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Dylan

Uma semana depois

— Sua peste! - a mulher caminhou rapidamente em direção ao corredor que leva até minha sala e agarrou no braço da menina. — Eu já falei pra você não subir, não falei?

— Diculpa mamãe...- sussurrou com lágrimas nos olhos.

— Quando chegarmos em casa nós duas vamos ter uma conversa bem séria, tá ouvindo? - a mesma assentiu. — Perdão senhor, Dylan. Ela não deveria estar aqui e eu avisei que não era pra ela subir.

— Ela não me atrapalhou em nada, pelo contrário. - explico.

— Isso não irá se repetir, senhor. Mil perdões. - sorriu pra mim pra logo em seguida encarar a filha, enquanto aperta ainda mais o braço da morena. — E quanto a você, vamos descer agora! A partir de hoje você fica em casa!

— Não, mamãe...pu favô, não. - choramingou com certo desespero.

— Fala direito, idiota!

As palavras dela estão doendo em mim, imagina em sua filha? Como ela consegue falar assim com a própria filha? Pelo que eu fiquei sabendo, não é de hoje que ela trata a menina desse jeito.

— Solta ela! - falo alto antes que as duas entrassem no elevador.

Sua mãe parou de imediato e olhou confusa pra trás. Me aproximei das duas e retirei sua mão de sua filha, ela apertava tão forte que marcou o braço da menina.

— O que aconteceu? - Lizzie sai do elevador ao lado com uma expressão assustada. A menina de imediato foi de encontro com a lizzie e a abraçou, soluçando. — Calma meu amor, já passou. - beijou sua cabeça.

— Senhor, eu...

— Não quero ouvir! A partir de hoje eu não quero mais ouvir você insultar a sua filha dentro dessa empresa! - falo rude e ela assente. — Que tipo de mãe é você que só sabe falar palavras duras a sua filha?

— Ela não é quem você pensa, essa menina se faz de boa moça para as pessoas sentirem dó dela. - a fala da sua mãe me deixou com nojo.

— Isso é uma opinião exclusivamente sua, ela nunca atrapalhou em nada aqui dentro.

— Me desculpa. - sua mãe abaixa a cabeça e eu suspiro. — Só não queria que ela incomodasse ninguém. Já estou fazendo muito em trazê-la pra cá, ela perambulando por aí só iria me trazer mais problemas e a última coisa que eu preciso agora é perder o emprego. Estamos passando por um momento de aperto.

— E por que trás ela, exatamente? - cruzo os braços sobre meu peito.

— Pra tentar uma vaga de emprego, sempre falam pra trazê-la mas ninguém atende quando eu a trago.

Emprego? Era pra essa menina estar estudando, fazendo alguma faculdade e não trabalhando.

— Não acha que ela deveria estar numa escola? Ou em alguma faculdade, sei lá.

— Não estamos em condições, senhor...

— Não seja por isso. A partir de hoje ela vai ser a secretária da minha secretária. - sua mãe me olha espantada, olho de relance para a menina e vejo que ela me olhava com os olhinhos curiosos.

— Faria mesmo isso por mim? - pergunta fofa, sorrio e assinto olhando para ela. — Obrigada. - me abraçou um pouco apertado mas logo se afastou me olhando com os olhos arregalados. — Desculpa.

— Tudo bem. - sorrio. — Você pode começar a partir de hoje, aproveita que já está aqui. - ela balançou a cabeça animadamente. - Lizzie, ensine a ela como funciona e você pode voltar ao seu trabalho. - falo com sua mãe.

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