ti e foi caminhando até a mesa do capitão; tanto ela quanto Kaeya andavam com graça, o quadril tão solto que pareciam dançar ao invés de simplesmente andar. — Então… Você e o loiro baixinho.

Kaeya riu com sinceridade, o olho azul desviando por alguns segundos antes de retornar à bibliotecária.

— A Jean te mandou aqui para investigar e então você ir falar para ela a novidade?

— Sim — respondeu e os dois riram. — Mas a gente quer saber o que 'tá rolando, fofinho.

— Não tem nada acontecendo ainda, dona Lisa. Eu só o chamei para um encontro, ele aceitou.

Lisa pareceu chocada por uns instantes. Seus olhos arregalaram e deixaram a cor verde se fazer mais presente.

— Aquele Albedo? O quietinho? — Colocou a mão sobre a boca, chocada. — Sabia que você era um galanteador, mas nem tanto. — Gargalhou. 

— Não foi fácil como você pensa… — Um sorriso mais carinhoso apareceu em seu rosto. — Foram muitos meses lutando.

— Mas ele aceitou! — exclamou feliz. — Sei de algumas meninas e mulheres que ficariam com tanta raiva de ti por ter conquistado um homem tão difícil como ele. — Ela parou por alguns instantes e Kaeya sabia que ela estava o analisando, mas, ao invés de usar uma das suas máscaras, ele apenas a deixou chegar em conclusões. — Você está apaixonado pelo alquimista chefe. 

— Não acha que é cedo demais para isso? Nem tive um encontro com ele.

— Não negue já sabendo a verdade. — Estalou a língua no céu da boca e colocou as mãos sobre o quadril. O capitão riu.

— Ok, mas não vou falar em voz alta. — Olhou por cima da cabeça de Lisa e viu que já estava na hora dos cavaleiros saírem do serviço. — Eu atualizo vocês duas quando acontecer alguma coisa. — Sorriu e se levantou. — Tenho um homem de um metro e sessenta para entreter.

Kaeya deu a volta pela sua mesa, passou pela amiga e pegou uma cesta de vime ao lado da poera para logo em seguida sair do próprio escritório, partindo em direção ao do alquimista. Bateu na porta e esperou apenas alguns segundos para a cabeleira loira aparecer na frente do capitão.

Albedo estava com um semblante calmo como sempre, mas o cabelo estava um pouco bagunçado e a trança quase se desfazendo. Não era incomum vê-lo com uma aparência confusa, principalmente quando ele estava em um experimento complicado.

Alberich sorriu com a cena e apontou a cabeça para a escada principal que os levava para o andar de baixo da sede dos cavaleiros e foi seguido silenciosamente pelo mais baixo.

Eles caminharam para fora da cidade sem falar uma palavra. Kaeya olhava de vez em quando para o homem ao seu lado e amava perceber que ele analisava bem o caminho e tudo ao seu redor.

O vento estava quente, acompanhando o final de tarde caloroso e de tom laranja, porém não havia calor.

Assim que chegaram ao Penhasco das Estrelas, já era possível sentir o aroma adorável das várias cecílias que ali nasciam. Instantaneamente, Kaeya respirou fundo, permitindo-se viver o presente, o encontro com o homem que… Admirava ter a presença, porque ainda não tinha coragem de nomear o que sentia; focou no vento, no cheiro, no material da cesta em sua mão direita, era aquela sensação de paz que o capitão muita das vezes sentia falta.

Virou-se para onde Albedo se encontrava. Os cabelos ondulados e loiros se mexiam delicadamente sobre seu rosto de porcelana, seus olhos fechados parecendo apreciar o que acontecia ao seu redor; lábios rosados e aparentemente macios, entreabertos, e suas mãos estavam cruzadas atrás de seu corpo.

O mais alto observou a cena com o intuito de deixá-la gravada em sua mente com todos os detalhes, mesmo tendo a noção de que não era preciso tamanho esforço para tal.

Por não querer atrapalhar o momento do outro homem, Kaeya simplesmente preparou o pano branco na grama macia e serviu as sobremesas em pratos pequenos de porcelana rosa, seguidos de talheres. Ele se sentou de pernas cruzadas e apoiou as duas mãos sobre os joelhos enquanto ainda olhava com muita atenção todos os detalhes bonitos de Albedo e acabou se pegando desprevenido quando sorriu para si mesmo. Era estranho se sentir daquela maneira, permitir sentir algo além das suas várias facetas para enganar quem quiser.

O alquimista se virou bruscamente como se tivesse acabado de se lembrar que estava acompanhado e, assim que percebeu o que o esperava no gramado, não deixou de exibir surpresa.

— Um passarinho me contou que você amava sobremesas — Kaeya disse com um sorriso tão caloroso quanto aquela tarde calma e bonita em Mondstadt.

Albedo riu.

— Deixe-me adivinhar: Klee? 

Kaeya o viu se aproximar da toalha e se sentar, copiando sua posição. O capitão apoiou sua cabeça na mão esquerda. Seu sorriso bobo não fugia de seu rosto bonito.

— Acertou… Pensei que fosse demorar mais para acertar. — Fingiu mágoa e gargalhou baixou quando viu Albedo sorrir com o teatro. — Vamos comer. Trouxe de tudo um pouco, porque não sabia o que te agradaria.

O loiro pegou o prato e passou a se servir e Alberich o acompanhou. Havia bolos, receitas de fritura e chocolates, os dois pegaram tudo um pouco.

Pela primeira vez, nos vinte e dois anos de Kaeya, ele nunca pensou que não sentiria a vontade de falar algo inoportuno ou de segundas intenções durante uma interação social, principalmente um encontro, mas tudo que remetia Albedo era a calmaria. Talvez a cabeça do alquimista não fosse calma, pensou Kaeya, mas ele transmitia isso.

O sol os deixou e, com isso, trouxe uma noite estrelada, uma lua brilhante e o som das cigarras. A mudança da temperatura também foi evidente, mas nada que incomodasse o capitão e, ao que tudo indicava, nem o mais baixo ao seu lado.

Mesmo que o silêncio confortável tivesse feito mais presença, os dois trocaram ideias quando sentiram a vontade, fosse durante a refeição, enquanto Albedo desenhava ou quando observavam as estrelas deitados um ao lado do outro na grama um pouco úmida.

e eles dizem que meu charme é fake ⨾ kaebedoOnde histórias criam vida. Descubra agora