Capitulo 23

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Capitulo 23

— Tem certeza que não quer ficar comigo, apenas mais uma noite?

— Não Nathan — sorri para ele da forma mais carinhosa que pude, mesmo querendo passar cada segundo ao lado dele — hoje ultrapassamos o nosso limites — fiz uma pausa absorvendo o que eu havia dito — que eu passei dos meus limites, e ainda tenho que organizar minha cabeça...

— Posso dormir com você? — ele tinha os olhos mais lindos que já vi em toda a minha vida — quer dizer, no seu sofá?

— Pode — sorri para ele, como uma boba.

 Quando desci do carro, Gretha gentilmente me lançou um sorriso e antes de entrar no carro, disse:

— Vou cuidar dele, hoje é dia da toca da loba — ela piscou o olho, e entrou no carro.

— Obrigada Gretha — agradeci, sem saber o que falar sobre o seu comentário. Na verdade, eu não entendi o que ela quis dizer com "hoje é dia da loba", mas depois eu perguntaria a ela.

A sensação de filme de terror aconteceu quando as luzes do corredor começaram a piscar, e a imagem da porta do meu apartamento estava aberta. O pânico se espalhou dentro de mim. Minhas mãos estavam tremendo, e o medo crescendo cada vez mais. Eu não podia entrar, e se o bandido estivesse ainda lá? E se ele ou seja lá o que fosse, me atacasse? Ainda com as mãos tremulas, peguei meu celular na bolsa, e disquei o numero da emergência.

— Nove um um, em que posso ajudar? — a voz masculina e firme pergunta do outro lado da linha.

— Preciso de ajuda — falei um pouco nervosa, e quase não consigo ouvir o som da minha própria voz — invadiram meu apartamento. A porta está aberta, e... e... — gaguejo e percebo que não é só a minha mão que estava tremando... a minha voz também estava — eu sempre me certifico que está tudo fechado antes de sair de casa...

— Senhora, peço que se acalme e se afaste do local até que a viatura chegue. Por favor, não entre em seu apartamento até que os policias façam uma varredura no perímetro. Tudo bem?

— Tudo — minha voz saiu quase sem som. Depois de informar o endereço, em menos de dez minutos os policias chegaram. Droga!

Uma morena de estatura baixa – um metro e sessenta-, curvas bem definidas, apesar do uniforme azul marinho muito masculino. Seu rosto era triangular com traços nada delicados, mas feminino. Seu cabelo preso em um coque bem penteado, era preto e acentuava ainda mais o seu rosto de linhas mais firmes, assim como seus olhos castanhos e boca carnuda bem desenhada. Ela tinha um ar de profissional estampando em seu rosto, calmo e seu parceiro era enorme. Uma montanha de músculos bem definidos. Um homem de dar medo, se olhasse para sua cara de mau, para o seu jeito firme e decidido no jeito de andar. Ele era o que podemos chamar de Hercules do século vinte e um, só que moreno e com uma boca perfeita, e claro que não tão perfeita como a do meu Nathan. Alto, moreno, de cabeça raspada, musculoso... com traços latinos, postura quase militar, e ainda usava um óculos escuro... em plena escuridão da noite! Tem que ser muito confiante e egocêntrico para usar óculos escuros à noite, ou então muito... muito tapado. Gostei dela assim que a vi entrando pelo corredor com seu jeito decidido e uma postura incrível.

— Boa noite — ela disse estendendo a mão para mim — eu sou a policia Isabella Lackin e esse é meu parceiro Henrique Murdook.

— Lizzie Radzimierski — apertei sua mão e em seguida a do cara enorme, que se chamava Murdook.

— Ouve alguma movimentação desde a hora que a senhora chegou ao local? — pergunta ela já se posicionando entrada do apartamento, com cautela.

Envolvida - 1 Livro (Completo).Onde histórias criam vida. Descubra agora