CAPÍTULO 18

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A temperatura caiu ainda mais intensamente sobre Seul ao anoitecer, mas para Jaehyun o frio e o escuro não fizeram diferença alguma, ele já estava preso ao lado mais sombrio e gélido de sua alma, onde vida alguma poderia existir. Sozinho sem Taehyung e Jungkook, seus filhos, pois é assim que o Velhinho vê Tae, um filho tão digno de amor quanto sua Janelinha.

Naquela casa pequena e velha, que de repente se tornou gigante e vazia com a ausência de seu menino, sentia que seria tragado pela tristeza e angústia que o rondava.

Hoseok, sentado no sofá havia adormecido sem perceber, estava exausto da viagem, mas mesmo assim se ofereceu a fazer companhia a Jaehyun enquanto Jimin e Yoongi tentavam fazer algo por Jungkook na delegacia.

A advogada, acabou sendo sincera com eles, não nutria boas esperanças

diante daquela circunstância onde apenas as palavras deles eram a única coisa que refutam o suposto fato de que Jungkook tinha relação com as drogas em sua casa. Mas prometeu fazer o possível pelo seu cliente.

Jimin não conseguiu falar com Jungkook, mas o Jeon, pediu através da advogada, para que Jimin não desistisse dele, que acreditasse nele.

Jimin foi direto para a casa dos Jeons ao retornar da delegacia para fazer companhia ao Velhinho. Jantaram juntos e em seguida o casal foi embora.

ㅡ Eu vou indo me deitar. ㅡ anunciou Jaehyun. ㅡ Você pode ficar a vontade Jimin.

ㅡ Não fique triste senhor Jeon, vai ficar tudo bem... Jungkook é inocente e se for preciso eu vou ao inferno para provar isso, eu prometo.

ㅡ Você é a melhor pessoa que Jungkook poderia merecer.

ㅡ Eu amo o seu filho senhor Jeon.

ㅡ Ele também te ama, pode ter certeza... e se meu filho te ama, eu também.

Eles trocaram olhares, Jimin sentiu seu rosto esquentar, os olhos se encheram de lágrimas e ele sorriu verdadeiramente.

ㅡ Obrigado.

ㅡ Eu já vou indo. ㅡ Velhinho disse.

Jimin tomou liberdade para tomar um rápido banho em seguida, foi ao quarto de Jungkook, tomou algumas roupas emprestadas e se deitou na cama.

Sob os cobertores, checou as horas no celular, quase nove e meia da noite, inspirou e expirou, sentiu o perfume do Jeon e seu coração doeu. Sem conseguir impedir o choro, se encolheu abraçando os cobertores, pensou se Jungkook já havia jantado, se teria uma cama confortável para dormir ou se estava quentinho.

Se perguntou por que ele estava passando por isso? Ele é tão bom, não merecia de modo algum tal sofrimento, tal humilhação e injustiça.

Quem faria aqui com ele?

Quem iria querer o fazer tão mal?

E Jimin enfim percebeu, parecia tão óbvio, mas as emoções e estresse das últimas horas o impediram de ver que Haejin, seu primo, era esse alguém. Só poderia ser ele.

Jimin saltou da cama imediatamente, correu até a sala, pegou as chaves de seu carro e

após dizer a Velhinho que estava indo dar uma volta, acelerou seu carro até a casa de seu primo em uma área nobre de Seul.

ㅡ Boa noite. ㅡ uma mulher de meia-idade atendeu a porta minutos depois de praticamente esmurrar a campainha várias vezes.

ㅡ Haejin está?

ㅡ Sim... quem é o senhor?

Jimin não respondeu, apenas invadiu a casa furioso sendo seguido pela mulher que protestava.

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