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     Quando Scar estacionou seu Bugatti no galpão ao lado dos outros carros, nem mesmo esperei um segundo a mais para ficar naquele minúsculo espaço com ele

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     Quando Scar estacionou seu Bugatti no galpão ao lado dos outros carros, nem mesmo esperei um segundo a mais para ficar naquele minúsculo espaço com ele. Abri a porta sem que o motor estivesse desligado e não olhei para trás ao caminhar apressadamente em direção as escadas para o primeiro andar, onde parei ao ouvir a TV ligada apesar do cômodo estar de luzes apagadas. Passei pela sala, encontrando Andrea no sofá jogando seu vídeo game preferido, pela cozinha vazia e então para o corredor silencioso, nem mesmo olhei para os janelões quando entrei no quarto fechando a porta para encostar minhas costas nela. Duvidava que Scar viesse se explicar e gostaria no fundo do meu ser que ele não fosse, não quando eu estava prestes a falar coisas que ele não estava preparado para ouvir.

     Respirei fundo fechando os olhos por um momento antes de caminhar pelo quarto abrindo e fechando as mãos tentando acalmar meus pensamentos depois daquele dia. Tentei me focar nas boas lembranças com Augustus, mas tudo o que minha mente queria saber era o que Scar fazia quando ninguém olhava, por ordens de Nathan.

     Mais uma vez, Nathan.   

     Sempre Nathan.

     Olhei ao redor, para as paredes do quarto, agitando as mãos tentando expulsar o aperto no peito que fazia meu coração acelerar como McQueen fazia nas corridas. Lembrar do meu carro me fez olhar em direção a cômoda ao lado da cama, para a primeira gaveta que guardava um segredo.

     Agindo sem pensar, caminhei até ela abrindo com rapidez procurando o celular entre as peças de lingerie, quando meus dedos encontraram o aparelho, o trouxe de volta ligando-o novamente para desbloqueá-lo rapidamente lembrando com clareza qual era a senha para tal coisa. Abri o aplicativo de mensagens relendo desde o início até a última que havia enviado para Reeve, percebi que não houve resposta o que me fez imaginar se ele não estaria interessado na queda de Nathan ou acreditasse em sua mente que dizia que aquilo era uma emboscada.

     Sentei na cama encarando o aparelho ao refletir meu próximo passo, eu estava com raiva e gostaria de acabar com tudo o mais rápido possível, mas sabia que era apenas eu contra todos eles e nunca teria chance de, ao menos, erguer uma arma para Nathan. Eu nem mesmo os intimidaria, se quisesse. Tamborilando meus dedos no celular, observei a bateria sabendo que deveria fazer algo enquanto aqueles 40% não chegavam em 1% e todas as minhas chances acabassem por simplesmente usá-lo para outra coisa que não fosse pedir ajuda, a verdadeira, com sirenes e tudo.

     Cansada de esperar algo que eu sabia que não viria, bloqueei o celular voltando a escondê-lo na gaveta antes de caminhar até a porta, abri uma pequena e sutil fresta para espiar no lado de fora antes de sair em direção a cozinha. Com passos lentos e silenciosos, entrei no cômodo observando a TV ligada com Andrea, a única pessoa acordada naquele horário, jogando em seu vídeo game distraída com o mundo ao redor. Cocei a garganta ao caminhar até a geladeira onde encontrei uma caixinha de suco, peguei sem me importar se ela tinha um dono e caminhando enquanto bebia na caixa, parei ao lado do sofá ficando visível a garota que preferiu me ignorar.

Correr ou Morrer - DuologiaOnde histórias criam vida. Descubra agora