Capítulo 13

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*Aviso de referencia de outra série no capitulo*

Obs: Sei q não é um gatilho em ngm, mas estou colocando o aviso assim mesmo. Da última vez que coloquei uma referencia sobre um personagem poucas pessoas pegaram, confesso q me senti a própria intelectual, então dessa vez quero testar vocês, pensem um pouco e quem acertar pode me cobrar um pequeno spoiler do final da fanfic (no privado logicamente, não vamos atrapalhar quem quer mistério até o final). 

Vamos galera, mulheres!

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Lena Luthor

Depois de fazer a minha parte fui direto para a casa de Kara. A encontrei sentada no sofá com as luzes diminuídas e a lareira acessa, usava um roupão e estava com os cabelos ainda úmidos. Olhava diretamente para a chama da lareira quase sem piscar. Eu sabia que o assassinato tinha a afetado negativamente. Kara não deveria ter feito aquilo, ela não tinha jeito para a coisa, tanto por agir com impulsividade quanto pelo seu emocional frágil.

- Como se sente? - perguntei me aproximando.

- Não sei. - respondeu sem me encarar.

Agachei para ficar mais perto dela, apoiando minha mão em um de seus joelhos.

- Leva um tempo até isso se normalizar. A primeira vez é sempre confusa e uma guerra de valores e pensamentos dentro de sua cabeça.

- Não sou você. - disse rapidamente, ainda imóvel e incapaz de me encarar. - Não sou igual você.

Não gostei de ouvir aquilo, mas deixei meus incômodos de lado. Ela estava abalada e eu tinha que relevar isso, mesmo não conseguindo entender cem por cento do porquê de ela estar tão mal com a morte de uma pessoa que ela sequer gostava. 

Ok, ela matou uma pessoa, mas ela queria matar.

Ninguém pega uma pedra e bate na cabeça de outra pessoa repetidas vezes sem ter a intenção de matá-la.

- Você sabia o que ia acontecer quando decidiu machuca-la. Foi seu propósito.

- Não sabia que ia ser tão complicado viver com isso depois.

- Tem razão, não somos iguais. Eu penso bem antes de fazer alguma coisa, você só foi lá e fez sem nem se importar em ser pega. - não contive meu tom rude. - Foi irresponsável.

- Cala a boca. - sua voz saiu embargada.

- Irresponsável e cruel. Não deixou nem a garota saber por que estava morrendo.

- Cala boca. - seus olhos marejaram.

- Você deveria...

- Cala a boca! Cala a desgraça dessa boca! - berrou, finalmente olhando para mim. - Você se acha a maioral, não é? Que direito você tem de julgar quem é boa ou não? O que te faz diferente de todos que você já matou? Você também é uma criminosa e aumenta ainda mais os seus pecados quando tortura alguém.

- Kara...

- Eu ainda não acabei! - esquivou-se na minha direção. - Se você realmente pensasse direito nem sequer se meteria com essas coisas. Não mataria ninguém se tivesse uma cabeça que funcionasse. Ser boa em assassinatos não te faz menos louca do que você é. Agora para de falar o quão ruim eu sou nisso, não preciso ser avisada disso.

Fiquei quieta e levantei. Olhei para a loira, agora sentada corretamente no sofá, buscando um meio de retrucar o que ela disse.

- Eu sei que tenho problemas, Kara. Mas você é bem pior que eu.

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