Cinco

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-Eu sei, mas não devias ser tão direta com ela.

-O que é que queres que eu diga ela não merece nada. E quem eram as outras duas?

-A Carla e a Francisca.

-Pois, andam ali feitas cadelas atrás daquela indecente.

-Tens razão. Ela só fez isso porque viu o Pedro a abraçar-te e ela gosta dele desde o primeiro momento em que o viu.

-Pois o problema é que eu também sinto isso e não admito que ela sinta ciúmes da minha família nem que se comporte assim comigo.

-Tem calma.

-Porque é que ela foi para o hospital?

-Ela e o Pedro já namoraram e ela usava isso como defesa e para fazer ciúmes a todos

-Vaca.

-Cala-te. Ele não suportou e acabou com ela. Ela foi á cozinha a cortou um dos pulsos.

-Apanhou uma depressão?

-Foi uma coisa do género.-Limpou-me as lágrimas e continuou:

-Vamos falar de coisas alegres: tu gostas...

-Sim.

-OK. Tudo bem, tens bom gosto.

-Obrigada.-Rimo-nos as duas.

-Vamos voltar para lá?

-Vamos.

Caminhamos para lá e quando lá chegamos as gémeas levantaram-se logo:

- Tu és muito direta.

-As vacas não têm sentimentos por isso eu não me importo.

-Vês? Direta.

Deitei um sorriso lateral para eles. O sorriso mais sexy que pude o Pedro estava lá.

-Amanhã começam as aulas outra vez. O terceiro período.-O Pedro avisou-me. Deu os braços ao Pedro e á Rita e chamei os outros para me convidarem a visitar a sala de aula. Subimos as escadas todos abraçados e cruzamonos com a Francisca que levava uns livros na mão. Paramos ela olhou para nós os seis deixou os livros no chão, levou a mão á boca e correu.

-Ângela?! A Leo...

-Não se pode confiar nela. Vai logo fazer queixinhas á chefe.

-Mesmo. Ela e a Carla são umas inocentes a Ângela tratadas como se fossem animais de estimação. Ela é tão má.-o Paulo falou.

-Não podia estar mais de acordo-dissemos todos ao mesmo tempo.

...

-Chegamos. É aqui.

-Uau bem gira-comentei.

-Olha o Carlos, estás melhor?-A Patrícia aproximou-se dum rapaz de moletas e beijou-o.- Esta aqui é a Leonor é nova aqui.

-Olá, Leo.

-Oiii. -Acenei com a mão estericamente com um sorriso de orelha a orelha.

Todos se riram da minha reação menos eu.

-Porque é que se riram?

-Por nada, és engraçada.-Carolina.

-Então não foi por nada?-perguntei.

-Para de fazer isso.

-O quê, Rita? De te fazer rir?-aproximei-me dela e comecei a fazer-lhe cócegas na barriga. Ela deitou-se em cima da mesa de tanto rir. Riu até chorar.

-Maluquinha.

-Ha ha ha

-Ironia no seu melhor, não é Rita?

-Claro. Escolhe o teu lugar.

-Onde é que está a Ângela e as suas amiguinhas?

-Naquelas secretárias ao fundo.

-Então fico aqui-e apontei para a mesa onde estava sentada.-Tem problema?

-Não, não tem problema nenhum- O Pedro falou.

-Estás deste lado?-Perguntei-lhe.

-Estou.-Lancei um olhar desafiante á Rita como quem diz: "Eu sou uma sortuda" e sou mesmo.

AbandonadaWhere stories live. Discover now