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Hoje como de costume tem um pagodinho aqui no Jaca, num bar lá na esquina, Thaís me chamou mas não animei.
Marília: Minha unha tá grande igual de gavião - Minha vó jogou ponto.
Aline: Tu tem que ver a manicure que eu vou, ela é ótima - Entrei no jogo dela.
Marília: Isso porque você não viu a unha que minha neta faz - Falou e eu não me segurei, comecei a ri.
Aline: Não sabia que Clarisse fazia unha não - Falei me referindo a minha prima.
Marília: Ela não faz não, mas Aline, Oh, faz demais - Colocou a mão na cintura.

Ajudei minha vozinha prepara o rango, joguei uma água no quintal e esfreguei o chão com vassoura.
Almoçamos, lavei a louça e fiz a unha dela.
Hoje eu resolvi ir na casa do meu tio. Minha avó tem 4 filhos contando com minha mãe.
Esse meu tio pai da Clarisse mora no Manguinhos.
Uma tia mora aqui, e um outro tio mora na pista.

Me perfumei, coloquei meu relógio, Calcei minha havaianas branca, mais branca que a nuvem RS, e fui.
Rapidinho cheguei, fui de moto táxi.
Tio Ricardo: Achei que não vinha mais aqui - Tocou na minha mão enquanto eu dava benção.
Aline: Quem é vivo sempre aparece né tio. Cadê a Cla? - Olhei em volta.
Tio Ricardo: Isso para em casa? junto com as amigas e foi lá pra pracinha - Falou tomando cerveja.
Aline: E a tia?
Tio Ricardo:  Foi na mãe dela. Bora tomar um cerveja - Levantou a lata.
Aline: to achando que vou pegar esse bonde e vou lá na pracinha - Olhei as horas.
Tio Ricardo: Tem jeito não, só prendendo vocês mesmo - Falou e rimos.

Marquei lá mais um pouco e depois desci pra pracinha. De longe já avistei que tava bem movimentado.
Minha prima me viu e acenou pra mim indicando onde tava.
Aline: E aí - Cheguei cumprimentando ela e as amigas.
Cla: Saudades neguinha - Me Abraçou.
Aline: É resolvi da o ar da graça -Falei  bebendo um pouco corote dela.

Ficamos conversando altas coisas, as amigas delas eram maneiras, conheço elas através da Cla. Tirei um foto e mandei pra Thais, chamando ela pra encostar.
Estava distraída conversando com as meninas, quando ouço um ronco de hornet, automaticamente eu olhei, mesmo sabendo que poderia ser umas mil outras pessoas, mas era ele mesmo.
Não sei se ele não me viu, ou fingiu não me ver, mas não olhou na minha direção.
Ele parou perto de uns meninos lá e ficou.

O papo tava bom, fluindo, mas começou ficar escuro e amanhã eu tenho curso cedo cedo.
Despedi das meninas e fui em direção ao ponto do moto táxi.
Xxx: Ou - Alguém fez psiu e chamou. Voz grossa, rouquíssima.
Olhei pro outro lado da rua e era ele, filho da puta, me seguindo na cara dura.
Aline: E aí - acenei.
Xxx: Marca aí, vou buscar a nave e te levo - Falou e saiu.
Encostei no poste e fiquei olhando na direção onde ele foi, era na rua da boca.

Logo ele apareceu, não falou nada, eu só subi na garupa e ele acelerou.
Ele corria muito, comecei a sentir até frio.
Chegamos no morrão, ele estacionou e eu desci.
Aline: Obrigada de novo, pela carona - Sorri sem  graça.
Xxx: Tranquilo! Vai fazer alguma coisa agora ? - Falou olhando pra frente.
Aline: N-não - Dei uma gaguejada.
Xxx: Bora da um rolê?
Aline: Demorô - Assenti.

Gente não é por nada não, mas minha boceta já tava piscando, esse boy é uma reserva. Até então não deu nem meio sorriso, maior cara de mal, poucas palavras, AF, passo mal.

Sentei de novo na garupa e partimos, pra onde? Não sei, mas vamos descobrir.
Minha cabeça indicava treta, mas meu corpo pedia um motel, rsrs.
Ele saiu do morro, ele seguiu um caminho que eu conhecia, de um motel por aqui por perto.
Grudei na cintura dele e ele acelerando demais.
Chegamos em frente o motel, pediu uma suíte máster, indicaram o quarto 12.
Seguimos pra garagem do quarto, fechei a garagem enquanto ele estacionou a moto.
Subimos a escada e entramos.
Eu como boa faladeira que sou, já estava doida pra falar demais, mas ele não  puxava um papo, fiquei nervosa.

Conheci o amor ❤Onde histórias criam vida. Descubra agora