Capítulo 5 - BRUNA - DEGUSTAÇÃO

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LIVRO EM DEGUSTAÇÃO, NÃO ESTÁ MAIS COMPLETO AQUI.

Cheguei!

Adoro esse capítulo, o estreitamento da relação deles. Espero que gostem.

Ao final tenho um recado para vocês.

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Desperto lentamente e aperto a mão que descansa entre as minhas, sobre minha barriga. Tento dormir mais um pouco, mas então descubro o que me acordou. Há algo firme encostado à minha bunda. Meus olhos se abrem, vejo apenas a parede à minha frente. Estou deitada de lado, e há um corpo completamente colado ao meu. Pior, há um pau duro cutucando minha bunda. Devagar solto a mão que seguro, me perguntando como isso aconteceu. Ainda mais devagar movo seu braço tirando-o de cima de mim, pois não quero acordá-lo nesta situação. Respiro fundo antes de tentar me mexer quando escuto uma voz baixa e rouca de sono no meu ouvido:

— Bom dia, cunhada.

Me levanto em um pulo e saio da cama. Theo coloca os braços atrás da cabeça e está tranquilo me observando com um sorrisinho de lado. Seu torso descoberto revelando que não usa camisa e desvio os olhos dos gominhos em sua barriga. Olho para seu short e ali está o que me despertou.

— Acordei você? — provoca.

— Você não sabe educar essa coisa! — ralho.

— Pelo contrário, docinho, ele é muito bem treinado. Foi você quem o despertou quando se aninhou ao meu corpo, então nem adianta ficar bravinha desse jeito.

Abro a boca para responder quando vovó bate na porta. Vou em direção a ela, e Theo se levanta também, espreguiçando-se e vindo atrás de mim. Estou com a mão na maçaneta quando percebo sua proximidade e me viro para ele.

— Está maluco? — pergunto sussurrando e ele tem uma expressão confusa. — Theo, sei que está me ajudando, mas por favor não saia deste quarto sem roupa. Não tire a roupa enquanto minha avó estiver aqui, por favor — imploro.

Ele assente e não diz nada, mas sua expressão é séria e acredito que tenha entendido. Abro a porta e ele não vem atrás de mim, como pedi, foi vestir uma camisa.

Enquanto tomamos café da manhã, vejo Theo pelo canto do olho movendo-se de um lado a outro pela sala. Não faço ideia do que está fazendo e quando finalmente vai para a cozinha, encontro uma desculpa qualquer para ir até ele. Me aproximo com um sorriso e pergunto baixinho:

— O que estava fazendo?

Ele tem um sorriso largo, deposita a xícara de café sobre a ilha e me prende em um abraço apertado.

— Bom dia, meu amor! — fala em voz alta e seus lábios quentes tocam os meus por segundos.

Sorrio, me desvencilhando dele e volto à sala de jantar enquanto o observo com um sorrisinho irritante e não consigo prestar atenção no que vovó está dizendo. Só entendo quando ela se levanta, despedindo-se. Theo oferece a ela uma carona, que ela recusa, pois, vai passar o dia com algumas ex-colegas de trabalho que já estão chegando para buscá-la.

Respiro aliviada por ter algumas horas livre dela e da pressão que estou sentindo por estar mentindo para ela. Ela vai ao quarto buscar sua roupa e Theo finalmente se aproxima.

— Parece que a vovó ainda não viu aquela caixa chamativa na sala que contém os restos mortais do seu ódio por um casamento cancelado — comenta tranquilamente, como se não fosse nada demais. — Se eu fosse você me livraria dela antes que a velha a veja.

Engasgo com o café quente, é minha terceira xícara, aliás, e na pressa para me levantar e colocar a xícara na mesa, acabo deixando-a virar sobre mim, sobre a minha barriga. Um gemido me escapa enquanto minha pele queima e tiro a camisa gigante de Theo para ver o estrago. Ele está diante de mim, observando despreocupado o liquido sobre a pele e uso sua camisa para limpá-la o que o faz exibir de novo aquele sorrisinho do qual estou começando a detestar.

— Ah, Bruna, meu Deus! Você é tão inadequada! Não pode ao menos esperar que eu saia? — Vovó ralha irritada surgindo de repente.

Theo é quem engasga agora, segurando o riso, e minha avó passa por nós resmungando do meu péssimo comportamento.

— Eu disse a ela para ter paciência, Constanza, mas sua neta parece possuir... — ele para de falar e me observa. — Muito fogo.

Vovó abre a porta ainda me repreendendo e deixa o apartamento. Imediatamente corro até a sala e a caixa não está mais ali, sobre a mesinha de centro. Onde a deixei quando me mudei para cá com todos os restos daqueles planos de um casamento que seria amanhã.

— De nada, aliás — Theo diz e se afasta, mas seguro sua mão impedindo-o.

— Você tirou a caixa daqui antes que ela visse?

— Achei que pareceria suspeito, uma vez que alguém rasgou quase tudo.

— Não poderia ter começado por essa parte quando falou da caixa?

— Poderia, mas então eu não a veria assim, com uma calcinha minúscula e esse top atrevido. Porra, Bruna! Você é memo gostosa pra caralho! Como meu pau é bem treinado...

Não espero que ele conclua a frase, vou marchando ao meu quarto vestir uma roupa.

DEGUSTAÇÃO - O irmão ERRADOOnde histórias criam vida. Descubra agora