Quando acordei estava num hospital olhei para a vidraça e estavam lá todos os meus familiares e muitos amigos.
-Leonor? Leonor estás bem? Ela acordou. Ela já... Olhem ali.
Olharam todos para mim com um ar preocupado e triste ao que parece eu era a única sobrevivente. Os médicos arrastaram-nos dali e uma enfermeira entrou.
-Leonor, estás melhor?
Eu acenei a cabeça afirmativamente.
-Tens fome?
Negei.
-Tudo bem, mas vais dormir agora.
Fechei os olhos e deixei escorregar uma lágrima.
-Não chores, Leonor. Não vale a pena.
Tentei sorrir. Voltei a fechar os olhos e dormi.
Acordei com a voz doce daquela enfermeira e com o cheiro de um pequeno-almoço.
-Vais comer agora. Tudo bem.
-Sim- a minha voz estava estranha e não dava para perceber muita coisa.
-Muito bem. Vou tirar a máscara e se te sentires mal diz. Agora senta-te.
-Sinto-me ótima, senhora.
-Ainda bem. Agora come eu faço-te companhia.- Comi com fome e com gula. Coube-me tão bem mesmo.
Quando acabei a enfermeira disse-me que iria fazer um raioX e se tivesse alta poderia sair daquele inferno.
Fui então. Tive alta. Fixe.
Voltei ao quarto á espera que os meus avós me viessem buscar. Apareceu uma senhora a acompanhar a enfermeira muito simpática.
-Olá, querida.- disse ela
-Esta senhora vai levar-te para...
-a casa dos meus avós!- interrompi a enfermeira levantando-me num salto.
-Hum, pois- disse a enfermeira. Sentei-me- os teus avós acham que é muito perigoso voltares para lá, vais para um orfanato.
-O quê? Porquê?
-Não é seguro voltares para lá. Tu vens comigo vais ser bem tratada.
Que choque.
Aviso:
Por favor metam votos nos meus capítulos para me encorajar a escrever.Polvinha danone :)