Houston, Texas
Kara Danvers é uma psiquiatra especialista em transtornos de personalidade. Em seu novo caso, ela foi designada para analisar a famosa serial killer Lena Luthor, mais conhecida como "Ceifadora". Estudando o comportamento da Luthor e c...
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Kara Danvers
O banho quente foi incrível, a massagem ainda mais. Lena foi um doce, estava aumentando esse seu lado gradativamente, era notável. Nunca achei que ela pudesse agir assim, uma pessoa que era descrita por todos que a conheciam como sombria, maldosa e estranha, mas que agora me tratava com tanto carinho nos olhos que nem parecia se encaixar nos padrões de psicopatia. Mas ainda era perceptível a mudança de seu tom de voz ou até mesmo o escurecer de ser olhos quando ela desviava sua atenção para outra coisa que não fosse eu.
Lena estava obcecada – não apaixonada – por mim.
Isso era perigoso, eu sabia que seria no mesmo instante em que me aproximei. Mesmo assim, tendo consciência de que não deveria, eu gostava da sensação de ter alguém me querendo tanto que poderia matar qualquer um por mim. Essa sensação nova de perigo me excitava e me fazia sentir viva.
Estávamos na sala, diminuímos as luzes e acendemos a lareira para começar a queimar as roupas de William enquanto tomávamos duas taças de vinho. Vestíamos roupões pois havíamos acabado de sair da hidromassagem e eu estava sentada entre as pernas da morena, com a cabeça sobre seus seios. Eu diria que era uma bela cena romântica, com exceção da queima das provas de um crime.
- Sabe... Eu posso te confessar uma coisa? - disse quebrando o silêncio.
- O que quiser. - beijou minha cabeça.
Ergui meu corpo para me sentar e girei para ficar de frente para ela, depois coloquei a taça de vinho sobre a mesa de centro e olhei atentamente para aqueles olhos verdes brilhantes que tinham as chamas da lareira os deixando ainda mais bonitos ao refletirem neles.
- Eu nunca me senti tão importante para alguém dessa forma. Você me trata como se eu fosse uma pedra preciosa.
- Você é preciosa. - acariciou meu rosto.
Soltei um suspiro contido.
- Você me faz sentir como se tivesse me reconectado com uma parte minha que estava perdida. E eu te amo por isso. - falei de uma vez.
O rosto dela pareceu congelar e eu achei que teria falado alguma bobagem, mas então ela me puxou para um beijo onde eu pude sentir as estrelas ao nosso redor.
- Eu te amo, Kara. - falou após nos separarmos. - Eu te amo mais do que qualquer coisa nesse mundo. - havia tanta sinceridade ali.
Aquela foi a noite mais tranquila que já passei dentro daquela casa. Se antes eu desejava queimar aquele lugar, agora eu queria transformá-lo em meu paraíso pessoal. Não se tratava do lugar e sim de mim.
Acordei no meio da noite para beber um pouco de água e deixei Lena dormindo no quarto. Depois de me hidratar, olhei para a porta que levava ao porão. Mais cedo eu tive receio, mas agora estava cheia de coragem e desejava dizer algumas coisas ao William antes que ele estivesse surrado demais para entender qualquer coisa.
