-Eu sei, mas não devias ser tão direta com ela.
-O que é que queres que eu diga ela não merece nada. E quem eram as outras duas?
-A Carla e a Francisca.
-Pois, andam ali feitas cadelas atrás daquela indecente.
-Tens razão. Ela só fez isso porque viu o Pedro a abraçar-te e ela gosta dele desde o primeiro momento em que o viu.
-Pois o problema é que eu também sinto isso e não admito que ela sinta ciúmes da minha família nem que se comporte assim comigo.
-Tem calma.
-Porque é que ela foi para o hospital?
-Ela e o Pedro já namoraram e ela usava isso como defesa e para fazer ciúmes a todos
-Vaca.
-Cala-te. Ele não suportou e acabou com ela. Ela foi á cozinha a cortou um dos pulsos.
-Apanhou uma depressão?
-Foi uma coisa do género.-Limpou-me as lágrimas e continuou:
-Vamos falar de coisas alegres: tu gostas...
-Sim.
-OK. Tudo bem, tens bom gosto.
-Obrigada.-Rimo-nos as duas.
-Vamos voltar para lá?
-Vamos.
Caminhamos para lá e quando lá chegamos as gémeas levantaram-se logo:
- Tu és muito direta.
-As vacas não têm sentimentos por isso eu não me importo.
-Vês? Direta.
Deitei um sorriso lateral para eles. O sorriso mais sexy que pude o Pedro estava lá.
-Amanhã começam as aulas outra vez. O terceiro período.-O Pedro avisou-me. Deu os braços ao Pedro e á Rita e chamei os outros para me convidarem a visitar a sala de aula. Subimos as escadas todos abraçados e cruzamonos com a Francisca que levava uns livros na mão. Paramos ela olhou para nós os seis deixou os livros no chão, levou a mão á boca e correu.
-Ângela?! A Leo...
-Não se pode confiar nela. Vai logo fazer queixinhas á chefe.
-Mesmo. Ela e a Carla são umas inocentes a Ângela tratadas como se fossem animais de estimação. Ela é tão má.-o Paulo falou.
-Não podia estar mais de acordo-dissemos todos ao mesmo tempo.
...
-Chegamos. É aqui.
-Uau bem gira-comentei.
-Olha o Carlos, estás melhor?-A Patrícia aproximou-se dum rapaz de moletas e beijou-o.- Esta aqui é a Leonor é nova aqui.
-Olá, Leo.
-Oiii. -Acenei com a mão estericamente com um sorriso de orelha a orelha.
Todos se riram da minha reação menos eu.
-Porque é que se riram?
-Por nada, és engraçada.-Carolina.
-Então não foi por nada?-perguntei.
-Para de fazer isso.
-O quê, Rita? De te fazer rir?-aproximei-me dela e comecei a fazer-lhe cócegas na barriga. Ela deitou-se em cima da mesa de tanto rir. Riu até chorar.
-Maluquinha.
-Ha ha ha
-Ironia no seu melhor, não é Rita?
-Claro. Escolhe o teu lugar.
-Onde é que está a Ângela e as suas amiguinhas?
-Naquelas secretárias ao fundo.
-Então fico aqui-e apontei para a mesa onde estava sentada.-Tem problema?
-Não, não tem problema nenhum- O Pedro falou.
-Estás deste lado?-Perguntei-lhe.
-Estou.-Lancei um olhar desafiante á Rita como quem diz: "Eu sou uma sortuda" e sou mesmo.