Capítulo 12

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*Alerta de grande quantidade de sangue e assassinato no capitulo!*

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Kara Danvers

Lena me deixou exausta com toda a sua selvageria. Foi o melhor sexo que tivemos e eu só queria poder recuperar as minhas energias com uma boa noite de sono. 

Porém fui acordada por alguma coisa gelada tocando o meu pescoço no meio da madrugada. Ainda com os olhos fechados, esfreguei o rosto e me espreguicei. Quando abri os olhos, vi a sombra da morena sentada na cama ao meu lado, parecia que ela estava colocando alguma coisa contra a minha pele.

- O que está fazendo? - perguntei confusa, ainda um pouco grogue de sono.

Ela levou sua mão até o abajur e o acendeu, fazendo com o que eu visse que a coisa gelada em meu pescoço... a lâmina de uma faca. Arregalei meus olhos e segurei o ar, empurrando minha cabeça contra o travesseiro como se eu pudesse afundar na cama.

- Por que essa faca estava debaixo do colchão? - questionou com uma voz baixa e séria.

Medo... A sensação de se estar sozinha e perdida correndo grande perigo veio ao meu encontro, meu sangue gelou, meus olhos se inquietaram. 

O medo me atingiu em cheio.

- Kara, meu amor... - sentou-se mais perto e levantou o meu queixo usando a ponta do objeto cortante. - Você não confia em mim?

- Confio... - consegui dizer, mesmo com minha voz trêmula.

- Quero a verdade! - gritou. - Eu quero a verdade. - repetiu em um tom mais baixo. - Seu irmão me contou sobre como você gosta de mentir. Não é inteligente brincar comigo, Kara.

- Eu não... - minha respiração estava desregulada, quase ofegante. - Ok. Eu te amo, mas não confio em você.. - fechei meus olhos rapidamente temendo a reação dela às minhas palavras.

Lenas ficou quieta por um tempo, o que me deixou ainda mais aflita. 

No que ele estava pensando? O que passava por sua cabeça?

Alguns segundos depois, ela afastou a faca de mim e me puxou pelo braço, me fazendo sentar na cama. Depois colocou a faca na minha mão, tirando um canivete de seu bolso e colocou-o contra o meu pescoço.

- O que... O que você... - arregalei os olhos.

- Defenda-se. - disse. - Se acha que eu cortaria seu pescoço aqui e agora, use essa faca pra se defender e corte o meu primeiro.

Desviei o olhar para a faca em minha mão, mas não consegui erguê-la.

- Não foi para isso que a escondeu? - questionou ironicamente. - Você acha que eu machucaria você, certo? Então pretende me machucar antes. Faça isso.

Quando eu continuei quieta, a morena agarrou meu pulso e me fez colocar a faca contra seu pescoço. Olhei diretamente para seus olhos e não consegui me mexer mais. Minha mão suava contra o cabo da faca e eu senti minha garganta ficar mais seca. Respirei fundo e finalmente coloquei a cabeça para funcionar.

- Confio em você. - falei com muita firmeza. - Você disse que nunca me machucaria, eu acredito. - abaixei minha mão e coloquei a faca ao lado sobre a cama.

Mantive a expressão firme e não parei de encara-la. Poucos minutos depois, Lena fechou seu canivete e o guardou no bolso de seu moletom.

- A regra primordial de uma relação é bem simples: confie em sua parceira para que ela confie em você.

- Tudo bem. - concordei, acenando minimamente com a cabeça.

- Pode voltar a dormir. Vou beber um pouco de água para esfriar minha cabeça. - levantou e começou a caminhar em direção à porta.

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