A briga.

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Bakugou p.o.v

Eu olhei assustado para quem havia entrado e vi Shoto me olhando como se eu tivesse cometido o crime mais horrivel do mundo, ele olhou em meu rosto e depois levou seu olhar até minha mão que estava encostada no braço de Kirishima, ele havia ativado sua individualidade derrepente e eu acabei me cortando ao encostar e agora estou recebendo um olhar reprovador de meu namorado por motivo nenhum, o rosto de Shoto demostrava um toque de ciúmes com irritação e isso pode ser problemático mas eu fiquei com o peito cheio de esperança dele estar assim por mim, talvez ele realmente ainda me ame e estivesse apenas muito ocupado com o trabalho para notar.

— Shoto, o que faz aqui amo- — eu disse já com esperança porém o bicolor me interrompeu me puxando para longe de Kirishima.

— Vocês não acham que estão proximos demais? — ele disse ainda segurando meu braço e me olhando com uma expressão brava.

Na hora eu não acreditei no que havia ouvido, não poderia ser realidade que ele estava mandando eu me afastar da única pessoa que me deu apoio depois deles se afastaram, a única pessoa que estava me dando a atenção e carinho que eu necessitava.

— Pode repetir o que você disse, por favor. — eu disse puxando meu braço novamente descrente do que ele havia falado a mim.

— Você é meu namorado, não acha que esta muito... proximo dele?

Naquele momento meu coração se partiu, ele estava duvidando da minha fidelidade, logo ele que me traiu com meu outro namorado, senti meu sangue ferver e a nitroglicerina circular por todo meu corpo, a mágoa daquelas palavras de Shoto estavam me dominando e em meio de segundos meus olhos arderam porém me neguei a chorar na frente dele, ele não merecia.

— Seu? Se sou seu namorado porquê você não me assumi lá na frente de todos? — Eu disse andando até o palco mas Shoto me segurou impedindo que eu fosse lá, virei meu olhar para ele e disse quase chorando — Porquê... Porquê não me assumi, vocês tem vergonha de mim?

Ele abriu sua boca para responder porém ouvimos um barulho indicando que a pausa havia acabado e teriamos que voltar para a coletiva, soltei meu braço de sua mão e andei até Kirishima que passou seus braços ao redor de meus ombros me puxando para a coletiva, quando passamos por Todoroki pude sentir como se uma faca tivesse sido enfiada em mim, eu olhei para trás na esperança de o ver me olhando mas vi que ele apenas havia saido de lá, então ele realmente havia desistido de mim.

Meu cérebro ficou em branco e eu só queria chorar, só queria gritar até minha garganta explodir para que eu pudesse estravazar todo meu ódio naquele momento mas me mantive calmo e sentei ao lado de Kirishima na enorme mesa da coletiva. Kirishima gentilmente segurou minha mão por baixo da mesa fazendo com que eu me acalmasse porém quando vi Todoroki indo até Midoriya e o beijando ali na frente de todos doeu, podia ter sido só um selinho mas mesmo assim doeu bastante, afinal nem segurar minhas mãos eles faziam em público, bem, nem em casa eles faziam agora.

[...]

— Qual foi o melhor momento de alguma patrulha para você Red Riot? — olhei para Kirishima e vi ele pensando, eu estava desconfortável com os olhares de Todoroki porém também estava curioso pela resposta do cabelo de merda.

— Com certeza foi quando eu estava patrulhando o lado norte da cidade e uma menininha de uns 5 ou 6 anos me parou gritando "Kiripima" isso abalou todas minhas barreiras foi tão adorável, ela também tinha um bonequinho meu enquanto gritava e pulava ao meu redor gritando animada "Kiripima, Kiripima" foi com certeza muito bom. — quando ele terminou de falar pude ver a sincera felicidade do cabelo de merda que olhava para o nada pensando no dia que havia ocorrido esse encontro com a criança.

Nós realmente somos um trisal?Onde histórias criam vida. Descubra agora