Capítulo 1: Reencontro

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Dia 07/02/2022 um ano se passou desde que tudo começou o mundo se transformou na personificação do inferno, cidades destruídas, lagos poluídos, pilha de ossos espelhadas por todos os lados monstros perambulando pelas ruas e florestas, o mundo foi tomado pelos hospedeiros, as pessoas que sobreviveram até então se refugiaram em metrôs, prédios abandonados ou no alto das montanhas, e como se não fosse o bastantes os humanos assustados estavam começando a agir como animais selvagens lutando pela sobrevivência, eles atacam e roubam de qualquer um para poder sobreviver.

Embora o brilho da cidade de Bangkok tivesse se perdido eu Jackson nunca a deixei pois sabia que em algum lugar nesta vasta cidade meus amigos e minha mãe estavam a minha procura, Kecy se juntou a mim desde o acidente na escola procuramos nas redondezas da cidade mais não encontramos nenhuma pista.

Aonde eles se refugiaram? Eles estavam bem e saudáveis? Nunca pensei que fosse me preocupar com alguém além de minha mãe.

- Jackson? Foco!

A voz de Kecy me despertou me trazendo de volta a realidade, estamos escondidos no terraço de um prédio observando alguns hospedeiros vagando pela cidade, nossos dias se resumem em observar a procurar por sobreviventes dia e noite, não temos área se celular muito menos de transmissões na televisão, tudo que podemos fazer é contar com nossa próprias informações.

- Eu sei, só estava pensando.

Nossa situação atual não era das melhores estávamos ficando sem comida e bebidas por isso decidimos dar uma analisada a nossa volta para tentar encontrar um novo esconderijo.

- O mercado Jackson, podemos tentar chegar ao supermercado no centro da cidade. (Disse a japa)

- Você acha mesmo que depois de um ano vai ter comida em supermercados?

Kecy morde o lábio inferior e se manteve calada.

- Acho que podemos encontrar algo para comer fora da cidade, em fazendas ou até mesmo em lagos, a cidade tem ficado cada vez mais perigosa de uns meses para cá.

Me levante do chão e segui para a porta de saída.

- Os hospedeiros não são mais a única ameaça aqui.

As 19hrs saímos do esconderijo e seguimos procurando pela minha mãe, Kecy assim como eu não eram os muito de conversar, passávamos a maior parte do nosso tempo calados e quando nos atrevemos a conversar um com o outro era em relação a nossa sobrevivência.

- Tá com saudade deles? (Kecy me perguntou)

Pela primeira vez em meses que ouvi tal coisa saindo de sua boca, por algum motivo aquilo aliviou minha tensão naquela noite fria, pensei em me manter calado mais não queria ficar guardando tantos sentimentos dentro me mim ou acabaria enlouquecendo uma hora ou outra.

- Tô sim. (Respondi após pular a cerca da antiga creche da cidade) - Acho que tudo oque estou sentindo vai além da saudade, estou preocupado e curioso para saber oque eles têm feito nesse período.

Peguei a mochila que a japa acaba de tacar para mim e espero a mesma atravessar a cerca.

- Digo!! Será que eles também estão procurando por nós? São tantas perguntas que quero fazer para eles quando eu os encontrar, exceto Gabriel eu o odeio e quero que ele pague com a vida pelo o que ele fez.

Kecy se manteve calada enquanto olhava em meus olhos, seus pequenos olhos sempre tinham a mesma expressão indiferente.

Não dormimos a noite, combinamos de chegar ao parque lumpini localizado no centro de Bangkok antes do amanhecer, não encontramos nada naquela dia, passamos por diversas casas e lojas procurando por comida, mais não encontramos uma migalha se quer.

Os Escolhidos (Livro 2: Apocalipse) Onde histórias criam vida. Descubra agora