Capitulo 30

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Capitulo 30

TEXTO SEM REVISÃO... ASSIM COMO TODOS OS OUTROS LIVROS. OS TEXTOS MODIFICADOS E REVISADOS, FICAM GUARDADOS PARA UMA FUTURA PUBLICAÇÃO FÍSICA OU E-BOOK.

Eu tinha visto o homem da minha vida, de uma maneira que nunca se passou na minha mente. O rosto, que antes era de puro amor, e puro desejo por mim, agora estava desfigurado pelo ódio e pela insensibilidade. Não era o meu Nathan... era um homem com o olhar frio, completamente implacável... assassino.

Ele estava com a arma apontada para o cara, que ele tinha acabado de matar, com três tiros seguidos. Sua postura, era de alguém que já tinha pratica em fazer tal serviços, me deixando ainda mais perplexa pela naturalidade que ele executava o homem de cabelos pretos, estatura baixa e rechonchudo. Os músculos dele, mesmo por baixo do das camadas do tecido, eram rígidos, e ele tinha os ombros tensos, assim como cada pedaço do seu corpo, mas parecia algo tão simples para ele. Eu não tinha controle sobre o meu pensamento, ou sobre minhas ações quando estava perto dele, mas naquele momento... meu coração partiu. No fundo, eu não queria aceitar o fato dele ser algo que não fosse apenas Nathan, mas desde o inicio, eu sabia que estava me envolvendo com alguém perigoso, as células do meu corpo sentiam o perigo, porém, era ao lado dele que as malditas células do meu corpo queriam estar.

Pois, até minha alma queria ser dele.

Parado - quase em transe -, completamente brutal no seu modo de agir. Sua boca tinha uma linha rígida, demonstrando o quanto ele era destemido, forte e dono de toda ação que acontecia. Quando ele percebeu minha presença, tudo mudou... menos o medo que crescia dentro de mim.

- Liz... - disse ele em choque, se virando para andar até a minha direção, ainda segurando a arma, mas eu recuei. Das sombras, saiu Gretha, com o olhar apreensivo, o que me deixou ainda mais chocada. Eu não conseguia acreditar, mesmo que eu estivesse vendo toda a situação... era demais para mim.

Se aquele era o segredo dele, eu não teria estomago para ficar parada olhando ele tirar vidas, fosse ela a mais insignificante do mundo...

Isso era o que eu pensava.

- Lizzie - o tom de voz de Gretha era baixo, como se eu fosse um animal acuado. Mas, era o que eu era de verdade. Um animal acuado, que tinha acabado de presenciar a morte de um homem - eu preciso que você fique calma, e nos deixe explicar...

- Liz, meu doce - quando ele me chamou de meu doce, nada mudou dentro de mim, mas eu sabia que tinha que fugir dali. Eu não queria fazer parte de uma coisa como aquela - não...

- E-e-u - gaguejei - eu não consigo Nathan - senti a lagrimas quentes, descem pelo meu rosto - isso é demais... - me virei para ir embora, mas em menos de meio segundo, ele estava do meu lado segurando meu braço... um toque tão conhecido, e tão bem recebido, entretanto, eu não ia ficar ali, naquela sala com dois assassinos e um cara morto.

- Não fuga - a voz dele era doce... tão doce, que se contradizia com o rosto impetuoso do homem que havia matado um cara a sangue frio - eu posso explicar tudo... - já era tarde para explicações, eu não queria ter explicações, fosse ela a mínima aceitável. Me livrando do seu toque, incapaz de fazer outra coisa, a não ser correr...

Correr para bem longe daquilo... de tudo.

Tudo que eu consegui ouvir, antes de correr pelo corredor e descer as escadas da Heated Fox, foi "deixe ela ir...".

E assim ele fez.

Cada passo que eu dava, quando corria, eu sentia o efeito de correr de salto. Todos os músculos rígidos e doloridos, e a sensação de que os seus tendões estavam se rasgando. Era insuportável a dor de correr de saltos. Normalmente, eu gostava da cidade de New York, mas naquela noite, eu teria uma surpresa. Algo que mudaria o meu modo de pensar ou sentir as coisas, ou até mesmo de amar. A noite parecia que tinha esfriado mais, deixando o clima abafado, dificultando ainda mais a respiração, e quase todas as pessoas estavam indiferentes, no seu mundo de faz de contas, enquanto eu, eu sofria por ter visto o homem que eu amava, daquela forma tão bruta e carregada de ódio. Eu me sentia tão perdida, que não sabia para onde estava indo, ou para que lado ficava minha casa. O celular havia descarregado, e eu me vi em um beco escuro, ouvido apenas o gotejar da água em algum canto e o cheio do musgo que vinha dos esgotos. Uma mulher, de salto, vestido curto em beco escuro? Isso não podia terminar bem, não quando se tem a sensação de que alguém esta seguido a sua sombra... se eu soubesse que essa sensação, era pior do que ver Nathan apontado, e disparando uma arma para cabeça de um homem, eu teria ficado no meu canto...

Envolvida - 1 Livro (Completo).Onde histórias criam vida. Descubra agora