Capítulo 29

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Isla Krakemburg

Chegamos na montanha e estar nessa casa me trás muitas recordações.

Desde a primeira vez que ele me trouxe me fazendo presenciar aquelas cenas horríveis e a última onde seus irmãos estavam juntos

Mas agora não tem ninguém aqui além de nós dois. O que é meio estranho, afinal não é como se fossemos namorados ou algo assim.

Nossa relação ainda é meio conturbada.

Uma hora estamos nos dando bem e na outra não. Fica difícil distinguir qualquer coisa

"O que é tudo isso?"-Perguntei ao ver ele pegar uma mochila.

"Armas!"-Ele responde simples-"Afinal, se a gente quer comer. Temos que caçar"

"Você está brincando não é?"-O encarei incrédula-"Eu não vou fazer isso. Não vou caçar"

"É legal, eu garanto"-Ele da uma risadinha e me puxa pelo pulso

"Você me trouxe pra cá sabendo que não tinha comida aqui?"-Perguntei enquanto desciamos uma escada de terra que dava acesso a mata

"Foi quase isso"-Ele responde olhando entre as árvores -"E também quero que aprenda a atirar"

"Não estou gostando dessa idéia"-Murmurei desviando dos galhos caídos sobre o chão

Eu estava era com medo de ter algum bicho ali. Uma cobra, aranha...sei lá, nesses matos existem tantas coisas

Nós paramos em amontoado de folhas e ele ficou estático, prestando atenção nos sons que se passavam entre as árvores. Ele puxou devagar a espingarda que estava na mochila e levantou.

Ele estava concentrado, como se fosse a coisa mais normal fazer esse tipo de coisa.

"Escuta!"-Ele diz levantando o dedo.

Um som baixinho vinha do amontoado, do tipo roedor. Acho que é um coelho, não sei ao certo.

Mas assim o pobre animal colocou sua cabeça para fora, Octávio não pensou duas vezes. Ele apertou o gatilho sobre ele e eu dei um pulo me assustando.

O sangue começou a escorrer pela grama, ele se aproximou e com o sangue frio pegou o coelho em sua mão e jogou em um dos sacos

"Esse da para janta"-Ele diz se virando pra mim.

Eu ainda estava horrorizada em como ele fez isso como se fosse a coisa mais simples do mundo.

"Acho que vou vomitar"-Digo enjoada pela cena.

"Não seja tão dramática"-Ele da de ombros e me entrega a espingarda-"Vamos, é sua vez"

"Não vou fazer isso"-Balanço a cabeça negativamente-"Eu não consigo ter esse estômago todo"

"Então você não vai comer"-Ele fala simples-"Se não trabalhar, não tem comida"

"Você não faria isso"-O encarei.

"O quanto de certeza você tem disso?"-Ele levantou uma sobrancelha.

Ok. Eu não duvido nada que ele faça comida só pra ele, esse homem é tão imprevisível

"Ok então"-Dou de ombros-"Vou fazer isso de uma vez"

Ele me encarou surpreso, eu apenas sorri convencida e sai andando na frente. Demorou um tempo até ele me seguir

"No entanto, se eu conseguir um animal maior. É você quem vai ficar olhando eu comer sozinha"-Mantenho meu olhar entre as árvores.

Ele não responde, mas ainda sinto sua presença atrás de mim.

 Primeiro Livro da saga: Children of the night// One NightOnde histórias criam vida. Descubra agora