Doze

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  Ouçam a música que meti aí ao lado, sff. Richie Campbell é top! "Blame it on me" só encontrei o acústico mas esta música é perfeita! Ouçam!
    (Ocorreu um pequeno improvisto para a demora... )

**********

    -Sim! Certo. Pedro, este aqui ...-um homem que estava á frente dela virou-se, levantou-se e veio até mim de braços abertos.
  -Filho!
  -...o teu pai.

******************
    O MEU PAI?? Que merda é essa, eu estou no orfanato desde bebé e agora aparece o meu pai? AQUI? Não!
    -Desculpe, deve haver algum engano. Os meus pais abandonaram-me quando eu era bebé. Ele não é o meu pai!-disse desmanchando o abraço.
   -Não, Pedro ele é o teu pai.
   -Então...-tentei falar mas ela levantou-se e disse:
   -Vou deixar-vos a sós. -deu uma palmadinha nas costas do homem antes de sair-Boa sorte! -ela bateu com a porta.
    -Quem és tu? -perguntei.
    -Eu sou o teu pai, Pedro! Já disse!
    -Se és o meu pai porque é que me abandonas-te e agora vens buscar-me?
    -Eu não te abandonei. -Oh jura! Fui eu que com dois anos fugi de casa e vim para aqui! Este homem estava a testar os meus nervos!
    -Não? Então foi o quê? A cegonha deixou-me aqui, foi?- gritei. Estava a tentar conter as lágrimas neste preciso momento. Estava confuso, desampontado, triste, raivoso,... Inventem uma palavra para isto tudo porque eu não consigo descrever tanta coisa.
     -Não. Tem calma, deixa-me falar!
     -O caralho! Eu...
     -CALA-TE! -ele gritou. Sentei-me na cadeira onde ele tinha estado sentado há pouco tempo e olhei para o chão para ouvi-lo.-Eu e a tua mãe não estavamos numa boa fase da nossa relação. Eu queria o divórcio e ela não mo dava. Ela não queria saber do filho não queria saber de nada. Ouve um dia em que eu a agredi e ela saiu de casa mas levou-te com ela para fazer jogo. Ela disse que te tinha matado mas há uns... Dois anos descobri qie estavas vivo. Não te deixei de procurar desde então. E agora encontrei-te! Eu sei que é confuso, mas tens de compreender. Eu não tenho culpa nenhuma só quero passar algum tempo com o meu filho. - deixei cair uma lágrima. Todos estes anos me contaram a versão da história em que a minha mãe era a "boa da história" e agora surge isto. Mas se ele estiver a mentir nem valia a pena vir procurar-me. Talvez ele esteja a dizer a verdade.
    -Filho? -olhei para cima levantando-me e disse:
    -Eu vou pensar no assunto. -E sai eu sabia que ele queria que eu fosse com ele mas... Eu cresci aqui e abandonar tudo para ir com um homem que diz ser meu pai e que eu nem conheço. Encontrei D. Matilde no corredor. Ela meteu-me as mãos nos ombros fazendo-me olhar para ela.
      -Então, docinho? Resolveste as coisas?
      -Bem, não sei. -olhei para baixo e deixei escorrer as lágrimas. Logo senti os braços dela passarem á minha volta e retribui o abraço.
     -Não precisas de ficar assim, docinho. Vais ver que tudo vai correr bem. Confia em mim.
      -A senhora acha que eu devo ir com ele ou ficar aqui?
      -Bem, lindo, isso é uma escolha tua.
      -E se ele estiver a mentir?
      -Não creio que esteja. Achas que eu ia deixar que ele mete-se ideias na cabeça de um dos meus meninos? Eu falei com ele primeiro. Não ia deixar que um homem fizesse mal aos meus filhinhos. -Não conti um sorriso.
      -Obrigado, mãe.
      -De nada. Pensa bem nisso. Não te vais arrepender de nenhuma das escolhas.
      -Promete?
      -Prometo!-e afastou-se deixando um beijo na minha bochecha. Voltei ao dormitório e sentei-me na cama. Fiquei a pensar no que ele me tinha dito até o Paulo e o Carlos entrarem no quarto.
     -Então mano? O que é que 'tás aqui a fazer?-perguntou o Carlos.
    -Ya,  estamos todos á tua espera lá fora. Combinamos ir ao cinema lembras-te?
     -Ya, lembro! A Leo e a Rita já chegaram?
     -Sim. Está tudo bem,mano?
     -Está! É só que...
    -Que?
    -Para de insistir Carlos não é nada!-respondi. Fomos lá para fora. Estava lá toda a gente. Pois bem a Leonor também faz anos hoje por isso é para ela e para o Carlos. Fui até ela que ainda não tinha visto hoje e desejei-lhe os parabéns.

     *POV:Leonor*

    Finalmente, os rapazes saíram de lá de dentro. Juntaram-se ao grupo e o Pedro veio ter comigo e desejou-me os parabéns com um sorriso. Mas um sorriso pequeno. Passava-se alguma coisa com ele. Ele costuma ser tão alegre e simpático. Hoje estava...diferente.
    Mudando de assunto... Tentei não parecer muito preocupada com ele, na verdade eu estava ansiosa par logo á noite. O Rubén acabou por pagar o jantar e convidou-me para ir com ele á discoteca hoje. Ele ia lá com uns amigos e aproveitou por nos convidar. Sim a Rita também vai. Afinal, ele ia com os amigos, né? 
 
    [...]

   Saímos do cinema. O filme foi brutal, o grupo é brutal e a minha festa de anos foi brutal. Mas faltaram eles. Bem o meu mano também nao ia poder ver aquele filme. Crimson Pik (é de terror)(acho que é assim que se escreve).
     Quando chegamos ao orfanato tomei um banho rápido e vesti uma sweat comprida e umas legins pretas com umas vans pretas também.
    -Rita vamos?
    -Bora lá!
  
    [...]

   Chegamos á discoteca. Nunca tinha ido a nenhuma! Estava a abarrotar de gente. Pelos vistos a Rita também nunca tinha vindo a uma discoteca.
     -Então, venham! - chamou o Rubén. Aproximamo-nos dele e ele levou-nos a uma mesa num canto que tinha três rapazes e uma rapariga.
    -Hey, então? - Rubén saudou a malta e comvidou-nos para sentar. A Rita sentou-se ao lado de um rapaz que começou logo a meter conversa com ela. Eu fiquei ao pé do Rubén. Ficamos a conversar e tal até que fomos dançar. Começamos a dançar todos. A minha timidez tinha sido levada pelo álcool e dançava ao ritmo da música, loucamente. Senti uns braços agarrarem-me na cintura e a puxar-me para trás. Bati num corpo e virei-me. Ele sorriu e abraçou-me mais gorte contra ele. Cono por instinto meti os braços á volta do seu pescoço e retribui o sorriso. Começamos a dançar agarrados e os olhos verdes de não saiam dos meus. O que me estava a chatear um pouco. Ele desviou o olhar para os meus lábios e trincou os seus. Logo senti um braço atrás de mim e uma voz feminina:
    -Hey! Rúben, não me vais apresentar á tua amiguinha?-a rapariga tinha também olhos verdes e um cabelo louro atado num rabo de cavalo.
   -Bem, pois, Catarina esta é a Leonor. Leonor esta é a minha irmã Catarina. - Ah, pois faz sentido. Estendi a mão para ela que a apertou com um sorriso falso(?) na cara.
    -Prazer, Catarina. - cumprimentei. Ela aproximou-se do meu ouvido e sussurrou:
    -Vê lá o que fazes com ele, linda. - e afastou-se. Virei-me para ele de novo.
    -Não ligues ao que ela diz.
    -Ok. -para ser sincera tinha perdido a vontade de continuar ali. Olhei á procura da Rita e vi-a dançar com o rapaz que estava con ela na mesa. - Mas, eu estou um pouco cansada, vou para casa.
    -Eu levo-te.
    -Ok.-saimos da discoteca e fomos diretos ao carro dele. Entrei no banco do co-piloto e esperei que o carro começasse a andar.
    -Está tudo bem? -ouvi-o perguntar.
    -Sim, é só que... Tenho sono.
    -Humm. Ok. Parecias preocupada.
    -Não. Está tudo bem.

   [...]
  
   -Bem chegamos. Leonor?-abri os olhos devagarinho e olhei-o. Desci do colo dele e despedi-me beijando-lhe a cara.
   -Adeus. Obrigada, pelo convite e bem, pela boleia. -Sorri.
   -De nada. Espero poder encontrar-te mais vezes.
   -Claro que sim. Boa noite.

   [...]

   Acordei com uma forte enxaqueca. Olhei para os lados e estava sozinha no quarto. Peguei no telefone e liguei á Rita.
   -Alô. -ouvi do outro lado da linha.
   -Oi, Rita onde é que tu dormiste?
   -Bem, não sei!
   -Como assim não sabes? Dormiste com aquele amigo do Rubén?
   -Bem, acho que sim... Mas foi só dormir, acho...
   -Achas?! Estás doida? Tu só o conheceste ontem!
   -Eu sei, mas eu estava bebada!
   -É melhor voltares, Rita e rápido antes que se apercebam de alguma coisa.
   -Ok, vou já! -e desliguei. Não acredito que ela foi dormir com aquele gajo! Fui tomar o pequeno-almoço sozinha.
   -Bom dia, pessoal! - eles estavam tão murchos-Passa-se alfuma coisa?
   -Foi... -começou o Paulo...
 

AbandonadaWhere stories live. Discover now