Capítulo 2

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Isla Krakemburg

Quando o dia amanheceu eu ainda estava de olhos abertos, não consegui dormir durante a noite. Como se aqueles quatros fossem o pior dos meus pesadelos, e eles realmente são.

Levantei da cama sentindo minha cabeça doer por tudo que aconteceu. Cogitei ficar em casa hoje, mas aqui seria um inferno pior que lá fora. Então relutante eu fui até o banheiro, me olhei no espelho e vi como eu estava acabada.

Meus cabelos pretos estava todo armado e com frizz, abaixo dos meus olhos castanhos feito mel tinham olheiras profundas e pretas. Eu estava cansada, exausta, derrotada.

Eu precisava enfrentar só mais um dia...e no fim quando eu voltar e deitar na minha cama, poderei descansar.

Com um longo suspiro eu me recompûs e comecei a me arrumar logo após tomar um longo banho gelado.

Eu não quis ficar para tomar café, pois eu sabia que não teria. Meu pai estava jogado na sala e minha mãe dopada no quarto. O melhor que pude fazer foi sair de casa o mais rápido antes que meu pai me visse e suas mãos enormes e imundas me encontrasse.

Caminhei pela mesma trilha de ontem e senti um frio na barriga e meu corpo gelar, cada momento foi repassando em minha cabeça e o desespero me tomou. Eu atravessei a rua quase que correndo e entrei na cafeteria de sempre.

"Oi Isla, como vai?"- O atendente me cumprimenta como em todas as manhãs.

"Olá Leonard, estou bem"- Sorri e me sentei a frente de Nara

"O que houve com você?"- Ela perguntou me olhando de cima a baixo com seus olhos claros e cinzentos.

"É uma longa história"- Digo baixo colocando as mãos em meu rosto-"Estou exausta"

"Foi ele novamente?"- Segurou minha mão-" É só você dar a deixa e eu vou lá e mato ele"

Nara é uma garota forte, sua expressão demonstra que ela não se abala fácil. Ela está estudando comigo, direito também mas diferente de mim ela não quer ser advogada, quer ser Delegada.

Ela vive dizendo que vai tirar a primeira dama do poder, o que eu acho muito difícil. Eles são donos desse lugar

"Aguente firme, só mais um uns meses e você estará livre"- Sorriu ganhando me confortar.

Logo nossos pedidos estão sobre a mesa e começamos a comer, ela foi falando sobre sua noite na festa dos Cooper e como foi divertido. Tenho inveja um pouco, ela está aproveitando sua vida enquanto eu tenho que ficar trancada em casa desejando que meus pais se matem.

"Você tinha que ver, ela simplesmente sentou na cara dele lá no meio da sala"- Deu risada como se fosse a coisa mais divertida de se ver-"Foi exitante"

"Isso me parece estranho"- Murmurei pensando sobre isso e não sei por qual motivo meu clitóris pulsou.

"Você diz isso porque não se permite se aventurar"- Passou seu braço pelo meu.

Eu apenas revirei os olhos evitando o assunto, por muito tempo tive nojo de sexo. Quando eu era criança e tinha pesadelos eu ia até a cama dos meus pais para me deitar entre os dois e durante a noite ouvia eles transando bem em baixo de mim. A cama se mexia e meus pais gemiam, a mão do meu pai me tocava e eu me revirava entre os dois corpos

Sem contar as vezes que eles fodiam livremente pela casa, sobre os móveis ou qualquer lugar que dava para apoiar.

"Jesus Cristo"- Nara travou parando de andar e eu fui tirada dos meus pensamentos.

Eu olhei para frente e vi Octavio parado ali, havia um corte em seu nariz bem onde eu bati. Suas mãos estavam dentro do bolso de seu terno preto e seu olhar fixo ao meu.

 Primeiro Livro da saga: Children of the night// One NightOnde histórias criam vida. Descubra agora