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Sabadinho que fala né? Hahahaha, hoje é qualquer coisinha mais pra frente.
Eu e Thaís vamos curti na gaiola.
Não vou mentir não, to ansiosa demais.
Fui no salão, fiz meu muco, sobrancelha, unhas pé e mão.
Já estava escurinho, então fui me aprontar.

Marília: Essa gaiola vai dar gaiola em – Minha vó chegou com o rosto na porta do meu quarto.
Aline: Que susto vó, tá querendo me matar ? - Coloquei a mão não peito e Rimos.
Marília: Tá devendo?
Aline: Essa roupa tá boa ? – Dei uma voltinha.
Marília: Ah, melhor ir de calcinha e sutiã, vai mostrar menos - Balançou a cabeça negativamente.
Aline: Bozó - Virei os olhos.
Marília: Vou tá no meu quarto, quando sair passa lá – Assenti.

Terminei de me arrumar, eu estava com uma saia jeans toda destroyer, um top preto com alcinha e um tênis florido flatform, coloquei dinheiro, celular, documento e chaves numa bolsinha preta, tirei as bagunças da minha cama e coloquei na escrivaninha, amanhã nos olha isso.

Chegamos no baile, eu tava com o coração até acelerado, parecia adolescente no primeiro baile rssss'
Fomos entrando no meio daquela muvulca, literalmente, tava lotadão.

Tava tocando
Senta na pica, vai fazendo teste, se for promovida Tu vai pra suruba... É hoje que tu vai ver que meu pau é o meiota.

Já entramos direto procurando uma barraquinha, tava difícil andar naquele lugar pra ter noção do baile. Todo mundo embrazando, eu nem fumo maconha e tava ficando loucona de tabela.

Thaís: Que isso caralho, quero morar aqui – Falou enquanto rebolava e bebia seu drink.
Aline: Uma vidinha – Fiz bico jogando cabelo.

Uns boy passava olhando, outros mexiam, nos nem ligava, tava naquele naipe que chupa uma na esquina e depois vem beijando outra, então já logo fico sussa de homem, só curtindo mesmo.

Meu bom drink acabou e eu já logo fui comprar outro, amo demais.
Aline:  Brotou lá na Penha, vai entrar na rolaaaa – Cantei rebolando até o chão.
Thaís: Mete com força e com talento, estou ofegante e você percebendo – Thaís Cantou.
Aline: Bate e maltrata essa puta safada. Quero jatada de leite na cara – Completei.

Já era madrugadão, fomos no banheiro de um barzinho, tiramos um milhão de fotos. Quando já íamos saindo, vi um boy até gatinho, trajadinho, não muito velho, o único que achei interessante.
Ele passou por nós como se não tivesse vendo ninguém e foi logo pro banheiro.
Thaís balançou a cabeça negativamente e rimos.

Dia clareou e nos tava achando que estávamos gatas, bebendo muntuera, loucas, jogando pedra em avião. Prendo meu cabelo em rabo de cavalo meio torto e frouxo, voltamos no banheiro, peguei papel e fui apertando em todo meu rosto pra tira meu suor.

Meu corpo já não aguentava mais nada, mas eu tava la jogando iguaaaaaal. Ainda tava cheio, não tanto quanto a noite mas tava cheio.
Localizei o boy perto da grade, ele conversava com mais um homem, não ria, um cigarro de maconha na mão, a outra um copão de wisk, passava um tanto de mulher na frente dele e ele nem se quer movia os olhos, continuava intacto.

Thaís: Viaja não piranha - Falou no meu ouvido.
Aline: Que boy gostosinho, todo trajadinho, posturado - Fiz bico.
Thaís: Do jeito que uma amiga minha gosta - Gargalhamos.

Depois de uma cota resolvemos ir embora, meu pé tava conspirando contra mim, compramos garrafinha de água e fomos saindo sem informações alguma, parecia totalmente diferente de ontem, mas porquê era noite né.
As duas idiotas com vergonha de pedir informações, entregamos nas mãos de Deus e fomos andando pelo morro.

Thaís: Eu te falei, pede informações pra essas meninas, mas não, enfiou o rabo nas pernas e quis dar uma de Google maps - Deu bronca.

Mais na frente tinha uns cara trocando ideia, ouviram Thaís falando e começaram olhar.
Meu cu trancou todinho.
Aline: Oh não começa, vou te deixar pra trás, eu lembro o caminho sim - Menti.
Thaís: Sabe nem onde tá seu par do brinco - Bebeu água.
Xxx:  São de onde? - Um dos meninos perguntou então Olhamos.
Lá estava o maldito boy, me seguindo com certeza.
Thaís: Jaca – Falou acanhada.
Aline: Pode me falar por favor onde é o ponto do moto taxi?
Xxx: Desce ali na direita e vai reto, do lado da padaria.
Aline: Flw, valeu - Assenti e ele também.

Thaís cruzou o braço no meu e seguimos onde ele tinha indicado.
Quando estávamos em frente à padaria, ouvi um ronco de hornet e logo atrás uma Landeira.
Olhei pro lado e era o garoto da informação e o boy.
Xxx: Bora - Indicou com a cabeça pra gente subir.
Thaís: Jamais, precisa incomodar com nos não, rapidinho tamo em casa - Balançou a cabeça.
Xxx: Anda pô – Arqueou a sobrancelha.

Eu e Thaís nos entre Olhamos. Seja o que Deus quiser.
Fui na hornet que por sinal era do boy que quero viver vidasss RS, ele não tinha falado nada até o momento.
Aline: Oi, valeu pela carona – Sorri de lado.
Xxx: Tranquilo - Falou com uma voz grossa do caralho, não deu nem um sorrisinho.

Rapidinho atravessamos.
Aline: aí, obrigada de novo – Falei descendo da moto e ajeitando meu cabelo.
Xxx: Suave – olhou o retrovisor e eu fui andando.
Thaísputa tava no maior papo com o boy, passando telefone, esperei ela um pouco na frente e logo eles sumiram na divisa.

Thaís: pegou telefone pelo menos? - Falou destrancando a porta da casa dela.
Aline: Filha, nem nome eu peguei, boy desses. Ai que reserva, passo mal – Falei e Gargalhamos.
Nos despedimos e eu fui pra casa cansada, e frustrada com aquele desgraçado, digno de uma vivida, mas que não deu uma condição.



Conheci o amor ❤Onde histórias criam vida. Descubra agora