CAPÍTULO 1

4.1K 299 33
                                    

SARAH

Paro.... fico estática diante da porta do apartamento onde eu trabalho há  um ano. Desde que vim trabalhar aqui sempre respiro com calma antes de levar a mão até a minha bolsa e pegar o pequeno chaveiro com as iniciais da agência privada de trabalho que me contratou só por causa do meu diploma simplório de pedagogia. Respirar fundo e ficar parada por um tempo diante do enorme  apartamento me trás algum tipo de força para começar o meu trabalho com o pé direito. Por isso, sem ter mais o que esperar giro a chave na fechadura da porta três vezes e vejo a mesma se abrir sem fazer um ruído que seja. Dou os primeiros passos para dentro e noto que tudo está  arrumado como eu deixei da outra vez que estive aqui. Se tem algum tipo de conforto em ser faxineira de um homem ao qual eu nunca coloquei os meus olhos pessoalmente com certeza é o fato de que ele nunca faz muita bagunça para eu arrumar. Assim, por mais que eu limpe ou tente limpar tudo direitinho para que eu não seja demitida do meu emprego nunca tenho que me esforçar para deixar as coisas organizadas e limpa. Fecho a porta trancando a mesma logo em seguida e ando até o quartinho onde fica os produtos de limpeza e o meu uniforme. Como ele não está trancando não tenho dificuldades em trocar a minha roupa e começar o meu serviço. Vou para cozinha lavar os pratos mais desisto dessa ideia ao ver que não tem nada além de um prato, uma colher, e um copo sujo em cima da pia. O motivo da pouca lousa suja é a Tupperware com o macarrão de molho branco que eu deixei no congelador da última vez que estive aqui. Não acredito que o Sr. Caccine tenha comido isso. Não, quando tem dias que eu cozinhei essa refeição. Dou a volta e caminho até a suíte. Decidir por lavar esses pratos quando eu for fazer um novo jantar para o meu chefe.

Nunca vi o Sr. Caccine de perto. Já o vi em rede nacional,  e em todos os outros meios de comunicação existentes, mais nunca pessoalmente. Quando fui contratada pela agência de empregos o gerente explicou que era para mim evitar o máximo de contato com o meu empregador. além dessa ser uma das regras da própria agência, e que todas as outras faxineiras devem seguir. Como não posso perder esse emprego faço o máximo que posso para não encontrar com o  grande governador. Claro que o destino ou o próprio Caccine dar o seu empurãozinho para  os nossos horários não se coincidirem. pois, quando eu chego ou deixo o apartamento do meu chefe, não o vejo. Assim, que adentro o quarto principal Sinto o cheiro amadeirado de perfume masculino dentro da suíte.  sorrio por sentir um cheiro agradável logo pela manhã. Tiro os lençóis velho de cima da cama e troco por outros mais novos e cheirosos. Como sou eu quem fica responsável pelas compras da casa escolho sempre um amaciante que seja ao meu gosto para lavar as roupas e as colchas de cama. Em alguns momentos fico melancólica por não está trabalhando na área em que sou graduada. Porém, fico agradecida por ter um emprego quem me garante uma boa remuneração. E que garante os meus direitos trabalhistas. Por isso, interrompo os meus pensamentos auto piedosos e agilizo o meu serviço. Quero terminar logo de arrumar aqui.

                                         (....)

Na sala começo a tirar o pó dos móveis. Como não há tanta poeira para limpar é quase entediante, ter que procurar por um resquício de terra imaginária. O  imenso painel que abriga a televisão que mais parece uma tela de cinema não exibe nada além de luxo. O que me faz olhar em volta e ainda sentir que aqui deveria ter alguns quadros espalhados por todos os lugares. Pelo menos, na sala de estar. Isso traria um pouco de aconchego e quentura familiar a esse enorma apartamento tão caro mas sem vida. O tempo vai passando e quando eu menos espero tudo ao meu redor está brilhando e cheirando a limpeza. Sigo de volta para cozinha e decido cozinhar algo que seja simples mais agradável ao paladar. Escolho cozinhar  strogonoff ao molho madeira com arroz branco. Fico na dúvida se refogar o alho para por dentro do arroz é uma boa ideia agora. Penso e decido não refogar pois com certeza o molho da carne vai realçar o sabor do arroz na hora em que o governador for comer. Como sei que não devo preparar nada para acompanhar o jantar espero a comida ficar pronta para eu ir embora. Voltar para minha casa depois de um dia fora dela é com certeza algo que eu desejo. Nada é tão bom quanto a companhia agradável do meus pais e a minha doce e confortável cama. Isso é tudo o que eu quero desfrutar quando saio daqui. Desligo o fogão quando a comida fica pronta ajeito tudo no seu devido lugar. Depois volto para o meu quarto da limpeza e troco de roupa para sair. Fecho tudo saio do condomínio comprimentando algumas pessoas que eu sei que trabalham de faxineira como eu. Não me dou ao trabalho de ser educada com os seguranças nem o porteiro do prédio pois eles não respondem a ninguém que não more aqui.

[O GOVERNADOR E UM ELO ENTRE NÓS] Degustação Disponível Completo na Dreame Onde histórias criam vida. Descubra agora