CAPÍTULO TRÊS

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— Não

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Não. Sou contra você ir — Fernanda diz me olhando apavorada.

— Deixa de besteira, o que pode acontecer? — Cruzo minhas pernas, sentada no sofá.

— Ele a pedir em casamento e você doida como é aceitar. — Minha irmã anda de um lado para o outro.

— Fica tranquila, irmã, vai dar tudo certo. — Tento tranquilizá-la.

— Queria muito poder ir com você — mamãe diz com a voz amável. — Mas não posso largar meus afazeres.

— Por favor, irmã, juízo. Não se deixe influenciar por esse homem, nem ao menos o conhece.

Minha irmã às vezes me trata como se eu fosse filha dela.

Fico olhando para minha mala pronta no meio da sala e agradeço por ter comprado um hijab uma vez, é a única peça que tenho da vestimenta arábica.

Levanto do sofá, ando até cada uma delas e dou um beijo no rosto junto com um abraço apertado.

— Me desejem sorte — digo assim que seguro a alça da mala.

— Vou desejar que volte, irmã, não quero perdê-la. — Nanda faz biquinho.

O carro do aplicativo já me aguarda do lado de fora de casa.

Com um último aceno deixo minha casa no Rio de Janeiro.

Estou com medo do desconhecido, mas, ao mesmo tempo, curiosa, sei muito sobre a cultura árabe, mas nada que tenha visto de perto.

Depois de uma semana conversando com o senhor Nain, com a influência dele consegui antecipar meu visto e meu passaporte ficou pronto rapidamente.

Vou sair do Brasil pela primeira vez!

Minha mão está suando e só de pensar na hipótese de ver Fazza Bin Khalifa Ahmad Al-Sabbah na minha frente, sinto todo meu corpo tenso.

Ele vai se encontrar comigo?

Afinal sou apenas uma mulher solteira.

***

Desço no aeroporto de Agu Dhami e sou pega de surpresa pelo calor quase infernal.

Quando embarquei no avião para Agu Dhami vesti meu hijab, chegando ao meu destino de forma apropriada.

Usando calça jeans e tênis branco sinto minhas pernas implorarem por ar fresco.

Passo pelas pessoas, confusa para onde ir, seguindo as placas de indicação até avistar um árabe segurando uma placa com meu nome e vou ao encontro dele.

O homem estava sério até me avistar.

— Olá — sussurro ao me aproximar. — Sou Helena Simões.

— Vamos, senhora, Nain pediu que a levasse até um shopping para comprar vestimentas adequadas depois ficará em um hotel até segunda ordem.

Concordo acreditando que entendi tudo que foi dito já que o homem falou rápido demais no seu idioma nativo.

O SHEIK CONTROLADOR (DEGUSTAÇÃO)Onde histórias criam vida. Descubra agora