Tommy: Eu preciso, eu preciso (desesperado).
Andy: Acho que não. Os meninos grandes conseguem segurar o xixi. Você não é um? (com um sorriso debochado).
Tommy: Eu sou (choramingando). Por favor, Andy. Me deixa ir.
Andy: Hum. Vamos ver. Eu vou pensar em um número de 1 a 50. Se você adivinhar, eu deixo você ir (rindo muito).
Tommy: Andy... Eu aceito.
Tommy: É o 45?
Andy: Huuum. Eu acho que não. Você não é um pequeno gênio? Como não adivinhou? Se bem que eu nem lembro qual era (dando uma gargalhada).
Tommy: Ahhhhhhh (chorando muito).
Andy: Perfeito. Você está livre, bebezinho. Espero que consiga chegar a tempo. Acho que alguém vai precisar de fraldas. Percebeu quem é que manda aqui? (deixando o menino ir embora).
Tommy: (não responde e corre em direção ao banheiro).
Tommy: Estou quase. Ah, não. Tá doendo muito a minha bexiga. Ahhhhhh ("desabando" em choro e percebendo a poça de xixi embaixo dos pés).
Andy: Olha, ele estava apertado mesmo. Por que vocês não me avisaram? Assim, eu me sinto mal (com muita ironia e observando de longe os esforços do menino).
Tommy: (chorando muito alto).
Susi: O que está acontecendo aqui? Eu saio por uns minutos para preparar as coisas da aula e cuidar do Thomas. E, isso aqui vira uma guerra.
Susi: Tommy? O que aconteceu, pequeno?
Tommy: Tia Susi, eu não consegui segurar (chorando muito).
Susi: Owwwn, pequenino. Essas coisas acontecem. Não fica tristinho, tá. Na próxima vez, você vai ir certinho e tudo vai ficar bem (dando um abraço carinhoso).
Andy: Patético (falando baixinho). Eu falei para ele ir ao banheiro, mas ele quis ficar brincando. Disse que conseguia segurar. Acho que esse menino ainda não sabe usar o banheiro direito.
Susi: Foi isso mesmo que aconteceu, pequeno?
Tommy: É... (pensando um pouco). Foi. Desculpa, Tia Susi (carinha triste).
Susi: Eu sei que as brincadeiras são divertidas. Mas, elas podem continuar depois. Sempre que precisar pode ir ao banheiro. Se quiser ajuda é só me pedir.
Tommy: Uhum.
Susi: Andy, eu gostaria que você ajudasse o Tommy com essas coisas. Incentiva ele ir ao banheiro, sempre que ele precisar.
Andy: Sim, Tia Susi (fazendo a carinha mais angelical possível).
Thomas: O que aconteceu? Ohhhh, Tommy. Você não conseguiu chegar ao banheiro?
Tommy: Foi (começando a chorar).
Susi: Calma, pequeno. Vamos lá (leva o menino para se trocar e colocar roupas limpas).
Thomas: Por que você fez isso, Andy?
Andy: Hum. O quê? Acha que tenho poderes psíquicos e fiz ele se molhar? Não tenho culpa se o pequeno gênio ainda não aprendeu o treinamento de banheiro.
Thomas: Você fez isso com o Thomas (lembrando e ficando triste).
Andy: Você lembra? Eu achei que tinha virado um bebezinho completo (um pouco confuso).
Thomas: Eu posso usar coisas de bebezinho, mas não sou bobinho (mostrando a língua).
Andy: Eu reparei (com um sorriso).
Thomas: Doeu muito. Você não imagina como eu fiquei triste. Eu só queria ser seu amigo. Eu amava Toy Story e fiquei feliz de ter um amiguinho chamado Andy.
Thomas: Ai, eu fazia a brincadeira do "Andy está vindo". Eu não sabia que você ia ficar bravo (começando a chorar).
Andy: Viu, você estava errado. Eu odiava isso e por causa disso que joguei a garrafa de água na sua calça. Também fui eu que colei os chicletes na sua cadeira.
Andy: Você também ficava me chamando de neném e perguntando dos meus brinquedos. Eu não esqueci.
Thomas: A verdade é que pelo menos uma vez na minha vidinha, eu queria deixar de ser o bebezinho da turma.
Thomas: Acha que é fácil ser o garotinho de fraldas ou o que molha as roupas na escola?
Andy: Eu não uso fraldas desde os dois anos e nem lembro mais quando foi o último acidente que tive (pensando no dia em que se perdeu).
Thomas: Quando tudo aconteceu, eu estava ficando cada vez mais sequinho. Eu parei de usar fraldas com nove anos. Sempre que descobriam nas outras escolas, eu ouvia várias piadinhas. Ai, eu tive uns cinco acidentes aos dez. Com onze, eu só tive dois de noite e nenhum de dia.
Thomas: Esse ano, eu não tinha tido nenhum até aquele dia. Estava colecionando sóis na planilha do treinamento de banheiro. Papai estava muito feliz e orgulhoso de mim.
Andy: Ele nunca se perguntou o porquê do filho dele usar fraldas até nove anos?
Thomas: Siiiim. Eu fui várias vezes no hospital, mas eles diziam que era emocional. Saudade da mamãe (escorrendo uma lágrima). Não tinha uma causa física. A minha "torneirinha" funcionava certinho.
Andy: Ah, não. Torneirinha? (tendo um ataque de risos).
Thomas: Para (fazendo bico).
Andy: Tá (segurando o riso). Eu queria, eu queria... Quero te pedir desculpas, eu não sabia que tinha passado por essas coisas.
Andy: Eu sinto muito, Thomas (bem triste e começando a chorar). Eu nunca imaginei que ia te fazer tanto mal.
Andy: Eu não queria machucar ninguém. Não sou um menino mau. É que eu gosto de travessuras e me defendo também. Eu queria muito ter um pai igual o seu. O meu nem quis saber de mim. Ele abandonou a minha mãe quando eu tava na barriga dela e nunca mais apareceu.
Andy: Todos os anos, eu esperava que ele aparecesse no meu aniversário e me desse um abraço carinhoso. Nem precisava trazer presente (chorando muito).
Thomas: Andy, eu sinto muito. Eu queria achar um jeitinho de te deixar feliz de novo.
Andy: Você nunca quis se vingar de mim? Por minha causa você regrediu assim (se sentindo muito culpado).
Thomas: Nunquinha! Você é meu amigo. Mesmo quando a gente nem conversava muito. Talvez é o meu destino ser meio bebezinho. Eu gosto da minha chupeta, da minha mamadeira, das roupas de desenhos e dos brinquedos. Tudo me deixa muito feliz (um pouquinho envergonhado).
Thomas: Você devia provar, Andy.
Andy: Chupeta, mamadeira e roupas de desenho? Ah, eu não sei (indeciso).
Thomas: Tudo bem. Espera um pouquinho (vai aonde está a mochila e tira um pacote e entrega ao Andy).
Andy: Hum. Uma chupeta vermelha? (surpreso).
Thomas: Para você (com um doce sorriso).
Os dois se abraçam e se tornam amigos. Enquanto isso a Susi retorna e com uma expressão severa no rosto.
Susi: Acabou, Andy (furiosa). O Tommy me contou tudo. A partir de agora, você será igual os outros alunos da creche, será tratado como um e vai ter que obedecer todas as regras.
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Um novo mundo para Andy
FantasíaAndy tem 12 anos e está ansioso para finalmente ser grande e aproveitar o maravilhoso mundo da independência. Será que ele está preparado para crescer?