Capítulo 6: Surreal P1

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Chegou o dia de partirmos em busca do amigo de Clara, enquanto Ramon e Luana iriam em busca de comida na cidade vizinha.

Luana e Clara desceram as escadas que davam direto na sala de estar com um pequena mochila em suas costas, Ramon desceu logo em seguida ajudando Kecy já que ela estava ferida. Pedi um minuto da atenção de todos para que eu pudesse explicar mais uma vez como iria funcionar nosso plano.

- Lua você e o Ramon devem nos encontrar no parque lumpini assim que que terminarem de coletar o máximo de comida possível em Phetchaburi, Clara me disse que pode ter uma noção de onde seu amigo possa estar, isso vai facilitar a busca.

Todos na sala apenas concordaram com a cabeça, chamei Ramon para o canto da sala, pois queria me despedir dele.

- Toma cuidado! (Eu disse)

- Você também. (Ramon me olha com receio) - Me preocupo com você e aquela garota sozinhos naquela cidade, antes você tinha a Kecy que podia te ajudar caso alguma coisa acontecesse.

- Eu vou me cuidar, não se preocupe. (Passei uma das minhas mãos em seu rosto) - Te vejo mais tarde. (Puxo o loiro colando seu corpo no meu e lhe beijo, o sentimento de ter essa cara perto de mim me fazia querer desaparecer com ele desse mundo doente)

- Aí que lindo o amor, mas o amor vai ter que esperar para quando vocês estiverem em um quarto. (Disse Luana puxando Ramon o afastando de mim)

Luana se despede de mim e se teletrasporta com Ramon. Olhei para Kecy e pedi para que a japa pudesse cuidar da fazenda enquanto nos estivéssemos fora, ela apenas se manteve calada embora eu soubesse que aquela atitude era típica dela. Clara e eu saímos da casa e fomos em direção a Bangkok a cidade não era tão longe da fazenda dava para ir andando atravessando a floresta, foi uma caminhada de puro silêncio floresta a dentro, eu não queria ter surpresas no caminho então pedi para a garota ficasse quieta.

No início da tarde chegamos na estrada da cidade. Voltar para aquele lugar e vê-lo completamente destruído me trouxe uma sensação ruim, aliás essa cidade foi onde eu nasci e construí boas memórias, apertei meus punhos e segui em frente deixando a jovem garota para trás, meus passos eram mais largos que os dela por questão de eu ser maior, Clara tinha que correr para me acompanhar. Quando entramos na cidade pedi para Clara ficar atenta a qualquer tipo de movimentação suspeita, passamos por diversas ruas complemente desertas não se ouvia qualquer ruído, Bangkok se transformou em uma cidade fantasma ou melhor, se transformou em uma cidade de monstros, ficamos caminhando por horas tentando chegar ao local onde Clara disse que seu amigo poderia estar escondido.

- Chegamos. (Disse a garota)

Olhei para o local e vi uma grande construção feita de vidro o lugar no passado costumava ser uma floricultura, mas hoje eu posso dizer que esse lugar tá mais para uma espelunca destruída, a maioria dos vidros estavam quebrados, as flores estavam mortas e para completar estavam nascendo ervas daninhas do lado de dentro da construção. Entramos na floricultura e Clara chamou diversas vezes o nome do seu amigo.

- Nik? Você tá aqui?

Algo se levanta atrás de uma prateleira a nossa frente, puxei Clara pelos braços a deixando atrás de mim, engatilhei a arma que estava escondida em minha cintura, e pedi para que a coisa se manifestasse ou então eu iria atirar, um cara sai de trás do móvel com as mãos levantadas.

- Clara? (Disse o rapaz)

- Nik! (A garota corre em sua direção e se joga em seus braços)

Os dois ficaram se abraçando por alguns segundos quis dar tempo eles então pedi para ambos me encontrassem do lado de fora cinco minutos, sai da floricultura com a arma em mãos e fiquei observando a minha volta, olhei para um grande outdoor do outro lado da rua e algo nele me chamou a atenção, uma inicial com a letra J seguida de uma seta cobria grande parte do desenho, aquela inicial era familiar os traços no final do J não podia ser ser de outra pessoa.

Os Escolhidos (Livro 2: Apocalipse) Onde histórias criam vida. Descubra agora