tentativa sete

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Os dias passaram voando e Kaeya teve a sensação que sua vida se resumiu em apenas papelada. Tinha horas do dia que ele simplesmente deixava para depois e ia para a taverna encher a cara, mas depois voltava, porque ele podia ser muitas coisas, mas nunca irresponsável.

E, claro, sempre que tinha uns minutos sobrando, ia atrás do alquimista chefe, entrava no escritório do mais baixo, mexia em tudo que era frasco e perguntava o que seria tal experimento ou líquido esquisito apenas para o escutar falar. Às vezes, esbarravam-se nos corredores, biblioteca ou andando pela cidade, e eram trocas de comprimentos, farpas diárias, provocações bobas e alguns carinhos e toques singelos. Obviamente, tentava não o sobrecarregar com tanta atenção e estimulação, principalmente quando estava trabalhando e Albedo parecia agradecer não verbalmente isso.

Nesse meio tempo, foi estudando o que Albedo poderia gostar ou não, então na maioria das vezes Alberich invadia o espaço pessoal dele para tocar seu rosto, cabelo, braços e, na maioria das vezes, era recebido, seja de forma indiferente ou igualmente carinhosa. Kaeya também recebia esses afagos de vez em quando, mesmo que soubesse que o alquimista apenas o imitava, mas nada falava, porque gostava da atenção independente da maneira como fosse.

— Kaeya, eu estava pensando — Albedo disse ainda com a atenção na mesa de síntese perto dos portões da cidade, chamando a atenção daquele que proferiu o nome. — Você não quer… — Suas sobrancelhas arquearam e articulou com a mão livre, como se dissesse algo, mas a verdade era que nada dizia. — Sair comigo de novo? — Parou de fazer seu experimento por aquele segundo e Kaeya percebeu que seus olhos o evitavam. 

— Oh. Está me chamando para um encontro? — Seu sorriso provocativo ia de ponta a ponta, inclinando-se sobre o mais baixo. — O alquimista chefe chamando o capitão da cavalaria para um encontro? — Apoiou a mão sobre a mesa ao lado dos dois, rostos próximos. Ele se divertia com a maneira como Albedo não sabia responder sua audácia, mas então decidiu continuar: — Mas é claro que eu quero… Mas dessa vez, espero que…

Albedo o beijou. Agarrou Kaeya pelo seu decote e o puxou com certa força, o suficiente para que os lábios dos dois se juntassem em um beijo casto e rápido.

Não teve tempo para pensar ou reagir, muito menos em lhe pedir por mais, porque seu cérebro não pôde entender o que estava acontecendo, mas conseguiu perceber a textura dos lábios do alquimista, sentir a força que ele usou para o puxar para perto e de lembrar dos fios de cabelo dos dois se embaraçando em suas testas por conta do impacto.

Kaeya foi para Celestia e voltou.

e eles dizem que meu charme é fake ⨾ kaebedoOnde histórias criam vida. Descubra agora