19| Capítulo Dezenove

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Estava contando os minutos para o expediente acabar, senhor Darius já tinha ido embora, ficando somente eu e Frida na lanchonete, e um casal de jovens que terminava de comer suas batatas fritas em um canto. Eu estava contando o valor do caixa para fechá-lo quando ouvi o sino da porta soar. Ergui meu olhar e encontrei os olhos negros de Itan direcionados em mim, ele depositou suas mãos no bolso da sua jaqueta preta de couro e caminhou até o balcão parando em minha frente.

— Olá, já estamos quase fechando, o que deseja? — falei sem olhá-lo anotando o valor final no bloco de David.

— Queria te ver! — sua voz um pouco rouca alcança meus ouvidos, e eu o olho surpresa. Os cantos dos seus lábios se repuxam para cima em um sorriso charmoso. — Queria falar com você sem que fosse por mensagens — ele então revela, mexendo no pote de trufas.

— Quer falar sobre o quê? — o questiono observando seu rosto enquanto olhava os sabores das trufas.

— A vida — ele fala simplismente colocando a trufa de morango que estava nas mãos de volta no pote e me olha — Tem algum lugar que gostaria de ir para conversar?

— Só espera meu expediente acabar, te falo a onde podemos ir — sorrio para ele, estranhando toda aquela situação, nunca que iria imaginar Itan Smith vindo atrás de mim para conversar. Sobre a vida.

Vejo ele caminhar até o fundo da lanchonete até a geladeira expositora com refrigerantes. Ele parou em frente a ela a olhando. Enquanto isso o casal vêm acertar a conta e sai. Caminho a mesa deles para pegar o pote de batata frita e os frascos de ketchup, mostarda e maionese e os guardanapos para guardar, depois volto para limpar a mesa.

Quando retorno ao balcão Itan estava com dois refrigerantes em mãos a minha espera.

— Você prefere coca ou guaraná? — ele levanta as duas latinhas.

— Prefiro guaraná — respondo.

— Coca é muito melhor — ele põe as latinhas sobre o balcão. Prendo um riso pela sua forma de falar, a voz esboçando uma falsa indignação com minha preferência.

— Fica seis reais — digo a ele que procura o dinheiro.

Frida aparece saindo da cozinha.

— Deu nosso horário, flor! Oi — ela cumprimenta Itan quando o vê.

— Olá — ele diz sorrindo e me entrega as cédulas. Fecho de vez o caixa, deixo meu boné da Darius em um espaço debaixo do balcão e saio de lá junto com Frida, Itan vem atrás da gente. Após sair da lanchonete vejo o sol se pondo no horizonte, a moto de Itan estava estacionada perto do carro de Frida, esperamos ela fechar a lanchonete e se despedir.

— A onde iremos? — Itan me indaga com a latinha de guaraná estendida em minha direção.

— Obrigada! — respondo enquanto pego a latinha da sua mão. — Me segue — digo a ele afim de levá-lo a onde meus pensamentos mandavam.

 — Me segue — digo a ele afim de levá-lo a onde meus pensamentos mandavam

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