Três

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Quando acordei estava num hospital olhei para a vidraça e estavam lá todos os meus familiares e muitos amigos.

-Leonor? Leonor estás bem? Ela acordou. Ela já... Olhem ali.

Olharam todos para mim com um ar preocupado e triste ao que parece eu era a única sobrevivente. Os médicos arrastaram-nos dali e uma enfermeira entrou.

-Leonor, estás melhor?

Eu acenei a cabeça afirmativamente.

-Tens fome?

Negei.

-Tudo bem, mas vais dormir agora.

Fechei os olhos e deixei escorregar uma lágrima.

-Não chores, Leonor. Não vale a pena.

Tentei sorrir. Voltei a fechar os olhos e dormi.

Acordei com a voz doce daquela enfermeira e com o cheiro de um pequeno-almoço.

-Vais comer agora. Tudo bem.

-Sim- a minha voz estava estranha e não dava para perceber muita coisa.

-Muito bem. Vou tirar a máscara e se te sentires mal diz. Agora senta-te.

-Sinto-me ótima, senhora.

-Ainda bem. Agora come eu faço-te companhia.- Comi com fome e com gula. Coube-me tão bem mesmo.

Quando acabei a enfermeira disse-me que iria fazer um raioX e se tivesse alta poderia sair daquele inferno.

Fui então. Tive alta. Fixe.

Voltei ao quarto á espera que os meus avós me viessem buscar. Apareceu uma senhora a acompanhar a enfermeira muito simpática.

-Olá, querida.- disse ela

-Esta senhora vai levar-te para...

-a casa dos meus avós!- interrompi a enfermeira levantando-me num salto.

-Hum, pois- disse a enfermeira. Sentei-me- os teus avós acham que é muito perigoso voltares para lá, vais para um orfanato.

-O quê? Porquê?

-Não é seguro voltares para lá. Tu vens comigo vais ser bem tratada.

Que choque.

Aviso:
Por favor metam votos nos meus capítulos para me encorajar a escrever.

Polvinha danone :)

AbandonadaWhere stories live. Discover now