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Aline Narrando:

Domingão passou daquele jeito, chato. Hoje tinham vários eventos, mas eu tava super cansada, meus pés doendo e amanhã começa tudo de novo, então vou evitar o estresse.

As meninas saíram mas eu fiquei quietinha em casa, aproveitar pra dar uma geral, arrumei meu guarda roupa, coloquei algumas coisas pra doar.
Fiz um bolo de cenoura e enchi de chocolate, amooo.
Peguei maior pedaço, um copo de coca e fui assistir filmes.

O dia passou dessa forma, mas não podia negar que as coisas que o maldito falou ficaram na minha cabeça. O bagulho pra confundir é esse tal do homem. Tava tranquila, certinha do meu trampo, da minha vida e agora ele aparece assim, falando que deixou a mulher por mim. Me senti mal a beça por atrapalhar a vida dos dois, mas o maior culpado de tudo é ele, eu nem sabia da existência dele.

Patrícia Narrando:

Vivi um relacionamento de muitos anos com o Henrique, sempre fui apaixonada por ele. Quando se envolvemos ele já estava nessa vida, mas ainda era um pé rapado, ninguém nunca deu moral, só eu. Eu via nele o que ninguém mais viu. Sempre gostei de homem sério, homem com postura, que não fica em meio de rua dando moral pra mulher. Ele sempre foi na dele, rede social pouco movimentada, não era de postar foto.

Achava super curioso esse jeito dele, começamos ficar e eu sabia que dali eu sairia apaixonada, não tinha como.
Henrique era quem eu julgava o amor da minha vida. Sempre fez de tudo por mim, eu também sempre fortaleci ele. Vi Henrique subindo cada degrau, já passamos muito perrengue juntos até ele conseguir ser forte, ser reconhecido. Hoje ele é forte, muita mulher rende, é de confiança na visão do chefe. Não fui de ficar ostentando, não aproveitei do dinheiro dele, isso nunca foi minha intenção, eu só queria ter meu lar em paz, bem cuidado, ao lado do homem que eu amo. Vivemos tantas coisas boas aqui, ele sempre reconheceu minhas qualidades. Eu sempre fiz questão de cuidar bem de nós.

A mãe dele me ama como se fosse filha dela, e eu tenho maior carinho por ela. Nos dávamos super bem, sempre estávamos juntas, tomando uma breja, comendo um tira gosto e quando Henrique chegava em casa, éramos felizes, já viramos noites, bebendo e rindo, eu, ele, a mãe dele. Mas também já passamos muitos perrengues. Já viramos noites chorando, orando e pedindo a Deus pra trazer ele pra casa, pra que ele chegasse primeiro que qualquer notícia ruim.

Acho que isso não foi suficiente, talvez eu teria que ter feito mais. Mas foi melhor não ter feito, eu quero dar o melhor de mim, mas não pros outros e sim pra mim. Quero me reconectar comigo, me conhecer melhor, ser uma pessoa melhor, evoluir, não por ninguém, mas porque eu mereço.

Entendo que ele não tenha que viver comigo a base de gratidão. Mas do lado de cá, nunca, nunca houve dúvida, eu sempre tive certeza que era ele quem eu queria todos os dias. Como não posso amar sozinha, vou me amar sozinha, e desfrutar de tudo que eu tinha pra dar a ele.

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Oi Babes, mini capítulo, jajá posto mais.

Conheci o amor ❤Onde histórias criam vida. Descubra agora